Por que o governo Ana vem falhando na saúde e na educação?

Por certo este é um objeto a ser pesquisado após o fim deste governo. Muitas hipóteses podem a vir a ser testadas, eu de imediato arriscaria propor o seguinte debate:

1- Saúde e educação não deveriam ser objeto de barganha política. Estas duas áreas deveriam ser da cota pessoal do governador, ou seja, não entraria na partilha política com os partidos da base aliada. Hoje existem permanentemente vetos e contra vetos informais dentro das URE's e Polos administrativos. Nestas dimensões administrativas partidos da base aliada dividem o comando da Seduc por regiões, municípios e bairros.

2- O PT tem pelo menos duas décadas de debates acumulado a respeito destas duas áreas e inclusive têm políticas públicas consagradas em muitos municípios e estados membros da federação.

3- Saúde e educação deveriam ter seus titulares, nas diversas dimensões da secretaria, preenchidos por quadros comprometidos com a filosofia radical do serviço público e do republicanismo.

4- O PT deveria ter feito uma reforma administrativa radical na Seduc, que é um elefante branco, desenhado para não funcionar. O burocratismo emperra toda a máquina administrativa na Seduc.

5- O compromisso radical deveria se dar com o empoderamento orçamentário, administrativo e político da escola e dos polos administrativos, para além dos interesses de tendências e ou partido(s).

6- As URE's deveriam ser descentralizadas, dentro da lógica do empoderamento das escolas.

7- A Seduc deveria ter experimentado novas metodologias pedagógicas e buscado permanentemente a qualificação docente e técnico-administrativa.

8- A Seduc deveria ser uma trincheira em defesa da melhoria das condições salariais e sociais da comunidade escolar.

9- A Seduc deveria de fato coordenar por micro-regiões, ou coisa assemelhada, a qualificação da gestão administrativa, orçamentária e política em cada secretaria municipal de educação.

10- O governo do estado deveria ter criado e especializado uma secretaria, a de segurança institucional, que dentre sua missão de segurança, seria também especializada em proteger o governo e o estado dos gestores ( de primeiro, segundo e terceiro escalões) corruptos, que infestam a máquina pública. Quando estive no governo apresentei esta proposta, mas foi engavetada pela Casa Civil.

11- Enfim para fazer Saúde e Educação de qualidade só fora da lógica do aparelhamento do estado. O governo está devendo este performance no Pará.

Sucessão 2010: por que o PT não renova o candidato para o governo?

Lembram que no RS o PT, em prévias, lançõu Tarso Genro à sucessão de Olívio Dutra? Por que o PT do Pará não repete a dose se há descontentamento generalizado com a condução discricionária do PMM (da DS) à frente do executivo? Com a palavra o campo majoritário.

É preferível perder o governo e não comprometer o projeto estratégico do PT no Pará. O silêncio e a subserviência farão com que o eleitorado confunda o PMM (da DS) com o modo petista de governar. A marca histórica do PT na saúde, educação e participação popular está bastante comprometida.

Não estou afirmando apriori que o governo está morto. Não, com o uso competente da máquina, nos últimos 12 meses, tudo pode acontecer. Não devemos esquecer o que ocorreu na reeleiçao de Dudu em Belém. O que eu estou dizendo é que só com prestação de contas administrativas, políticas e de obras e serviços, este governo estará em sérios apuros frente ao eleitorado.

Sei que o governo Lula têm muitas obras estruturantes no estado e sei também que o governo estadual buscará se apropriar destes resultados para apresentar algo de concreto.

É pífia a propaganda do governo em torno da negociação entre o setor agropecuário e o MPF. Parece coisa de quem não tem nada para mostrar. O governo tenta capitalizar uma iniciativa que foi do MPF. O governo ajudou nas negociações, mas como ator coadjuvante, e não principal, como tenta fazer crer.

As razões do expurgo na DS

Os motivos para o enquadramento "ético" na DS

Edilza Fontes - acusação- Ousou manter candidatura contra a decisão do PMM

Charles Alcântara- acusação- Defender intransigentemente sua corporação profissional através da presidência do sindicato.

Humberto Lopes (Humbertinho)- acusação- Escreveu artigo no "Quinta" analisando os conflitos políticos dentro da DS.

É... são motivos que só o stalinismo encontraria razões para processos.

2010- PMDB dará vôo solo no Pará

Esperem e verão. As probabilidades de o PMDB dar um vôo solo em 2010 são enormes. A equação é simples: este partido sai sozinho no primeiro turno e com grandes chances de estar no segundo turno. Os tucanos divididos deverão apoiar os seguidores de Jáder no segundo turno. Caso o Pmdb não passasse ao segundo turno seus espaços políticos num futuro governo (petista ou tucano) ampliariam-se consideravelmente em relação aos espaços hoje ocupados. É uma relação custo x benefício.

Portanto PMM(da DS) e PT, ponham suas barbas de molho.

ICS: debate pega fogo

O clima começa a esquentar no ICS. Tudo isso devido as eleições que se aproxima. O número de postagens relacionadas à temática é crescente.

O que é a DS no Pará

DS surgiu no Pará a partir do episódio da CPI da Biopirataria. Naquele momento a então senadora Ana Júlia precisava de uma cobertura nacional dentro do PT e a DS, pela sua ideologia no PT e pelo seu peso política, foi a organização interna ao PT escolhida para a entrada da então senadora Ana Júlia.

Com a chegada de Ana Júlia ao governo a DS do Pará inflou. Muitas facções, hoje fazem parte da DS: o pessoal advindos da OCDP , hoje PMM. O pessoal advindo do MCR/Força Socialista- Suely Oliveira, Charles. O pessoal advindo do PRC/Tendência Marxista- Edilza, Humbertinho. E mutos militantes independentes do PT, e a maioria hoje da base da DS: néo-petistas que aderiram à DS em troca de DAS.

Na verdade, eu que conviví quase 6 anos com a DS nacional via CUT( corrente Cut pela Base) posso afirmar que este comportamento da DS no Pará em nada se parece com o comportamento da DS nacional. Dentro da CUT e do PT a DS Nacional sempre se comportou como aglutinadora de seu campo político, e nunca seviciou seu parceitos de grupo, como ocorre hoje no Pará. Diria que no Pará a DS é um grande guarda chuva que abriga gregos e troianos. Hoje o PMM faz os expurgos e só sobrará a OCDP (PMM) e seus subservientes. Quem viver, verá. Ana Júlia é dirigida pelo PMM.

Expurgo na DS: PMM em ação

O PMM mostra quem manda na DS: é a máquina de governo. Não existe debate, não existe tolerância e nem diferença. Divergiu...Rua. A DS se comporta como partido dentro do partido. A facção que tem o controle da máquina, controla os militantes e liquida os adversários. Daqui a pouco toda a DS se resumirá aos amigos e subservientes do PMM.

DS já prepara expurgo de Edilza, Charles e Humbertino

A GT estadual da DS ( Democracia Socialista) corrente interna ao PT aprovou em sua reunião estadual uma comissão de ética para julgar a rebeldia de Edilza Fontes, Humberto Lopes e Charles Alcântara. Parece que a sentença já está dado: "expulsão" dos três recalcitrantes. Parece os famosos Julgamentos de Moscou patrocinado por Josef Djugativile Stalin. Eta...Democracia Socialista.

Nomeação de Maneschy: João Cláudio Arroyo abriu as portas nacionais com Dulce

Foi o prof. MSc João Cláudio Arroyo, ex-Chefe do Gabinete da Governadora quem introduziu o nome de Carlos Maneschy nos ciclos Ministeriais do governo Lula. Além de Dulce, Arroyo aproximou o Ministro Tarso Genro do nome de Carlos Maneschy. Enfim era importante dá este depoimento para ficar registrado na história. Maneschy ganhou na UFPA, mas foi preciso agir preventivamente para evitar a possível ação golpista contra a democracia na UFPA. Maneschy tem ampla chance de usar esta articulação para potencializar a cpacidade orçamentária da uFPA no próximo quadriênio.

Nomeação de Maneschy: Ministro Luis Dulce conduziu a articulação pró-Maneschy no Palácio

Foi Luis Dulce, Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República que fez as macro articulações no Palácio para evitar qualquer ação golpista contra o reitor eleito. Tive a oportunidade de participar de reunião em São Paulo, juntamente com o ex-chefe de gabinete da governadora João Cláudio Arroyo e o reitor eleito de uma reunião de articulação com o Ministro Dulce. O Ministro Dulce inclusive telefonou pessoal a Arroyo dando conta das articulações.

Nomeação de Maneschy: Ministros da cota pessoal de Lula saudaram Maneschy na posse

Luis Dulce, Patrus Ananias, Guido Mantega, Dilma Roussef mandaram saudação por escrito à posse do Reitor Carlos Maneschy. Foi a primeira vez que este fato ocorreu em uma posse de reitor na UFPA. Estre fato mostra o nível de articulação política do novo reitor.

Medicina precisa de choque acadêmico e de gestão

Uma medida que seria bem vista pela sociedade paraense visando criar condições de tirar a medicina da prostação acadêmica:
1- Nomeação de uma comissão especializada, ligada diretamente ao gabinete do Reitor com as seguintes atribuições:

a) Fazer um diagnóstico acadêmico e administrativo do curso
b) Verificar a situação individual de cada professor por troncos de disciplinas.
c) Verificar a situação do corpo técnico-dminsitrativo
d) Diagnisticar asituaçãode infra-estrutura física e material de cada laboratório e ou local de ensino teórico-prático.
e) Contratar uma consultoria especializado em modernização curricular do ensino médico à luz das exigências do perfil médico exigido pelo MEC.
f) Estes estudos ajudariam no trabalho, a ser executado pelas lideranças médicas, na reformulação curricular de todo o curso.
g) transferência do curso de graduação em medicina para o campus.
h) transformação do prédio histórico da generalização em um espaço para a pós-graduação em saúde.
i) Transformação do Bettina em hospital realmente escola, com a construção de novas áreas físicas e a ampliação do corpo docente e funcional.

Esta é apenas uma idéia inicial. Mas creio que a medicina deve receber um choque de prioridades, para que o curso não corra o risco de fechar, ou ser obrigado a diminuir o número de vagas.

PMM: Puty quer ser prefeito

Segundo fontes credenciadas petistas, se depender do PMM o PT já tem candidato a prefeito de Belém para 2012, é Puty, o Chefe da Casa Civil do governo do estado. Vejamos qual é a equação: Ana se reelegeria, Puty seria eleito deputado federal e Puty seria o candidato do PT a prefeito em 2012. Só falta combinar com o campo majoritário do PT.

Obs, PMM significa Puty, Maurílio e Marcílio o trio canibal da DS e do PT. OU seja, quem não reza na cartilha é detonado. Lembrem-se de Charles, Edilza e de Suely.

UFPA: todo cargo de chefia tem uma dimensão central de relações políticas

Qualquer cargo de confiança executivo: Diretor de hospitais, Siac, Gráfica, Pró-Reitorias, têm dimensões políticas. Esta dimensão política deve-se ao fato de que esta pessoa responde diretamente à comunidade devido à delegação do reitor. Ora, na UFPA a eleição do dirigente é direta, logo existe uma relação de compromisso programática e de comportamento construtivo na gestão. O que é comportamento construtivo? deve-se entender como uma prática que alie competência técnica-gerencial com habilidades políticas. Só para dar um exemplo, nestes 24 anos de eleições para reitor assistí dirigentes convidados para cargos, que se apropriaram destas funções e deram maior trabalho ao reitor, devido à incompetência política. Passados seus anos no cargo o reitor herdou uma comunidade que viria a repudia-lo politicamente, de forma permanente, na instituição. O exemplo mais visível deste fato foi no HUJBB. Ou seja, o gestor dava respostas técnicas e produtivas, mas politicamente era um taylorista empedernido e queimou o filme político do reitor. A equação é simples: deve-se aliar nos cargos executivos a competência técnica gerencial com a indispensável habilidade política. Quem é recompensado politicamente ou paga o pato, numa democracia competitiva, é o sempre a lidertança maior, na UFPA é o reitor quem herda os resquícios de uma gestão incompetente politicamente Estamos de olho.

Ex reitoria: amigo da onça

No dia primeiro de julho aconteceu uma reunião de planejamento em Brasília de todas as universidade federais brasileiras. Em pauta as principais demandas para 2009. A UFPA participou, mas a administração que saia não se dignou a convidar nenhum membro da nova equipe que assumiria a partir do dia seguinte (02-07). Não se sabe o que este representante da UFPA apresentou nesta reunião. Isto é pouco ou muito sectarismo e espírito de retaliação contra a democracia na UFPA? Em breve detalharemos esta informação.

Proplan vai horizontalizar diagnóstico institucional

O novo Pró-Reitor de Planejamento Erick Pedreira deverá horizontar o diagnóstico institucional da UFPA. Esta iniciativa visa dar o ponta pé inicial rumo a construção de uma proposta inicial visando subsidiar o PDI 2010-2020. De acordo com o prof. Erick, todo o trabalho de construção de macrocenários estadual, regional, nacional e internacional, combinado com um diagnóstico oriundo dós próprios Institututos e Faculdades em correlação com a participação da sociedade civil organizada conformarão o tripé de um planejamento acadêmico de frente para a sociedade e que deverão subsidiar os rumos da UFPA para a próxima década.

Diretor do Bettina dá sua versão

Prof.Murilo Morhy disse...
Meu caro amigo Edyr:Respeitosamente,vejo-me na obrigação de um retorno ao vosso Blog.
A composição dos postos chaves teve alguns critérios: Para a Divisão Administrativa e Finaceira foi convidado o Manoel do ICS - Contador e apoiador da campanha do Prof.Maneschy.A necessidade de ser um Contador e ser da UFPA é uma determinação da Controladoria Geral da União,para poder ter acesso ao SIAFI e poder assinar Prestação de conta perante o TCU.
Na Divisão Acadêmica foi convidada a Professora Laélia também do ICS,com vasta experiência nessa função,pois foi Coordenadora acadêmica do curso de Medicina com êxito,e nas metas do Reitor está uma aproximação maior com ensino da Graduação,pois o Hospital além de ser Assistencial é também universitário.
]Na Divisão Assitencial a função ainda está aberta.Vários convites a Professores da UFPA foram feitos,mas o tempo não permitia a eles.A própria coordenadora atual Dra.Marilda foi convidada a ficar de forma temporária até o substituto. A Dra.Roselis foi lembrada pela sua experiência na área técnica por vários anos no HUJBB.No entanto,após a dispensa dela,a direção do HUJBB voltou a atrás e preferiu ficar com os serviços profissionais dela pela competência,não liberando-a, apesar do empenho do Prof.Paulo Amorim em liberá-la para o Bettina,junto ao Barros Barreto. Desta forma, a função está aberta,e aceitamos sugestões.Um forte abraçoProf.Murilo Morhy
8/7/09 5:43 PM

Caro Prof. Murilo Morhy

No Hospital Bettina tivemos um dos locais onde as disputas foram das mais difíceis nas eleições para reitor. Foram "os debaixo" que garantiram a vitória de Maneschy no Bettina". É justo que na composição dos espaços administrativos do hospítal deve-se buscar compatibilizar capacidade técnica-administrativa com os nomes de pessoas que deram sangue pela vitória de Maneschy. Caro Morhy não esqueça o que houve no HUJBB nas eleições para reitor de 2005. Alex galvanizou apoio das lideranças daquele hospital prometendo mudanças nas estruturas e nomes de poder daquele hospital e não cumpriu o acordo. Nestas eleições o corpo técnicos respondeu com não votos à candidata de Alex. Cuidado para não criar um sentimento de frustração no Bettina. Se os maiores nomes do Bettina forem escanteado quem pagará a fatura daqui ha 4 anos será o reitor. Assim é a democracia, quem ajuda na formulação do projeto e o transforma em viável, quer ajudar na execução. Relações políticas não são relações entre amigos, mas entre atores políticos e acadêmicos. Ninguém é ingênuo da UFPA.

Maneschy participa de debate com a Adufpa

Nesta quarta feira (08-07) as 11 hs, a reitor da UFPA debate coma Adufpa e a Andes a questão da Dedicação Exclusiva nas universidades. Maneschy com esta postura mostra que está aberto ao debate e ao contraditório. Sem dúvida nenhuma uma universidade deve ser o espaço da prática da diversidade de opiniões, crenças e ideologias.

Gabinete: Alberto Teixeira aceitou o convite

O Dr. em Ciência Política está à frente da coordenação política do gabinete do Reitor. Há uma grande espectativa positiva acerca do desempenho político e administrativo de Alberto nesta função de confiança. Alberto é reconhecido pela sua humildade, bom relacionamento, capacidade política e grande habilidade política. Foi uma excelente opção. Parabéns Maneschy pela escolha.

Paulo Amorim se aquece para a disputa no ICS

O Prof. Dr. Paulo Amorim, o último grande diretor da Saúde, está se preparando para a disputa de outubro para a direção do ICS. Paulo foi um dos grandes apoiadores de Maneschy no ICS. Estamos torcendo para que o espírito acadêmico volte com força para quele instituto.

Reclamações no Bettina

A comunidade Maneschyana do Bettina está temerosa com a chegada, via Morhy, naquele hospital de uma série de ex-dirigentes perpétuos do HUJBB. A moçada vitoriosa no Bettina teme que esta turma chegue com poder. Se esta turma fosse vitoriosa não sairiam do HUJBB. Estamos de olho.

O significado da GUF

GUF: Grupo Universidade Família, é uma organização normalmente ocupada pela primeira dama e é um instrumento de realização de políticas sociais e assistencial da reitoria perante a comunidade interna. A próxima presidente se chama D. Silviane Maneschy, a primeira dama.

Bilhetim entrevista o ex prefeito dos campi Marcus Vinicius e confronta com a versão do ex Reitor Alex

Em entrevista concedida ao jornalista Osvaldo Coimbra o ex-Reitor Alex Mello falou sobre as realizações de sua gestão no período 2001-2009. O Bilhetim entrevista, neste momento, o Engenheiro Marcus Vinicius Menezes Neto, técnico responsável pela condução de muitas das realizações da Prefeitura da UFPA no período.

Bilhetim – Marcus Vinicius, diga aos leitores do Bilhetim por quanto tempo você trabalhou na administração de Alex.

Marcus – Edir, foi na sua presença, em Brasília, ainda em junho de 2001, que o Prof. Alex determinou, pessoalmente, que eu auxiliasse o Prof. Edison Farias na Prefeitura. Inicialmente como assessor de gabinete e, a partir de fevereiro de 2002, na função de Diretor do Departamento de Meio físico – DEMEF. Depois, em 2005, a uma semana da posse fui convidado pelo reitor para assumir a função de Prefeito. O acerto somente foi concretizado às 17:00 h, na véspera da posse da nova equipe.

Bilhetim – E a que você atribui essa situação?

Marcus – Em julho de 2005 a Prefeitura não figurava como órgão da Administração Superior. O CONSUN não a incluíra no novo Estatuto. Eu, inclusive, coordenava uma reação àquela decisão. Quanto à escolha do reitor, penso que ele já conhecia suficientemente o meu perfil político, profissional e ético, e minha capacidade de realização. Você sabe, porque pesquisou, que a melhor avaliação de primeira gestão de Alex era sobre a temática relacionada ao espaço físico que se encontrava sob minha coordenação. Ou a avaliação do reitor era positiva ou ele não tinha nenhuma outra opção. Aliás, o reitor chegou a consultar a equipe da Prefeitura sobre sua preferência. Meu nome encabeçou uma lista tríplice, com aceitação quase unânime na unidade. Quanto ao convite de última hora, isso pode estar relacionado a um constrangimento de natureza pessoal entre o reitor e o prefeito, amigos de longas datas.

Bilhetim – Ou seja você aceitou o convite para ser prefeito num dia e assumiu no outro? E como ficou o planejamento e a formação de sua equipe?

Marcus – Assumi apenas duas horas úteis depois da aceitação. Os demais membros da equipe da Administração Superior tiveram cinco meses para planejar e formar suas equipes. Só foi possível cobrir essa defasagem com uma razoável sobrecarga de horas de trabalho.

Bilhetim – Mas voltemos ao 1º quadriênio. O que foi feito de relevante naquele momento?

Marcus – Eu considero aquele primeiro momento bastante profícuo, apesar de um ano e meio de baixos investimentos do governo federal e, do primeiro ano do governo do Lula, que ainda não estava bem “encaixado”. Uma greve de julho a dezembro de 2001 não permitiu que a UFPA se ressentisse de um início de gestão que contou com apenas algo em torno de 5% do orçamento anual para o custeio de metade do ano, e mais nada em capital. Nosso esforço de planejamento foi recompensado. O Eixo Estruturante “Ambiente Adequado” do PDI-2001/2010 ficou sob nossa coordenação. Lá incluímos todo o Norte das duas gestões de Alex. Depois, com a criação do PROINFRA, dos R$ 1.800.000,00 do primeiro ano, colaboramos com R$ 980 mil, somente de economias dos contratos de limpeza e vigilância, sem redução de qualidade nessas atividades.
Iniciamos as obras de recuperação da infra-estrutura. As reformas da Biblioteca Central, dos pavilhões de aula do Básico, do Laboratório de Farmácia, do Laboratório de Engenharia Química, do Laboratório de Química (Ensino), da Reitoria e da Prefeitura e da nova Clínica de Psicologia; as ampliações do CCEN, do CFCH e da Engenharia Elétrica; as construções dos novos pórticos de acesso e das novas passarelas; a construção do Laboratório de Microscopia Eletrônica do CCB, dos Laboratórios de Análise de Combustíveis, de Análise e de Fármacos (Química), o início das obras do prédio do CCJ e do CACON no HUJBB. E mais ainda. No interior, a construção da Biblioteca e Auditório de Castanhal e de Altamira, a reforma e ampliação do CEDIVET (Castanhal), dentre inúmeras outras reformas menores. Reformamos de forma consistente a área do 1º incêndio do CCB. Grande parte dos recursos foram extra-orçamentários, com projetos elaborados sob nossa coordenação. É dessa época a captação de recursos para a expansão dos campi de Bragança, Castanhal, Marabá e Santarém.
Tive também o prazer de ser co-autor dos projetos de arquitetura do CCJ e das novas passarelas, elaborados nesse período.
Mas, eu diria que, do ponto de vista organizacional, iniciamos a corrida para um grande salto. Elaboramos o plano da manutenção predial, que reduzia substancialmente os prazos para o início das manutenções e ampliava o controle das unidades sobre esses serviços.
Quando substituímos o prefeito por oito meses, enquanto ele escrevia sua tese de doutoramento, projetamos e realizamos a fusão do DEMA e do DEMEF no DEINFRA e criamos o Departamento de Segurança, a Divisão Ambiental e a Divisão Logística. Foi uma medida experimental uma vez que não havia como remunerar mais uma direção. As ações planejadas para o DESEG foram sendo incrementadas e os dados estatísticos, a cada nova avaliação eram melhores. O esforço estava sendo recompensado. Inovamos e reduzimos as contas telefônicas a 1/3 do valor anterior, sem reduzir o número de chamadas. Auxiliamos na elaboração do Código de Posturas e também iniciamos a renovação da frota de veículos.
A nova Divisão Ambiental mostrou a que veio e iniciou o processo de segregação dos resíduos e iniciou o projeto para o tratamento dos resíduos perigosos. A arborização também ganhou nova ótica e iniciaram-se as substituições das velhas palheteiras por ipês brancos e rosas, doados pelo meu vizinho e por mim.

Bilhetim – Surpreendente! Desse cenário à cabeça da Prefeitura. Quanto tempo você ficou lá? O que realizou?

Marcus – Dois anos e quatro meses. Mas, Edir, parece que tudo aquilo não foi suficiente para convencer o CONSUN. A primeira grande tarefa no extinto, e ocupado, cargo de Prefeito, era criar condições políticas para resgatar a Prefeitura que não mais existia no novo Estatuto. Não nos preocupamos com os interesses que haviam levado àquela situação, nem, muito menos, com quem capitaneara aquele movimento, embora em um debate ocorrido no Auditório do Básico com o reitor, tenha ficado claro que ele próprio advogava a tese de extinção da Prefeitura. Fomos vitoriosos, com algumas vantagens sobre o status anterior. A Prefeitura que somente tinha assento no CONSAD e CONSUN, sem direito a voto, passou a ter assento e voto nos três conselhos superiores. Sobre esse assunto cabe um agradecimento ao Prof. Horácio Schneider, atual Vice-Reitor, cujo apoio foi determinante para a decisão.

Bilhetim – E as realizações?

Marcus – O trabalho iniciou com a garantia de orçamento próprio sob o controle da Prefeitura, para todas as atividades relacionadas às suas competências no âmbito da Administração Central. Nossas unidades aprenderam a elaborar seus próprios orçamentos. A ótica era de uma administração compartilhada, participativa e democrática. Não havia segredos. Todos os colaboradores tomavam ciência dos projetos e atos da Prefeitura. Isso garantia compromisso e colaboração, em um ambiente de insuficiência de quadros e de baixíssimos salários, notadamente do pessoal de nível superior.
Iniciamos o contrato de manutenção predial, auxiliamos em todas as captações do CTINFRA que diziam respeito a reformas e obras, reformamos todas as salas de aula do Setor Profissional, construímos estacionamentos no CG, no CCB, no CSE e CCJ, no NUMA, na Engenharia Civil e nos campi I e II de Marabá e ainda aqueles da avenida que vai do Ginásio de Esportes à Capela, antecipando a organização do espaço para a implantação do grande Auditório. Reformamos o Campus de Cametá, construímos pavilhões de aula e de laboratórios em Abaetetuba, Bragança, Marabá I e II e Santarém, ginásio, piscina e outras instalações desportivas em Castanhal, alojamento em Altamira, guaritas e muros em Soure e Abaetetuba. Ampliamos a Psicologia Experimental e construímos um outro Laboratório para a Psicologia e o prédio do curso de História. Consolidamos o projeto arquitetônico do NPADC e iniciamos sua construção. Reformamos os prédios do DERCA/DAVES, do SECOM, do Laboratório de Física, do NPI, do Restaurante e a Capela. Ampliamos o DEPAD e o CAPACIT e adaptamos para a Gráfica. Construímos o Laboratório de Fármacos, o Laboratório da Meteorologia e todas as novas passarelas cobertas do Campus Básico, exceto a da entrada principal, que havia sido reformada há pouco tempo pela Assoc. dos Amigos. Ampliamos o CG. Apoiamos com suporte técnico o HUJBB na área de obras e de serviços terceirizados. Iniciamos as obras do Campus da Medicina Veterinária em Castanhal, do Auditório de 1000 lugares, da Educação à Distância, da ampliação do CLA, do NUMA e de passarelas nos setores Profissional e IV (Saúde). Criamos o Comitê Gestor de Resíduos Perigosos e lançamos a agenda A3P na UFPA, abrindo caminho para a coleta seletiva solidária. Instalamos lixeiras em todos os campi. Trocamos as velhas palheteiras por mais de 1400 ipês e ylang-ylangs, adicionando flores e perfume ao cenário. Melhoramos a manutenção preventiva e os controles de utilização de veículos. Renovamos a frota e adquirimos um ônibus para viagens interestaduais. Instalamos o sistema de alarme monitorado. Implantamos duas novas inspetorias de vigilância. Instalamos uma nova central telefônica. Cuidamos da Infra-estrutura da SBPC e aprontamos o campus para a efeméride dos 50 anos.
Demos a ordem de serviço para o início das obras das novas calçadas, em pavimento articulado e deixamos em licitação o restante das passarelas cobertas do setor Profissional, o Laboratório de Resíduos, a ponte de pedestres sobre o Igarapé Tucunduba, mais um pavilhão de salas de aula para Bragança, pavilhões de aula e laboratórios para a Medicina Veterinária e o Teatro Experimental.

Bilhetim – E o que estava planejado e não foi realizado?

Marcus – Quando deixamos a Prefeitura, no início de outubro de 2007, encontrava-se em gestação em nossa desktop o termo de referência para a contratação de projetos, e toda uma regulamentação sobre fiscalização de obras. Havíamos feito os primeiros contatos com o INPH – Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias do Ministério dos Transportes, para que com sua expertise elaborasse, com ônus reduzido, o projeto da recuperação da orla. Havíamos também iniciado as negociações com o GPHIS, do ITEC, para a elaboração do projeto de esgoto sanitário do campus.
Nosso projeto de comunicação com monitores de LCD de 60”, interligados à intranet foi substituído pelos frontlights, cuja produção é cara e, portanto, inacessível, notadamente à categoria discente.
O acesso viário da Biblioteca Central ao ICB e o contorno viário do Laboratório da Engenharia Civil também estavam previstos, o primeiro, inclusive com orçamento aprovado para 2008, mas não foi realizado.
E o novo prédio do ICB. Já havia, inclusive, R$ 1.800.000,00 para o início das obras em 2008, mas também não foi realizado.
Parte das passarelas de acesso ao Hospital Betina, a esplanada da Reitoria à Biblioteca Central e uma nova calçada em frente ao prédio do CEPS (DAVES) e do CIAC (DERCA), embora contratadas, não foram executadas pela gestão que me sucedeu.

Bilhetim – E aquela situação acerca das calçadas citadas pelo ex-reitor em sua entrevista?

Marcus – A Associação dos Amigos contava com uma doação mensal de mais de 200 sacas de cimento por mês e já havia iniciado a construção das calçadas em concreto desempenado, ali pelas imediações dos pavilhões de aula do Setor Básico. Mas o reitor desejava que fossem feitas calçadas com pavimento articulado. Argumentamos favoravelmente à execução de todas as calçadas pela Associação dos Amigos, com a mesma tecnologia já iniciada, mas o reitor determinou que fossem realizadas em pavimento articulado. O orçamento somou mais de R$ 1 milhão. Quando da licitação, várias empresas reclamaram que havia cláusula restritiva a suas participações. Eu me pronunciei oficialmente contrário à cláusula que, de fato, era restritiva e abusiva. Um engenheiro da Prefeitura informou a uma procuradora que a licitação estaria viciada para beneficiar uma empresa do Grupo ESTACON e formou-se uma fofoca. A Comissão de Licitação foi obrigada a rever a tal cláusula. A tal empresa foi desclassificada. Deixei a Prefeitura quando a empresa vencedora estava mobilizando para o início das obras, e considero que o ex-reitor tem razão quando diz que as calçadas estão muito mal feitas e vão ensejar grandes custos de manutenção. Mas me admiro ao vê-lo defender que “desejava atrair empresas de produção industrial de bloquetes”. Ora, os bons pavimentos articulados produzidos nas boas indústrias podem ser adquiridos por qualquer empresa, sem que seja necessário que a indústria execute o serviço. Penso que a fiscalização exigiu pouco. Esse foi o problema.

Bilhetim – E qual é a sua avaliação final sobre a gestão que passou? Como ficou sua relação com o ex-reitor?

Marcus – Minha avaliação é muito boa. Tivemos um reitor que soube conduzir sua equipe e aproveitar os ventos favorabilíssimos que sopravam de Brasília. Mas poderíamos ter avançado bastante na qualidade do ensino de graduação e na redução de desperdícios.
Tenho pelo Prof. Alex grande respeito e profundo agradecimento pelo que realizou na UFPA e pelas oportunidades que pessoalmente me concedeu.

Bilhetim – E agora, o que você sugere para a nova gestão?

Marcus – Primeiro. O PDI 2001/2010 não é de um gestor e sim da Instituição. Portanto, trabalhar para concluí-lo até o próximo ano. Paralelamente, um grande esforço de planejamento no âmbito estratégico. A ação do Governo Lula, as novas vias de desenvolvimento com asfaltamentos de grandes eixos rodoviários, a chegada da ferrovia Norte-Sul, a implantação das Hidrovias, o Navega-Pará, a siderúrgica da Vale e todas as indústrias de arrasto, o recrudescimento da questão ambiental, são importantíssimos itens produtores de cenários bastante diferenciados em relação aqueles de 2001. As fragilidades institucionais são hoje menores e nossas capacidades foram ampliadas.
Mas poderemos ter também um cenário de volta dos liberais tucanos ao executivo federal, com políticas restritivas ao crescimento das IFES. Tudo isso deve ser levado em conta para a projeção das medidas que concretizarão os compromissos assumidos e as metas propostas durante a campanha eleitoral.
Vejo, ainda, um ambiente de grande desperdício de meios. Defendo um planejamento orçamentário que leve em consideração as necessidades de cada curso até que atinja a excelência, mas sem espaço ao desperdício. Os resultados devem ser cobrados na medida em que os meios são disponibilizados.

GUF deve ser retomada

A primeira dama Dona Silviane Maneschy deve retomar os trabalhos à frente da GUF. Um trabalho construtivo com a comunidade interna e uma relação não tutelada com a comunidade do entorno da UFPA devem estar na preocupação da presidente da GUF. Bom trabalho.

Palheta confirmado na Gráfica

Eleito por seus pares na gráfica e construido o consenso possível Palheta deve ser nomeado para a direção da gráfica.

Alberto Teixeira cotado para o gabinete

O prof. Alberto Teixeira, Doutor em Ciência Política, é o nome mais cotado para assumir o gabinete do reitor Carlos Maneschy. Sem dúvida nenhuma Alberto tem um dos perfis mais bem talhado para a função: é habilidoso, é educado, é bem relacionado, é doctor em política e tem experiência em gestão acadêmica.

Hoje (07-07) tem posse no HUJBB

Hoje terça feira (07-07) Carlos Maneschy dará posse ao novo diretor do HUJBB, será o Dr. Leitão. O diretor administrativo e financeiro será ocupado por um técnico-administrativo, será o Daciel. Dá-lhe Maneschy.

Maneschy esteve com o Ministro ontem

Ontem 06-07 o reitor Maneschy esteve reunido em Brasília com o Ministro da Educação Fernando Haddad. Rei morto, rei posto.

Quem será a próxima vítima do PMM

Será aquele membro do governo petista que ocupar uma secretaria poderosa. Te cuida Ganzer. A cada passo da Setran o governo toma atribuições e repassa para a secretaria do Marcílio. Eta canibalismo.

Posse no Bettina

Amanhã (08-07) as 11 hs Maneschy dará posse ao Dr. Murilo Morhy na direção do HUJBB.

Um dirigente do PT e o PMDB: a vergonha

Um importante dirigente do PT não tem mais cara para reunir com a direção do PMDB. Todos os acordos firmados entre o governo e o PMDB não são cumpridos. O PMM não costuma cumprir acordos nem com a base aliada, muito menos com as demais correntes petistas.

O PMM pratica o canibalismo

A organização particularista PMM é praticante ativa do canibalismo intra familiar, senão vejamos quem foi detonado: Charles Alcântara, Edilza Fontes, Suely Oliveira e João Arroyo. Imaginem a relação do PMM com o PT. O PMM só ainda não comeu os super secretários porque eles controlam a maioria do PT.

A Captura do logos da governadora pelo PMM

Os jornais de domingo informam que o logos (opinião) da governadora teria sido capturado pelo PMM. PMM denominaria-se uma organização particularista que significaria: Puty, Maurílio e Marcílio.

Maneschy, o planejamento e o novo PDI

Sem dúvida nenhuma um dos primeiros esforços do reitor Carlos Maneschy é preparar a UFPA para os desafios da próxima década (2010-2020). O PDI deve merecer toda a atenção nos próximos meses.

Prefeitura: um diretor questionável

Uma figura complexa, complicada está sendo cotada para assumir cargo de diretoria na prefeitura dos campi. Ele foi ex dirigente de uma outra instituição de ensino e foi demitido por peculato.

Assessoria jurídica da prefeitura dos Campi

Adivinhem quem está sendo cogitada para assumir a assessoria jurídica da prefeitura? Vcs não vão acreditar...