Flávio Nassar: Porque voto em Maneschy

Para quem não me conhece, sou professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e pertenço a esta espécie de dinossauros com mais de 100.000 horas dedicados à UFPA, onde ingressei em 1978.
Militei no movimento docente, tendo sido fundador da ADUFPA e vice-presidente de sua primeira diretoria. Fui coordenador do Curso de Arquitetura, integrei, junto com Alex Fiuza, André Barreto e Emanuel Matos a equipe coordenada pelo Prof. Manuel Ayres que estruturou a atual PROPESP, fui presidente da ADUFPA por dois mandatos, de 1985 a 1989. Atualmente sou coordenador do Fórum Landi.
Até 2001 nunca havia votado em reitor: em 1984 estava fora de Belém, nas demais eleições, não me senti representado por nenhuma candidatura.
Em 2001 votei em Maneschy e Ana Tancredi. Ganhamos a eleição, mas não levamos: Almir Gabriel vetou Maneschy porque sua vice era do PT.
Desde 2003 venho coordenando as iniciativas que resultaram na criação do Fórum Landi, ação da UFPA que se articula com universidades italianas e portuguesas trabalhando para a preservação do patrimônio artístico e cultural do Centro Histórico de Belém. Foram seis anos de muitas realizações, que projetaram a UFPA em diferentes e importantes cenários: Ministério da Cultura, Ministério das Cidades, Unesco, Embaixada da Itália, na rede Globo Programa Globo Universidade, entre outros.
Nada do que foi realizado pelo Fórum teria acontecido se não tivéssemos contado com o apoio decisivo do nosso atual reitor, Prof. Alex Bolonha Fiúza de Melo, do qual me orgulho de ser amigo pessoal e reconheço que a sua foi a melhor administração da UFPA desde que nela ingressei, no vestibular de 1972. É certo que Alex teve a fortuna dos bons resultados da economia do segundo governo Lula, mas fortuna sem estratégia e competência de nada adiantam.
Voto em Maneschy e Schneider porque entendo que lideram uma equipe capaz de consolidar essas conquistas e levá-las mais adiante.
Mais ainda: voto em Maneschy e Schneider porque os tempos de bonança se acabaram, a crise mundial vai bater nas nossas portas a partir do próximo ano e será necessária grande capacidade de liderança, articulação e carisma para conduzir a UFPA em dias menos prósperos. Será preciso ter muita tolerância e habilidade para conviver com as diferenças e com a diversidade, para que a crise não seja um momento de esmorecimento, mas sim para que, com a criatividade que a democracia propicia, possamos enfrentá-la e aproveitá-la para FAZER MELHOR.