Governo do Pará: Os blocos se formam

De acordo com uma fonte bem informada do governo de Belém, Duciomar estaria bem distante do PSDB. Na disputa de 2008, Jatene teria segurado os ombros de dudu e professado: caboco, esta eleição nós ganharemos com Valéria! A partir daí o vinho azedou para o PSDB nos cargos chaves da prefeitura de Belém.

Dizem que caminha a passos largos a construção de dois blocos para o governo do Pará em 2010. Um bloco comandado por PT e PTB e outro bloco formado por PSDB e PMDB.

Movimento Estudantil: o retorno

Inicia hoje o processo de articulação pró-DCE, composto por forças e lideranças políticas estudantis da UFPA, ávidas pela construção de uma Universidade melhor para se estudar e conviver.

Esta articulação pró-DCE vem com a bagagem da vitória no Centro Acadêmico Edson Luis, do curso de direito e promete re-movimentar a UFPA como no passado.

L.G.

Depois das eleições, agora é hora de ocupar cargos

No curso de ciências sociais a disputa pelo Centro Acadêmico foi interessante. Apenas duas chapas disputaram: 1 – Agora Falando Sério (128 votos), composta por estudantes independentes, com apoio de algumas forças políticas do curso, e 2 – Os Sonhos Não Envelhecem (95 votos), composta por militantes do PSTU-PSOL.

Durante assembléia cuja pauta foi o Regimento eleitoral, ficou decidido que apenas aqueles que se inscreveram na chapa poderiam fazer parte da gestão do centro acadêmico. Nesta mesma assembléia também foi decidido que o arranjo da gestão deveria ser proporcional, ao invés de majoritário, ou seja, maioria de cadeiras de diretores para aqueles que receberam maior votação e minoria para os que receberam menor quantidade.

Como o Centro Acadêmico não possui estatuto, muitas dúvidas, questionamentos e discussões estão em pauta, inclusive, a principal para o momento que diz respeito à composição desta gestão, pois ainda não há um consenso a respeito do número de diretorias que existirá neste CA. Uns querem 10 e outros querem 20 diretorias.

Vamos ver no que vai dar...
L.G.

Falando em cargo de diretoria...

Aliás, nos corredores do bloco de ciências sociais correm boatos de que um dos protagonistas da Chapa Os Sonhos Não Envelhecem, que participou ativamente da campanha e inclusive foi um dos representantes desta chapa no debate, não estava inscrito na Chapa, ou seja, deveria ser caracterizado como um colaborador. Até aí nem um problema, mas parece que o mesmo quer ocupar um cargo de diretor neste Centro Acadêmico, o que fere o regimento ao qual tratamos acima.

Ao que parece, uma assembléia está sendo convocada para discutir se este aluno poderá ou não ocupar cargo de diretor neste CA. Desse jeito este Centro Acadêmico vai possuir a maior diretoria da Universidade, pois uma série de apoiadores deverá reivindicar cargos de diretorias.
L.G.

Escola Estadual Luis Nunes Direito: SEDUC desmonta o programa aceleração da aprendizagem:

Este programa visa recuperar o tempo de atraso dos alunos do ensino fundamental. Por exemplo, o aluno faz três séries (quinta a oitava) em dois anos, em módulos de 50 dias.

Pois bem, estes alunos, acabaram de encerrar um módulo, neste final de mês, mas não viram o conteúdo de geografia da sétima série, porque simplesmente a SEDUC não atendeu o pedido de enviar um professor para este programa.

No dia 15 de abril em curso, o governo distratou os professores de matemática, ciências e artes. A SEDUC somente deveria distratar os docentes no exercício do trabalho temporário mediante a apresentação de um novo docente para substitui-lo, mas a SEDUC não está agindo assim. Agora o programa aceleração do aprendizado será paralisado nesta escola.

A direção da escola se dirigiu ontem (quinta) à SEDUC e foi informada de que este problema está ocorrendo em quase todas as escolas da região metropolitana e ninguém pode resolver de forma imediata. A secretária de educação, que poderia tomar uma decisão emergencial, está em viagem.

A estudantada deste programa se desesperou ontem com o distrato de mais três professores.

Ou se toma uma decisão rápida ou se perderá este fantástico programa de recuperação de séries perdidas.Estes alunos estão acima da idade para cursar estes períodos letivos.

Eleição de Ananin de 2008

Em segredo de justiça corre uma investigação sobre as eleições de Ananindeua de 2008. Dizem que a verdade está emergindo.

Candidato do PSDB ao governo do Pará

Em junho o PSDB vai pegar fogo. Emergirá com força uma alternativa à candidatura Jatene ao governo em 2010. É ver para crer.

SINTUFPA: terceirização dos serviços de saúde

Corre solto pelos corredores da UFPA que a direção do SINTUFPA (leia-se, sob direção política do PSOL e PSTU) está iniciando uma política de terceirização dos serviços de assistência à saúde, prestado pelo próprio sindicato há mais de 20 anos. O resultado desta política seria a demissão de funcionários com mais de 10 anos de trabalho. Será que a turma trotskistas está se liberalizando? é ver para crer. novos neoliberais na área?

UFPA: Micro zoneamento econômico e acadêmico

Esta deverá ser umas das linhas centrais da nova gestão que assumirá a UFPA a partir de 02 de julho de 2009. Não é possível que um pesqueno município tenha campi da UFPA, UEPA e UFRA e IFET, enquanto isso em outros municípios, não existe nenhuma instituição pública. Há que se aprofundar o pacto das instituições públicas estaduais de nível superior, para que estas instituições não compitam entre sí, mas que venham a somar esforços em prol da sociedade e do estado do Pará.

Sucessão nos Institutos

Na gestão Maneschy, quem ganhar as consultas , leva. CCS nunca mais.

Por que não existe mais o ME?

Seria por falta de direção política que o movimento estudantil na UFPA está parado? Creio que a esquerda precisa reinventar o próprio ME. Mas para isso o ponto de partida são Gramsci, Habermas e Mancur Olson. A esquerda ortodoxa não gosta ou não conhece estes autores.

Governo estadual e opinião pública

O destino do PMDB em 2010 será informado pelo desempenho da governadora nas pesquisas de opinião pública.

Crise econômica mundial: Lula sob ataque da oposição

As pessoas bem informadas sabem que esta crise em curso começou nos EUA, como consequência da ausência regulatória do Estado sobre o setor imobiliário. Financiou-se imóveis caros sem o necessário lastro do cliente. O governo liberal americano deixou o livre mercado se auto-regulamentar. O mercado imobiliário estourou, levou consigo a estabilidade ilusória da economia americana e européia, com reflexos nos paíoses emergentes, como o Brasil.

A oposição liberal ( DEM e PSDB), de forma oportunista culpa o governo pela crise que chegou ao Brasil, exigem repressão ao salário e investimento no capital... é o típico discurso liberal.

Foi a política liberal dos EUA que levou o mundo capitalista a esta crise em curso. E são os liberais brasileiros que acusam o governo Lula pela crise brasileira.

É muita cara de pau. Se tivéssemos na ALCA como queriam os liberais brasileiros estaríamos frito, pela dependência ampliada dos EUA, que adviria desta decisão (como queriam PSDB e DEM).

E os mais surpreendente é que nem o governo Lula e muito menos o PT e a esquerda não estão aproveitando a crise para fazer um embate ideológico com os liberais radicais brasileiros e aproveitar a crise para liga-los aos causadores da polítca que detonou esta situação de desemprego. Haja falta de debate político no governo.

As motos e os acidentes

Morrem 20 mil pessoas anualmente em consequência de acidentes com motos com 8 bilhões anuais de gastos do SUS. Hoje especialistas do governo federal afirmaram em rede nacional de TV que as principais causas destas mortes são as imprudências dos motoqueiros: choques em traseiros de carros e baque laterais. Esqueceram de informar que grande parte das mortes são causadas pelos atropelamentos de motoqueiros após a queda provocada por buracos presentes nas vias públicas e pelo desrespeito de motoristas de táxis, ônibus e vans de transporte coletivo.Sou motoqueiro e sei destes riscos diários. Aqui também cabe uma política pública para prevenir mortes de motoqueiros e diminuir gastos do SUS. Para cada 1 real investido na prevenção, economiza-se 9 em atos curativos ou reabilitatórios.

Chuvas, rios, enchentes e ausência de cultura cívica

Em tempos de chuvas os alagamentos são inevitáveis em Belém e nas cidades ribeirinhas. Este fenômeno se agrava na presença de esgotos abarrotados de lixos. É a população da periferia jogando geladeiras, fogões e colchões nos canais. É a lei do menor esforço. Este fato atesta a presença de uma cultura cívica predatória. Nesta situação o termo bem público significa um "bem de ninguém". Bem público deve significar um bem de todos. E os canais limpos devem ser um bem que serve a todos. É necessário leis com penalizações para os porcalhões e uma campanha de educação ambiental permanente na mídia. A questão do saneamento e auto-sustentabilidade ambiental deveria frequentar, de forma transversa, os conteúdos escolares, da primeira à oitava série do ensino fundamental. Cadê nosso poder executivo e legislativo municipal?

Jobin: mal exemplo para a estratégia de negociação salarial do governo

Hoje os jornais informam que Nelson Jobin, Ministro da Defesa, reafirma o reajuste salarial para os militares. Ninguém é contra a melhoria salarial da classe trabalhadora. Parece que está ocorrendo uma queda generalizada na arrecadação de impostos do Estado, em todas as suas dimensões (federal, estadual e municipal). A boa análise indica que a tática central, neste momento, é garantir os empregos, esperar melhorar o desempenho da economia para depois correr atrás de perdas inflacionárias e de reajustes salariais. Afinal o governo não faz dinheiro, ele vive da taxação de impostos da classe trabalhadora e dos empreendedores.

Defesa da Ditadura Militar

Tem virado moda nos grandes jornais o elogio da Ditadura. Hoje em "O Liberal" tem uma carta de um coronel de fortaleza enaltecendo o golpe de 1964. Será que os democratas não responderão?

O Parlamento e os escândalos midiáticos.

Os chefes do parlamento nacional vêm reclamando da enorme quantidade de noticiário negativo. O papel da mídia dentro de uma economia de mercado é informar o máximo possível e como consequência faturar cada vez mais. Ora o que mais atrai a atenção da sociedade são as notícias espetaculares, para o bem ou para o mal. Como não vemos tendo grandes descobertas, nem vivendo em ano eleitoral ou de copa do mundo, a solução é espetacularizar as notícias negativas. Se o parlamento não quer notícia negativa, então que puna exemplarmente os autores dos escândalos. Seguramente o parlamento brasileiro produz legislação em padrão internacional. Porém o parlamento brasileiro talvez seja campeão mundial em produzir escândalos. Não adianta acusar a mídia. Precisa antes de mais nada controlar os deputados, inclusive do alto clero, que vem ganhando notoriedade em escândalos.

Gestão Maneschy: Schneider e uma política multicampi

Há uma grande espectativa quanto a atuação do vice-reitor eleito Horácio Schneider. O excelente exemplo do avanço acadêmico do campus de Bragança está na vitrine. Schneider pensa em integrar os alunos dos campi interioranos ao campus da capital. Um aluno da capital, por exemplo, poderia fazer disciplinas em outros campi e vice-versa. Esperamos um artigo do Schneider expondo as principais experiências de Bragança que poderiam ser repetidas em todos os demais campi.

Hoje (14) não pude fazer postagens

Devido à compromissos cívicos( Tribunal do Júri) não pude postar hoje, durante o dia. Peço desculpas aos internautas.

Nomeação de Maneschy em poucos dias

Espera-se para os próximos 15 dias a publicação no Diário Oficial da União a nomeação de Carlos Maneschy, como o novo reitor da UFPA.

Casa Civil e a base parlamentar

A grande mídia noticia neste final de semana o esforço da Casa Civil do governo do Estado em garantir a base parlamentar, mesmo que o PT tenha de sacrificar espaço no governo. Parece que o governo descobriu o ovo de colombo. Só que este ovo já estava cristalino para quem entende de análise política...e há bastante tempo.

Queda de arrecadação e a grita por reajuste salarial

Qual seria a lógica que embalaria as campanhas salariais num momento de queda de arrecadação de impostos? Já sei... A crise. Que crise? não foram os trabalhadores que a fizeram...que paguem os patrões.

Prefeitos com FPM em queda

Avisei que a isenção do IPI iria comprometer os recursos do FPM. Parece que o governo vai compensar esta perda e as prefeituras voltarão a respirar.

Leão fatura Papão: Vinicinho feliz

2 X 1. O Leão passa o primeiro obstáculo rumo à quartona. Leão promete vencer mais um nacional... Vinicinho volta a sorrir. O papão não quer vencer a quartona.

Métricas Acadêmicas

José Maria Quadros de Alencar
Desembargador Federal do Trabalho
http://blogdoalencar.blogspot.com/

Recebi de Flávio Nassar, Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Coordenador do Fórum Landi da Universidade Federal do Pará - UFPA, um artigo em que propõe a refundação da nossa Alma Mater.
Em certa passagem, ele afirma que o professor comprometido com as causas sociais e coletivas, que aliava atividade intelectual com uma práxis política, foi sendo substituído pelo atual do padrão MEC-Capes-CNPQ que, a despeito da grande especialização e títulos, é muitas vezes analfabeto político, como definiu Brecht. Correndo atrás dos índices de produtividade exigidos pelo modelo atual "publish or perish" (publicar ou perecer) - continua Flávio - perde-se o compromisso crítico e exacerbam-se os egos e o individualismo. Neste universo - arremata Flávio - a preservação do status quo é sempre uma tendência.
Respondi com uma mensagem despretensiosa, com cópia para os demais destinatários, e como recebi retorno positivo e incentivo de um deles, resolvi reescrevê-la e publicá-la aqui.
Começo dizendo que concordo com o programa proposto por Flávio Nassar para refundar a nossa Universidade.
Mas penso, ainda que provisoriamente, que o uso de indicadores de desempenho, por si só, não é algo malsão.
Talvez tenha que haver um aprimoramento das - e nas - métricas, que é o grande problema delas todas. Quem adota métricas nunca está satisfeito com elas e sempre busca melhorá-las. O que é impossível é não tê-las. Uma comunidade acadêmica é um bem de todos, um enorme capital intelectual e tem que ser bem administrado. Tem que haver uma gestão do conhecimento acadêmico. Por isso tem que existir métricas. Quem não mede não administra.

Se o modelo MEC-CAPES-CNPQ não é o melhor, tem que ser aperfeiçoado, mas não podemos prescindir das métricas.

Pelo que pude perceber da crítica de Flávio Nassar, ele não se conforma com o foco - talvez excessivo e exclusivista - na publicação de trabalhos. Também tenho críticas a esses rituais de validação do saber acadêmico, que podem estar levando a um publicar por publicar e ao surgimento de curriolas acadêmicas. Na minha área - direito - se publica muita coisa ruim - e muita coisa boa também, é claro - e os mecanismos de validação acadêmica deixam muito a desejar, pelos resultados que constato no nosso dia a dia forense. O direito é uma técnica relativamente decadente, quando comparada com outras técnicas em clara ascensão, mas os juristas não percebemos isso. E os circuitos de validações acadêmicas continuam produzindo estrelas e luminares que, na verdade, podem muito bem estar levando o direito para um buraco negro, com força gravitacional forte o bastante para não deixar que a luz saia dele. Técnicas bem mais jovens - administração e economia, para dar dois exemplos - passaram na frente do direito, bem mais antigo. Mas os juristas não percebemos isso e continuamos produzindo títulos e artigos indexados, que em boa parte servem para pouca coisa ou quase nada. Assim, o progresso da ciência e da humanidade prescindirá de nós, juristas, da academia ou de fora dela, mas ainda assim fingimos estar dando uma contribuição relevante para uma e outra.

Imagino que algo parecido acontece em outros ramos do conhecimento.

Por isso tendo a concordar com Flávio Nassar, ainda que parcialmente. As métricas atuais estão produzindo distorções e por isso precisam ser aperfeiçoadas. Talvez para incorporar indicadores de desempenho dos acadêmicos vinculados ao resultado efetivo de seus artigos, dissertações, teses, monografias e ensaios. Por exemplo: qual o impacto de um artigo de um doutor em medicina sobre a taxa de mortalidade infantil? Qual o impacto de uma tese de direito penal sobre os índices de violência urbana? Qual o impacto de uma dissertação de mestrado de um agrônomo para o aumento da produção e produtividade agrícola regional?

Talvez assim a produção acadêmica passasse a ter uma direção e um centro que não fosse o próprio umbigo dos orientadores e orientandos.

Se o que estou dizendo está fora da realidade, por favor, desconsiderem tudo o que eu disse, pois estou fora da academia e posso estar simplesmente equivocado. E com direito, por isso mesmo, ao benefício da dúvida. Metódica inclusive.