Eleições no Pará: procura-se estrategista na campanha Ana Júlia

A candidatura Ana Júlia anunciou com toda pompa ontem(15) o apoio do ex-governador Almir Gabriel. Não precisa ser especialista em análise política para perceber que esta iniciativa visou criar rejeição em escala em Jatene, a partir dos depoimentos do ex- tucanão mor.

O que faltou nos cálculos políticos dos estrategistas da candidatura Ana Júlia?

a relação custo benefício desta decisão política incoerente, tendo em vista a radical oposição que o PT dedicou a Almir Gabriel nos últimos 15 anos, senão vejamos:


Digamos que as declarações de Almir sobre Jatene, evite que este cresça, hipoteticamente 30 mil votos. Pergunto, com a aliança entre Ana e Almir, como ficam os eleitores do PSOL e do PSTU no segundo turno, que tendiam a votar em Ana?

Como o PSOL e o PSTU e seus eleitores verão as anistias políticas concedidas a A.Gabriel pelo PT ? como: O caso Eldorado de Carajás, as 30 mil demissões de funcionários públicos e a privatização da CELPA?

Creio que no final, no jogo de perdas e ganhos, Ana perderá mais voto do que ganhará, sem falar na perda irreparável em relação à coerência política. Com estrategistas como esses, Ana não precisa temer apenas seus adversários. Veja a solenidade da aliança com A.Gabriel, aqui

Eleições no Pará: governo em OCASO, através de secretários e assessores ataca o mestrado em ciência política da UFPA

Acabo de ler no blog da petista e ex-candidata a deputada estadual Edilza Fontes uma nota que ataca frontalmente as Oficinas eleitorais do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da UFPA em processo de realização durante as eleições de 2010 no Pará. Esta nota assinada por vários professores da UFPA, traz no seu ápice nomes como : o Ex-secretário da Fazenda e atual presidente do IDESP, o secretário adjunto da SEDECT, o Diretor do PRODEPA, a esposa do secretáro da SEDECT, o presidente da FAPESPA, TODOS DO GOVERNO Ana Júlia, Além de outros DAS's...

Que estes professores estejam engajadas em torno de candidaturas, tudo bem, é um direito de cidadania, mas sair atacando de forma açodada uma pesquisa séria, legal e totalmente transparente é demais. Estes signatários romperam o terreno da responsabilidade, da ética acadêmica e cairam no terreno da disputa partidária no mais baixo nível possível.Estes docentes para continuarem de bem com o poder estadual traem o fazer cotidiano de seus colegas de academia, senão vejamos. Detalhe...99% destes signatários não trabalha ou nunca trabalhou em suas pesquisas com estatística, olhem o Lattes destes professores. Vamos aos "equívocos" deste manifesto contra a autonomia política, administrativa, financeira e pedagógica das unidades autônomas da UFPA. Imaginem este pessoal administrando a reitoria de nossa universidade, vamos aos fatos:

1- Esta pesquisa é financiada pela FAPESPA, através de edital público. Não é a UFPA como instituição quem está financiando esta pesquisa.

2- No dia das eleições nossos números acertaram em cheio nos votos obtidos por Simão Jatene, Juvenil, F.Carneiro e Cléber. Não acertamos nos números de votos de Ana Júlia, pois esta cresceu nove pontos entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro. Mas conseguimos quantificar o peso do uso da mibilização partidária e da máquina de governo...foi de 9%. Nossa pesquisa fotografou as intenções de votos entre os dias 24 e 28 de setembro.

3- Pesquisa informal realizada uma semana após o primeiro turno, feita por telefone com amostragem de 1.600 residenciais, em todas as regiões do Pará, indicam que Ana Júlia recuou a níveis obtidos no dia 28 de setembro na pesquisa PPGCP/veritate. Ou seja, hoje, os indecisos conquistados na boca de urna voltaram à indecisão, e esperam nova investida de boca de urna.


4- Estes ataques são contemporâneos a preparação de nossa terceira pesquisa. Estes ataques visam descredibilizar nossos próximos achados em nossa pesquisa de intenção de votos. Nossas pesquisas impedem qualquer tentativa de manipular a boa fé do povo do Pará.

5- Nossas pesquisas foram as primeiras que detectaram a diferença abissal que separava as intenções de votos de Jatene em relação a Ana Júlia no primeiro turno.

6- O IBOPE em sua pesquisa indicou diferença de 10 pontos de Jatene para Ana. Nós, no mesmo período indicamos diferença de 17 pontos percentuais pró-Jatene. Todos viram, Jatene meteu quase 500 mil votos de frente sobre Ana no dia 03 de outubro. Nossa pesquisa foi a que predisse os resultados o mais próximo possível da realidade do dia das eleições.

7- Nossas oficinas continuarão, nossas pesquisas estão dentro da legislação vigente. O mestrado em ciência política da UFPA continuará formando seus mestrandos. Doa a quem doer. Veja os ataques dos professores petistas aqui

8- Vejam, quase todos que assinam o ataque ao Mestrado em Ciência Política da UFPA, estão assinando carta de apoio à reeleição de Ana Júlia, veja aqui

Eleições 2010: Veja os números do TRE e os números da pesquisa LCP/UFPA/Veritate




OBS: Vejam com precisão científica os números da pesquisa LCP/UFPA/Veritate. Aqui não cabe mais o achismo.

Observem que acertamos integralmente na votação de Jatene, sendo que a diferença entre a votação de juvenil, F.Carneiro e Cleber Rabelo e da pesquisa fica muito aquém da margem de erro que foi de 2,5% para mais ou para menos, ou seja acertamos em cheio, também.

A grande diferença entre nossa pesquisa e o resultado eleitoral se dá na votação de Ana Júlia.

Vejam que nossa pesquisa detectou 18.3% de Nenhum/Branco/Nulo, até o dia 28 de setembro. No dia 03 de outubro este percentual caiu de 18.3% para 6.3%. Ana Júlia conquistou 9% destes 12%, juvenil 1,5% e F.Carneiro abocanhou 1.1% destes 12%.

Como não foi detectado nenhuma onda vermelha no Pará até o dia 28 de setembro, ou seja, 12 dias após a passagem de Lula por estas bandas, conclui-se que variáveis externas e intervenientes operaram entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro.

O guincho que provavelmente trouxe para Ana 9% em 5 dias não pode ser previstos em pesquisa de opinião pública. Foi a mobilização partidária, a máquina de governo e a boca de urna "profissionalizada" que poderia explicar este crescimento.

Eleições presidenciais: "Folha" diz que Mulher de Serra teria feito aborto

Agora a campanha eleitoral presidencial caminha a passos largos para a baixaria religiosa. Depois que um jornalista ter perguntado de frente se Dilma era lésbica e de Mônica Serra ter sido acusada frontalmente, por Dilma no debate da Band, de tê-la acusada de ser a favor de matar criancinhas, chegou o troco. Uma ex aluna de Mônica Serra, esposa de Serra, diz frontalmente e publicamente, que esta fez aborto no exílio. Veja aqui

Eleições presidenciais: Dilma 47% e Serra 41%

Nova pesquisa Datafolha de ontem(15) sinaliza vantagem de Dilma e aumento da avaliação (bom/ótimo) do presidente Lula. Veja aqui

Eleições no Pará: a mensagem simbólica da aliança de Ana Júlia com Almir Gabriel

Qual a mensagem simbólica da aliança entre Almir Gabriel e Ana Júlia?

Esta aliança sintetiza a incoerência política que assaltou os arraiais petista nestas eleições no Pará. É uma grande vitória do ex governador Almir Gabriel. Almir sairá da vida pública anistiado politicamente pelo PT em relação ao massacre de Eldorado de Carajás.

Eu nunca achei que o ex governador almir Gabriel tenha ordenado aquele massacre, mas o PT achava e achou até antes de ontem. A direção petista exibiu faixas públicas em frente ao Palácio do Despachos chamando Almir de assassino. Eu estava assistindo este ato.

Eu me pergunto, será que o patrimônio político e de coerência do PT aguentará tanta incoerência? será que a busca em evitar uma derrota acachapante de segundo turno, comporta uma resolução política como a de ontem(15)?

Não tenho nenhum bloqueio ideológico que não aceite alianças eleitorais num contexto de segundo turno. Mas pragmatismo tem limites.

Os fatos relatados neste blog tem amplo testemunho histórico, da militância, dos meios de comunicação. Quem for ao CENTUR e abrir os jornais da campanha eleitoral estadual de 1998, encontrará fatos materiais acusatórios contra o governo Almir Gabriel.

No primeiro turno, a campanha Ana Júlia, comparava os 12 anos de governos tucanos com os 4 anos de governo Ana Júlia. Lembremos, destes 12 anos, 08 anos foram de Almir Gabriel.

Eleições presidenciais: vitória das igrejas

Dilma acabou de emitir uma nota se comprometendo a lutar contra a legalização do aborto. É mais uma vitória de uma agenda conservadora na disputa presidencial. Enquanto isso, 300 mil mulheres pobres, que morrem por ano no Brasil por realizarem abortos em condições sanitárias sofríveis, continuarão perecendo. O aborto, em escala de massas, continuará sendo tratado como questão de polícia no Brasil e não como questão de saúde pública. Quanta hipocrisia. Veja a reportagem aqui

Eleições presidenciais: PSOL declara apoio ambíguo à Dilma

Após reunião nacional o PSOL declara um voto anti-Serra, mas deixa livre o caminho para o voto nulo. Uma decisão ambígua. Veja aqui

Eleições no Pará : Almir apóia Ana Júlia

Num evento, realizado há pouco, o ex governador almir Gabriel declarou apoio à Ana Júlia. Este apoio poderá melhorar a aglutinação de potencial eleitoral que Ana está precisando?

Candidatura Dilma: sintomatologia mórbida

O depoimento do Líder do PMDB na ALEPA, Parsifal Pontes, indicam sinais de corrosão nos rumos da campanha nacional de Dilma. Veja aqui

Eleições 2010 no Pará: uma tendência cristalizada

Em todas as medições informais de segundo turno parece claro a tendência cristalizada pró Simão Jatene. Ao PT cabe um grande combate para resguardar este patrimônio coletivo que foi construido com muito esforço nos últimos 30 anos. A DS/PMM do B, No monopólio do comando do governo estadual, conseguiu criar uma super-percepção negativa, nas massas, sobre este governo em Ocaso.

Está no forno a próxima pesquisa LCP/UFPA/Veritate.

Eleições presidenciais: Uma versão sobre os erros da campanha Dilma

O cientista político Antônio Lavareda, utilizando instrumentos de nerociência, aponta o o erro central da campanha de Dilma, neste segundo turno. Veja aqui

Eleições 2010: Marina tinha desidratado Serra

Ontem encontrei um velho amigo e ele me dizia: Edir, pelos números que começam a aparecer neste segundo turno na disputa presidencial parece que Marina, no primeiro turno, tinha na verdade desidratado o Serra.

A conclusão seria simples: Serra sai de 32% no primeiro turno e chega a 43 no segundo turno e Dilma está empacada em 46%.

Hoje diríamos o seguinte: Serra está numa tendência de crescimento e Dilma não consegue avançar sobre os 6% de indecisos. Creio que estes 6% estão esperando para conhecer melhor Dilma e os debates poderão ser decisivos.

A eleição caminha para Serra? parece que sim, mas os estrategistas do PT ainda tentarão mudar esta tendência nos últimos 15 minutos do jogo. Lula é o craque decisivo. Será que o povo dará este cheque ao sapo barbudo? eis os próximos capítulos desta emocionante disputa.

Eleições presidenciais: CNT/SENSUS aponta empate técnico

Divulgada hoje (14) a pesquisa CNT/SENSUS aponta empate técnico no limite da margem de erro entre Dilma e Serra. A característica marcante dos últimos 5 dias é o crescimento constante do tucano. Quer ver a informação completa? então clique aqui

Critério de escolha eleitoral: sem ética e sem honestidade

Caso viéssemos a radicalizar os critérios ético-morais para a escolha de candidatos, como: o comportamento republicano e a honestidade, ficaríamos sem opção nas escolhas estadual e presidencial. Afirmo esta conclusão após convivermos com megaescândalos que não pouparam nenhum grande partido governante do Brasil.

Portanto, na atual fase da construção do processo civilizatório no Brasil, os critérios de escolhas mais objetivos e transparentes para a definição de partidos e candidatos seriam as políticas públicas de cada partido à frente dos executivos. É possível claramente estabelecermos as diferenças entre Dilma e Serra: O PT é mais social, sem ser esquerdista e o PSDB é mais liberal sem ser direitista. Em matérias de políticas públicas, O PSDB e FHC priorizaram o controle inflacionário a partir da contenção dos gastos públicos, da diminuição do tamanho do Estado e do arrocho salarial. Lula e o PT, priorizaram os gastos sociais e a expansão do tamanho do Estado e a distribuição de renda em detrimento da diminuição da capacidade do investimento estratégico do Estado.

São estes dois modelos que estão em jogo, e sobre eles devemos nos posicionar. Agora, se o debate cambar para as questões ético-morais na condução da coisa pública... não sobrará nenhum partido governante no Brasil. Todos protagonizaram grandes escândalos de corrupção. Neste momento no Brasil, numa noite escura, todos os gatos são pardos...e de verdade.

Eleições no Pará: deputado líder do PMDB declara apoio a Jatene

O deputado estadual do PMDB, eleito, Parsifal Pontes, líder do PMDB na ALEPA, acaba de declarar apoio a Jatene. Veja aqui

Eleições 2010: Dilma e a imobilização política

A capacidade da candidata Dilma em retomar a inciativa política e eleitoral frente a ascenção de Serra ainda é uma incógnita. Não ha´dúvida, Serra está com todas as iniciativas políticas: Serra virou coroinha de primeira hora, Serra virou estatista "vai reestatizar o BB e os Correios", Serra, o regulamentador do aborto, agora é radicalmente contra o aborto, e Dilma? qual sua reação frente ao crescimento de 15 pontos percentuais de Serra?

Como enfrentar a onda moralista e religiosa que tomou conta da agenda presidencial? Serra está surfando nesta onda e Dilma? a petista e a direção da campanha estão atônitos. Lembram daquele personagem de Chico Anísio frente à uma pergunta inesperada, que ficava dizendo... A..é...é, A..é..é, e só algum tempo depois conseguia articular uma resposta à problemática. É assim que estou percebendo a imoblização política de Dilma e de sua coordenação de campanha.

IBOPE: Serra avança sobre Dilma

A última pesquisa do IBOPE, divulgada ontem(13) aponta uma diferença de apenas seis pontos entre Serra e Dilma: 53% a 47%. Como a pesquisa oscilou na margem de erro ainda não podemos dizer que está em curso uma tendência de crescimento constante de Serra. Mas, se não podemos ainda afirmar que é uma tendência constante, podemos apontar um claro sinal, afinal Serra saiu de 32% no primeiro. Esta primeira colheita de Serra deve-se a opção da maioria do voto verde do sul e sudeste pelo tucano.

As próximas pesquisas sinalizarão o destino dos 8% de indecisos (ou 10 milhões de votos). Diríamos que todas as luzes amarelas estão acesas no ninho vermelho.

O PMDB e o segundo turno

Aos poucos prefeitos e deputados deo PMDB, individualmente aderem ao candidato Simão Jatene. Os deputados Parsifal e Simone Morgado, a poderosa, já estão no barco tucano. Jáder provavelmente não declarará apoio a Jatene.

Eleições 2010: as últimas pesquisas estaduais e para presidente

Veja as últimas pesquisas no Brasil. Aqui

Eleições presidenciais: Vox Populi- Dilma 48 - Serra 40

Veja a pesquisa divulgada hoje (13) para a disputa presidencial. Veja aqui

Eleições presidenciais: Serra e o pré-sal

Tudo indica que a política para o pré-sal será alterado num eventual governo Serra. Dilma bateu de frente, no último debate da Band(10) acusando-o de pretender entregar a exploração do pré-sal ao setor privado. Serra calou e fugiu deste tema. Da mesma maneira que Erenice e o aborto provocaram o segundo turno, a temática do papel do Estado na economia e a questão do pré-sal poderá fazer a balança pender de vez em favor de Dilma. Foi esta temática que derrotou Alckmin em 2006.

Provavelmente Serra, em breve, virará o mais radical estatista, do Brasil. São coisas da política...oportunista.

Eleições 2010: Lula e o segundo turno no Pará

Lula estará em Ananindeua (arterial 18) nesta quinta (14). O maior objetivo do presidente é tentar trazer aqueles eleitores que o avaliam de forma excelente para o apoio à reeleição de Ana Júlia. Uma tarefa muito difícil, haja vista a trajetória catastrófica deste governo nos últimos 4 anos. Podemos enumerar alguns erros primários deste governo comandado pela DS/PMM do B: desprezo pelos deputados da base aliada, saída do PMDB do governo, 6 mega escândalos, destruição da marca do PT na saúde e na educação, incapacidade de diminuir os índices de criminalidade na grande Belém.

É verdade que Ana Júlia fez obras importantes, como: O viaduto Danile Berg, o prolongamento da Independência, o programa Bolsa Trabalho, o Navega Pará e a atração de obras federais para o Estado. Mas estas realizações, ou ocorreram em final de mandato, ou foram embotadas pelas imagens negativas.

Estou analisando como o eleitorado percebeu este governo nos últimos 4 anos, o meu papel, é explicar o porquê Jatene ganhou o primeiro turno com quase meio milhão de votos de frente à Ana Júlia, sem possuir mais do que 15 prefeitos ao seu lado, e sem ter recursos capazes de impactuar visualmente o Estado. Não se trata de especulação, é fato que o eleitorado abandonou Ana Júlia/DS neste primeiro turno.

Não me venham culpar o eleitorado. O PT é o maior partido de massas e social democrata da América Latina e tem excelente exemplos de governos estaduais e federal, mas no Pará Ana Júlia e a DS, desgastaram profundamente a história petista, na medida que apresentaram uma péssima performance na gestão política, administrativa e orçamentária do Estado do Pará.

UFPA: Ódio, inveja e revanche marcam a postagem de um ANÔNIMO COVARDE

De repente, no curso das análises eleitorais de 2010, quando o Programa de Pós graduação em Ciência Política entra no debate estadual, tendo como mote as Oficinas Eleitorais, eis que UM ANÔNIMO AMARGURADO, VINGATIVO E INVEJOSO invade o território das análises e dos debates, com a postagem abaixo.



Veja a postagem que recebí, no momento em que eu afirmava princípios de imparcialidade, republicanismo e cosmopolitismo frente aos dados das pesquisas eleitorais.


" Jamais serás cosmopolita, muito menos republicano, não tens história que comprove esta "tendência" pessoal. Antes, sempre fostes oportunista, manipulador, enganador, fascista. Tuas atuações na política universitária apontam esta "tendência", que eu diria ser "vício estrutural" de personalidade. Fostes beneficiado- isto sim- com iniciativas republicanas na institutição que te proporcionaram o título que tens e que usas contra aqueles que te ajudaram. Cospes no prato que comestes. Conspiras, nos bastidores da UFPA, por politicalhas e interferências indevidas do poder central (a exemplo da sucessão no IFCH), o que nega toda a tua pretensão de "republicano". És exatamente o contrário: parcial, antidemocrático e provinciano".

Quer ler a resposta a esta postagem? então clique aqui

Sucessão presidencial: a separação entre a avaliação de Lula e a sucessão presidencial

Aquilo que parecia tranquilo pode virar um pesadelo para o presidente Lula. A super avaliação positiva de Lula era refletida na super intenção de votos em Dilma, uma candidata que jamais foi testada em eleição e na "cabeça" de governos.

O PSDB conseguiu, através de uma estratégia bem conduzida quebrar o consenso contingente em torno de Dilma e da a lógica cartesiana que via em Dilma o clone de Lula à frente do governo do Brasil. Agora Lula e o PT devem estar sofrendo pesadas insônias, pois daqui pra frente o PT dependerá tão somente do talento de Dilma nos debates e na defesa de um programa de continuidade ao governo Lula e da ação militante da coligação partidária pró-Dilma.

Lula jamais imaginou que se veria diante deste iminente risco, diante de uma eleição cuja vitória já poderia já estar consolidada se o candidato fosse um Tarso, um Jaques Wagner ou um Patrus, todos cobras criadas na gestão de governo, nos debates políticos e com grande inserção na militância petista.

A vitória ou não de Dilma dependerá agora da evolução ou não de Serra nos próximos 08 dias. Caso Serra passe Dilma, a reversão ficará muito complicada. E teríamos a derrota eleitoral,a partir de decisões unipessoal de um presidente super querido no Brasil. Seria um doloroso aprendizado para Lula.

Segundo turno no Pará: novo confronto entre a máquina partidária e de governo e a opinião pública

Venho dizendo há 12 meses que esta eleição é um excelente laboratório para os estudiosos do controle democrático ou oligárquico do voto no Pará e na região norte. Sabemos que o governo Ana Júlia conta com a máquina federal, estadual e com a poderosa máquina petista, que é disciplinada e organizada.

A teoria política diz que temos duas eleições no Brasil, completamente diferentes: a majoritária (presidente, governador, senador e prefeito), onde o eleitorado é super-responsável em sua decisão eleitoral, e a eleição proporcional (deputados e vereadores), onde o eleitorado é pouco responsável e dá seu voto de qualquer maneira ( por amizade, em troca de bens materiais imediatos e até em troca do "boca de urna", o famoso trintão).

Há 36 meses que a rejeição de Ana Júlia só faz crescer, chegando há seis meses do pleito com 52% de rejeição estadual. Então eu me questionava: quem decidirá este pleito: a máquina e o Porbarrel ou a opinião sobre o governo consolidada há 36 meses?

No primeiro turno venceu nas urnas a opinião pública anti-Ana Júlia, expressa nas pesquisas. Não adiantou as máquinas estadual, federal, partidária e nem o apoio explícito de Lula. Neste segundo turno estamos novamente de olho no comportamento eleitoral paraense. Caso Ana seja derrotada teremos uma prova inquestionável de que o eleitorado do Pará, em eleições majoritárias, decide seu voto com base em avaliação do governo de plantão e não aceita a chantagem das máquinas a serviço de governo.

Caso a opinião pública triunfe sobre as máquinas de governo e partidária estaremos diante de um eleitorado criterioso frente as disputas de governo. O que seria muito bom para a democracia.

O governo de Ana no Pará, nestes 4 anos foi uma decepção. É um governo com obras importantes, principalmente aquelas em inauguração em vésperas das eleições, mas falhou gravemente nas áreas essenciais que atendem ao povo no dia a dia, como: saúde nos grande hospitais, qualidade da educação, combate à violência e melhoria das respostas nas delegacias de polícia, negação prática da participação popular na formulação e controle de políticas públicas. E de forma desastrosa falhou na comunicação política e no marketing das ações de governo.

Debate presidencial: Privatização da Embratel: um falso sinuca de bico

Serra e o PSDB apresentam a privatização da telefonia como o modelo que socializou com todos os telefones. Nunca ví nenhum petista, e muito menos a Dilma enfrentar esta questão. Ora, o modelo ideal seria aquele adotado no mercado de petróleo, onde abriu-se este segmento ao setor privado sem privatizar a Petrobrás.

FHC poderia ter aberto o mercado de telefonia sem abrir mão da Embratel. Ou seja, poderíamos ter esta proliferação de companhias de empresas privadas de telecomunicações, sem necessariamente ter sido preciso privatizar a empresa estatal deste setor.

A Embratel funcionaria como um poderoso instrumento para controlar a formação de preços a partir dos oligopólios. Os monopólios ou oligopólios privados são até piores do que os monopólios estatais. Assim, se as empresas telefônicas tentassem formar cartel em prejuizo do consumidor, a Embratel poderia baixar preços e forçar as empresas privadas do setor a acompanhar este mesmo movimento.

Portanto, poderíamos ter esta mesma expansão do acesso aos telefones mantendo o controle público da Embratel. Creio que a Embratel Estatal controlaria melhor a expansão de preços do que a Anatel, que hoje serve mais às empresas telefônicas do que aos consumidores.

Quebrar os monopólios estatais sobre segmentos da economia seria mais eficaz e eficiente e protegeria mais a sociedade do que as privatizações generalizadas dos diversos setores da economia, executado por FHC, e não teria sido desmontado a presença do Estado sobre setores chave da economia.

Eleições presidenciais 2010: eleição indefinida

Quem imaginaria que o claro favoritismo de Dilma, presente até 5 dias antes do primeiro turno, não mais existe. Os tucanos, através de uma campanha bem orquestrada quebraram o consenso contigente em favor de Lula e de sua candidata. Esta é a primeira lição teórico/prática desta competição eleitoral.

Agora ou Dilma sobrevive nos debates, a custa de seu próprio talento, ou será engolida pelo experiente Serra. Agora o que poderá definir o placar em favor de Dilma será sua capacidade em colar em Serra e no PSDB o seu verdadeiro rótulo, qual seja, o liberalismo econômico. Será a capacidade Dilma em discutir o papel do Estado na economia e no mundo social, usando como exemplo o modelo de governo FHC e Lula, que poderá decidir a eleição em seu favor.

O PT tem muitos quadros governamentais com esta capacidade para o debate teórico-político. Dilma terá esta capacidade? Este é provavelmente o motivo das insônias de Lula.

Eleições 2010: Ana e Jatene- o segundo turno no Pará

Existe uma brutal diferença entre as avaliações do governo Lula, no plano federal e a avaliação do governo Ana, no plano estadual. Enquanto Lula ostenta 80% de avaliação ótima/boa, no Pará, Ana Júlia não atinge 20% de avaliação ótima/boa. Enquanto a rejeição de Lula é insignificante políticamente, a rejeição de Ana Júlia é estratosférica, acima de 40%.

Esta rejeição sugere que na virada do primeiro para o segundo turno, Jatene venha a capturar, de saída, a intenção de votos de pelo menos 55% do eleitorado. Não esqueçamos, que Ana obteve 34% de votos, e que os demais candidatos: Jatene, Juvenil, F.Carneiro e Cléber, jogaram claramente na oposição ao governo estadual, ou seja, 2/3 dos eleitores do primeiro turno votaram contra o governo Ana Júlia.

As pesquisas mostrarão se os 34% de votos obtidos no primeiro turno por Ana Júlia, estão consolidados ou não. Desconfio que a primeira pesquisa de segundo turno trará muitas surpresas e ensinamentos para aqueles que trabalham teoricamente com o comportamento eleitoral. Caso existam votos adquiridos pelo peso da máquina, em favor de Ana Júlia, no primeiro turno, os donos destes votos serão naturalmente eleitores voláteis, ou seja, migrarão de um lado para outro, ao sabor do poder econômico/administrativo. Estes eleitores esperariam novo "comparecimento" da máquina no segundo turno pra decidir seu voto. E haja... porkbarrel. Ana colhe o que plantou.

Eleições 2010: Dilma 48% e Serra 41% - o que ocorreu?

A pesquisa do Datafolha mostra um realinhamento do eleitorado para o segundo turno. Dos 19% de votos obtidos por Marina, Serra herdou 9% e Dilma 2%., 8% foram para a indecisão. Em síntese, Serra herdou, até agora, 51% do voto verde.

O voto verde do sudeste é de uma classe média privada e anti-PT. Destes 8% que estão indecisos, creio que Dilma tem boas chances de conquistar a maioria destes 8%, ou 10 milhões de votos.

Neste momento, o grande favoritismo que frequentava o ninho vermelho é substitutido pela insegurança e pelo alarmismo generalizado. Quem não deve estar durmindo é o presidente Lula, que à revelia da direção e das bases petistas enfiou "goela" abaixo o nome de Dilma, que foi até o ano de 2005, uma pedetista.

Os próximos 08 dias serão decisivos para determinar o potencial de estabilização das preferências eleitorais por Dilma. As questões dos escândalos da casa civil e do aborto poderão decidir esta eleição. Quem imaginaria que questões ético-morais estariam na agenda central da sucessão presidencial?

Parece que a sociedade civil sinaliza para os "lobos" da política de que os pressupostos ético-morais em política assumem cada vez mais importância no mundo da democracia política do mundo ocidental periférico, para além do que imaginaria maquiavel. Quem for cardíaco que se aguente. Esta eleição será de tirar o fôlego.

O consenso contigente em favor de Lula e de sua sucessão ...foi quebrado, pelos escândalos e pelas fofocas da internet sobre a questão do aborto.

Eleições 2010: debate e combate entre Serra e Dilma

O debate de ontem (10) na Band entre Serra e Dilma foi muito interessante. Os dois candidatos começam a expressar os projetos antagônicos que representam. Este antagonismo diz respeito ao papel do Estado, na economia e no mundo social.

A marca do governo FHC foi a ênfase no equilíbrio macroeconômico e na reconfiguração do papel do Estado na economia, tendo as privatizações como carro chefe. A marca do governo Lula foi conservar o modelo macroeconômico de FHC e na recuperação do papel interventor do Estado, na economia e no mundo social.

Eu não tenho dúvida, o modelo representado por Serra para enfrentar possíveis falta de recursos para investimento estratégico em infra-estrtura será baseado em: arrocho salarial para os barnabés do serviço público, corte de gastos sociais e na contenção da expansão do Estado nas áreas de: educação superior, assistência social e investimento no micro e pequeno produtor.

Dilma apostará firmemente na manutenção da expansão do papel social do Estado, tendo como suporte, o crescimento do PIB e a exploração da pré-sal. Aliás esta é a questão fundamental. Dilma tem que fazer Serra revelar o seu projeto para o pré-sal que passaria pela sua terceirização privada, assim como a política salarial de Serra para o conjunto do funcionalismo.

Eleições 2010: Resultados resumidos por Microrregiões

Quer ver o resultado resumido das eleições para governador, por microrregiões, então clique aqui

Eleições: Instituto Veritate dá esclarecimento sobre ataques à pesquisa LCP/Veritate/UFPA

O presidente do Instituto Veritate, Vladimir Araújo, decidiu responder aos ataques feitos pelo blog do jornalista Augusto Barata. Estes ataques se consubstanciaram a partir de uma pesquisa informal, realizada pelo Instituto Acertar, que presta serviço à coligação governamental. Vladimir demonstra que esta pesquisa, informal, erra acima da margem de erro e não pode ser considerada como um paradígma de acerto neste primeiro turno. Até porque, informal, clandestina e que só se mostrou após o resultado das eleições.

Veja a resposta do presidente do Instituto Veritate, aqui

Eleições para governador -2010: por municípios e por microrregiões

Quer ver o resultado das eleição para governador do Pará, por municípios, por mesorregiões e microrregiões no primeiro turno? Informações completa, então clique aqui

Eleições 2010: Quem desvendar ganha um almoço

Guarás bicam pelo Marajó mas são bicados em outros territórios, aliás, quase dizimados.

Eleições 2010: Datafolha- Dilma 54% - Serra 46%

Veja a primeira pesquisa de segundo turno para a disputa presidencial. Clique aqui