ALEPA: governo sob pressão total

Os deputados da "base" do governo estadual na ALEPA estão dando o troco ao governo, neste momento de aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). O deputado do PMDB Parsifal propôs que seja reduzido para 3% o percentual do orçamento em que o governo pode remanejar livremente, hoje este percentual chega a 25%. A bancada tucana acena que pode subir este percentual até 15% e o PMDB diz que pode chegar a 10%.

O governo prova o gosto de ter tratado os deputados da dita base com pouca seriedade nestes primeiros três anos de governo. É um festival de tolice que os garotos negociadores do governo cometeram nestes 36 meses que, em momentos como estes relatados, parecem mendigos pedindo um pedaço de pão.

ALEPA: o negociador Puty em ação

O Liberal de hoje narra a "experiência" política do negociador go governo Ana, Cláudio Puty em ação: Segundo relato atribuido ao deputado Júnior Hage, Puty exigiu discricionariamente obediência à estratégia do governo no contexto da proposta orçamentária para 2010, caso contrário Puty retiraria um apadrinhado de Hage que atua em uma regional de saúde, Hage teria retrucado: "a vaga está devolvida" e que ele (Puty) pode indicar quem ele quizer. Em defesa do colega, Parsifal Pontes teria disparado: "Se fosse eu tinha mandado ele (Puty) se retirar do plenário. Veja mais detalhes, pela boca do próprio Dep. Parsifal- http://pjpontes.blogspot.com

PSDB: a querela de Aécio e Serra

Serra quer ser candidato à presidência mas quer operar com um plano B caso em junho as pesquisas sejam favoráveis à candidiatura do planalto, por isso não quer apressar o anúncio da candidatura. Aécio sabe disso e quer forçar o Serra a assumir sua candidatura imediatamente. Serrra está em desconforto, porque quer risco zero em sua decisão. Serra pode se reeleger em S.Paulo.

No fundo Aécio quer demonstrar que Serra não obedece à uma lógica partidário-coletiva, mas uma à estratégia individualista, ou seja, se Serra entender que corre alto risco na disputa presidencial em 2010, cai fora e deixa a batata quente para Aécio.

O Peso das micro-regiões Sul e Sudeste na economia do Pará

Dentre os municípios que têm os maiores PIBs do Pará, ao lado de Belém, Ananindeua e Barcarena, destacam-se: Marabá, Parauapebas e Canaã do Carajás. Dezenove municípios controlam 75% do PIB paraense. Estes dados são do IBGE.

Belém tem quarto pior PIB percapta dentre as capitais

A divisão do PIB de Belém pelo número de habitantes demonstra que somos uma capital pobre economicamente. O PIB percapta é no valor de R$ 9.793,00/ano por habitante. Logicamente que este número esconde a enorme concentração de renda da cidade. Existe uma classe média que ganha até R$ 150.000,00/ano por habitante, enquanto existe um cinturão de miséria que vive com até R$ 2,400,00/ano por habitante.

Ausência de Estado no interior do Brasil

33% dos municípios brasileiros não contam com serviços de urgência e emergência na área de saúde.

Esquartejamento do Pará: onde está a classe política?

Não estou percebendo nem a governadora e nem a bancada de deputados federais e estaduais lutando contra o atentado contra o povo do Pará. Mais uma vez interesses particulares das elites regionais se mostram como os interesses de todo o povo da região Sul e Sudeste do estado.

É só olharmos para os municípios do Pará de todas as regiões, inclusive da região metropolitana e encontraremos graves dificuldades no acesso à saúde, emprego, saneamento e segurança pública.

A equação é simples, os problemas dos municípios só se resolvem com o empoderamento orçamentário, e a reforma tributária é o caminho. Hoje apenas 16% do bolo tributário nacional são administrados pelos prefeitos.

Uma coisa é certa, retirar as micro-regiões sul e sudeste do Pará é amputar o coração econômico do estado e com ele a possibilidade de enriquecimento futuro. Hoje a UFPA, a UEPA, o Hospital Regional, as Eclusas, a Hidrovia Araguaia Tocantins, a verticalização da produção mineral estão em processo de implantação. Se o discurso do abandono da região era uma realidade há 10 anos, hoje não se aplica mais.

Governo Ana: PMDB fundamental em todos os cenários

Mesmo que o PMDB venha a abandonar a base orgânica do governo estadual, jamais poderá ser secundarizado. A razão dessa afirmativa é simples: o governo não aprova nada na Alepa com os deputados do PMDB jogando contra. A questão orçamentária para 2010 é o exemplo mais cristalino desta afirmativa.

SINTUFPA/SINDTIFES gerontocracia trotskista

A turma de quase sessentões do PSOL/PSTU deve continuar comandando o SINTUFPA/SINDTIFES na próxima eleição. Por que deste prognóstico catastrofista? Porque os quase sessentões da TRIBO não têm mais disposição, nem saúde, nem tempo de continuar na lide sindical, os tribalistas estão fazendo pós-graduação ou criando seus netos. Como a UFPA renovou muito pouco seu quadro funcional, os blocos políticos esterilizaram-se e vivem loucos pela renovação, mas parece que não têm candidatos para a militância sindical num contexto onde o governo federal atendeu grande parte das reivindicações dos técnicos. Talvez num futuro governo Serra, com o retorno do arrocho salarial a base da UFPA e das Universidades Brasileiras voltem a Luta. Mas aí já serão greves e passeatas dos veteraníssimos.

ICSA: a hegemonia é do bloco de esquerda

Historicamente no ICSA são os grupos mais à esquerda que controlam o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Os estudantes do PSOL/PSTU controlam o movimento estudantil desta região universitária. A atual diretora Maria Elvira não apoiou a candidatura Maneschy e deve lutar para fazer seu(sua) sucessor(a).

ICL: PSOL/PSTU devem pesar em Letras

O peso do PSOL e PSTU no Instituto de Letras será relativo, tendo em vista a hegemonia estudantil. O debate será: as eleições serão universal ou paritária? Se for paritária, os funcionários devem dar as cartas, como aconteceu na eleição do atual diretor, Roberto Vieira.

IFCH: o embate vem aí

Coalisão entre História, Geografia e Filosofia deve continuar mandando em Humanas.

Governo Ana e a imagem negativa na saúde pública

Hoje o jornal O Liberal destaca a penúria orçamentária pela qual passa o Hospital Metropolitano. Desde setembro o governo do estado não viria repassando sua cota parte ao hospital. Segundo a reportagem o governo federal repassa mensalmente 60% das despesas e o governo estadual 40%.

Esta é mais uma imagem negativa de grande repercussão na opinião pública projetada pelo governo estadual. Ninguém pode negar: O Metropolitano, a Santa Casa e o Ophir Loyola eram as vitrines da política de saúde dos tucanos.

Engraçado, quando o governo atual tinha 12 mêses de vida, eu proclamava, ainda existe 36 mêses para virar o jogo, Ana está arrumando a casa. Quando o governo completou 18 mêses, ainda otimista reafirmei, ainda dá tempo de virar o jogo. Hoje falo: este governo depende de como vai divulgar as obras do governo federal, combinado com as obras estaduais, para tentar virar o jogo na percepção popular acerca do desempenho deste governo.

podem crer, a imagem negativa de Ana está liderando em todas as pesquisas de opinião pública em que tive acesso recentemente.

Gestão Maneschy: o placar do CONSUN

Caso venhamos a montar o quebra cabeças do CONSUN, tendo como ponto de partida as eleições até agora realizadas para os Institutos, a turma do Maneschy está levando um ferro. Será que Maneschy vai refundar a sua base, com base em novos atores? será que teremos novos camaleões no pedaço?

Leão bate no Papão sedado

O Remo tirou o pé da cova ontem no mangueirão. Bateu no papão até não querer mais. Dizem que foi foi servido calmante na água dos atletas ca Curuzú. Vinicinho está de cama de tanto pagar promessa de joelhos.

Jatene e os deputados tucanos

Jatene comemorou, de forma elogiosa, no encontro tucano deste final de semana que o PSDB manteve-se unido e intacto nestes 3 anos de governo Ana Júlia. Jatene expressa uma avaliação ufanista da bancada bicuda. Talvez Jatene tenha esquecido que no G9, estavam presentes César Colares e Ana Cunha, que são notórios deputados tucanos e que fazem ou fizeram parte da base governista, na maioria das vezes neste quadriênio vermelho.

Outra questão: o núcleo duro da governadora é capaz de negociar com a direita e extrema direita partidária, mas se encheu de prurido na hora de esvaziar o ninho tucano. A lei da fidelidade, nos moldes atual, só passou a valer a partir das eleições municipais de 2008.

Assim podemos explicar a sobrevivência intacta do ninho tucano: 1- extrema capacidade da direção do PSDB em suportar os deputados infiéis que compõem o G-9, 2- A falta de visão estratégica do núcleo duro do governo Ana, que não desbaratou o ninho tucano, 3- A lei da fidelidade partidária, endurecida a partir de 2008, 4- E hoje, o fraca percepção popular do desempenho do governo Ana. Hoje todos pensarão duas vezes antes de abandonar o ninho tucano.

Portanto, caro Jatene, os deputados tucanos em nada diferem das demais bancadas tradicionais do parlamento estadual paraense. O PSDB teve sorte, às custas da baixa capacidade de avaliação de conjuntura política e antecipação de cenários, por parte do núcleo duro do governo estadual.