Calote de 750 Milhões e o aperto de Jatene

Os jornais noticiam que o governo passado deixou uma dívida ao governo Jatene de 750 milhões de reais. Agora, o novo governador tenta equilibrar as contas do estado para fazer frente a estas dívidas e inciar um plano de investimento. Nesse sentido, o governo estabeleceu uma economia de guerra, livrando apenas as áreas de saúde, educação e segurança.

Creio que Jatene deveria fazer uma auditoria em torno deste débito para esclarecer a sociedade. Será que o governo passado ultrpassou os gastos governamentais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF? Sabemos que nos últimos dois meses, antes da posse do novo governo, haviam filas e mais filas no SIG, de fornecedores para receber pagamentos, muitas vezes de serviços ainda não executados. A Seduc era quem mais pagava.

Estamos no aguardo.

Ciência Política: Doutorado da Universidade Lusófona.

Iniciou há dois meses o primeiro Doutorado em Ciência Política da Universidade Lusófona de Portugal para o norte do Brasil. O Doutor Ricardo Pinto é o coordenador. Passo o final de semana ministrando aulas neste curso. Temos nove doutores ministrando aulas neste doutorado, sendo três de Portugal, três das demais regiões do Brasil e três do Pará. Daqui do Pará são professores deste doutorado: Roberto Corrêa, Celso Vaz e Edir Veiga.


Estão abertas as inscrições para o Mestrado em Ciência Política da Lusófona. Em março começa as aulas para uma segunda turma do Doutorado. As inscrições irão até 10 de fevereiro.

Blogs: veja os mais lidos em Belém

o Instituto Acertar do sociólogo Américo Canto divulgou sua pesquisa sobre os Blogs mais lidos em Belém. A informação está no Blog do deputado Parsifal, veja aqui

PSDB: o grande conselho tucano

Jatene, Mário Couto, Flexa, Zenaldo, Nilson Pinto e Pioneiro fazem parte do grande conselho tucano no Pará. Daí sai o candidato a prefeito de Belém em 2012, o senador de 2014 e o sucessor de Jatene em 2018.

Eleições 2014: Mário não será candidato?

Corre a boca pequena nos bastidores da política que o senador Mário Couto não estaria mais disposto a ficar mais oito anos em Brasília. Caso essa informação proceda, qual o tucano que se habilitará?

Belém cidade violenta: que fazer?

Os sociólogos, especialistas em estudo da violência, têm uma resposta pronta quando perguntados sobre como enfrentar os problemas da violência. Nornalmente surgem respostas que apontam para a resolução dos problemas que estão nas raizes da questão: exclusão social, desemprego e concentração de renda.

Todos sabemos que estas soluções são de natureza estruturais cuja resolução demanda políticas públicas de longo prazo. A Questão é: que fazer hoje para diminuir os riscos de morrer de forma violenta ao sair de casa?


Em São Paulo esta resposta já foi achada:

1- Pacto entre os poderes executivo e judiciário para que prisioneiros de alta periculosidade não sejam soltos.
2- Mais polícias nas ruas prendendo.
3- Criação de mais vagas nas penitenciárias
4- Mapa da criminalidade e seu georreferenciamento.
5-Fechamento de todos os "bares" irregulares, normalmente situados nas periferias, que não passavam de lócus para a mortandade violenta.
6- Super policiamento de baladas nas periferias entre sexta e domingo.
7- Vigoroso combate às gangues e às bocas de fumos e seus assemelhados.


Em São Paulo os homicídios cairam em 70% no curto espaço de tempo, sendo o responsável pela melhoria do Brasil no ranking internacional de homicídios.

Uma informação: somente 20% dos homicídios cometidos no Pará, em Belém e no Brasil, são consequências de latrocínio, os 80% demais, são consequência de outras modalidade de violência, com destaque para as consequências de álcool.

O maior assassino com armas brancas dos finais de semanas em bailes populares, é o auxiliar de pedreiro.

Região Metropolitana: Trânsito, stress e cansaço

Passo boa parte do dia nas salas de aulas. Quando chego em casa estou muito desgastado, não pelo dia de trabalho, mas pela viagem de casa para o trabalho. Meu trajeto deveria demorar 20 minutos, mas não faço o percurso em menos de 75 minutos. Hoje estava pensando: bastaria que Ananindeua e Belém tivessem tido prefeitos com visão estratégica nos últimos 5 mandatos e não estaríamos nessa situação. Até quando nossas grandes cidades dependerão de "sorte" para encontrar um prefeito dígno deste nome? Não poderíamos aprovar um plano de investimento para resolver a questão do trânsito, tendo como ponto de apoio o legislativo?

Saúde: paraense no comando Amazônico

Um doutor paraense em saúde pública, da UFPA, será o coordenador de saúde para a amazônia do governo Dilma.

BB: Ana em diretoria nacional

Um cargo na diretoria do BB nacional, com carro motorista e sem poder, seria a mediação para acomodar a ex governadora do Pará. Será que isto está acontecendo?

Cassação: Puty no olho do furacão

Os grandes jornais do estado falam da acusação apresentada ao Ministério Público de que o então candidato Puty somente teria se desincompatibilizado do Conselho Estadual das Cidades há dez dias das eleições de 2010. Caso esta acusação se comprove Puty poderá viver pouco tempo na condição de Deputado.

DS: Puty rachou com Ana?

Segundo fontes credibilizadas oriundas do PT, Cláudio Puty teria rachado com Ana Júlia, na luta pelo controle da DS no Pará. Este fato teria sido evidenciado quando das negociações pelos cargos federais no Pará. Puty teria sido informado de que os cargos federais do governo Dilma, dentro do PT, passariam pelas macronegociações internas ao PT, e a DS obteria seus cargos a partir da tendência Mensagem ao Partido. Neste momento Puty teria comunicado que Ana Júlia não participaria mais de seu grupo político, aqui no Pará. Ou seja, é o deputado federal eleito, Puty, quem desejaria lotear os cargos federais da DS no Pará, Ana estaria fora. É... rei morto, rei posto.

Ana Júlia: Gatekeeper contra o PT-Pará

Todas as estratégias do PT-Pará tem esbarrado na pretensão de Ana Júlia em ocupar um cargo federal. Dizem que Ana vem fazendo o papel de gatekeeper, ou seja, uma fechadora de portas no governo Dilma ao PT-Pará. Ana queria a SUDAM e a presidente Dilma logo aconselhou que os cargos técnicos seriam ocupados por pessoas com formação técnica. Ana ensaia ir para o BASA, já estaria existindo um abaixo assinado neste banco contra a nomeação de Ana. Agora dizem que Ana aceitaria até a CDP, mas o cerco volta a ser articulado.


Uma coisa parece certa: Ana tem embotado o caminho do PT rumo aos cargos federais no Pará, uma vez que a mesma sempre é a candidata ao cargo federal mais importante, e parece que o governo Dilma está sendo muito criterioso em suas nomeações.

PSB: Ademir adere a Jatene para prevenir traição

O ex senador Ademir Andrade teria antecipado sua aliança com o governo Jatene para evitar que o deputado Belo, viesse a repetir A. Fonteles de 1996. Na ocasião o PSDB recrutou Fonteles que era quadro do PSB no governo A. Gabriel.

PT: PSB avança no extremo norte

O vice prefeito de Almeirim Ivanildo Sarraf abandonou o PT em direção ao PSB pelas mão do governador Camilo Capiberibe.

Adeus à minha Mãe

Minha mãe faleceu ontem (16) às 20:30 hs. O velório está ocorrendo na Avenida José Malcher esquina com a 9 de janeiro. O enterro sairá as 15 hs da Cruz Verde, rumo ao Cemitério Recanto da Saudade.

Minha Mãe nasceu em 10-06-1924, filha de Cametá. Desde de que meu pai faleceu há 9 meses minha Mãe jamais voltou a ser a mesma. Que Deus a acolha da melhor forma possível Dona Oneide da Veiga Siqueira.

Bíblia e Política

Depois que a gente dobra o "cabo da boa esperança", que seria por volta dos 40 anos, a gente começa a buscar teorias metafísicas que formulem a tese da imortalidade da alma. Quando começamos a perder nossos entes queridos, como exemplo, nosso pais, que é o meu caso dos últimos 10 meses, começamos a nos interessar por temas bíblicos. Esta sem dúvida, é uma arma preventiva contra depressões estruturais, ou seja, procura-se alimentar a alma com conteúdo espitirualista.

"PUBLICANOS"

Comprei um áudio CD na livraria Saraiva sobre o Evangelho segundo o Espiritismo. Nele descobrí um jargão político dos tempos em que Jesus passou pela terra, o termo é "Publicanos", este termo nomeava os coletores de impostos que enriqueciam ilicitamente, e hoje poderia nomear todos os criminosos do colarinho branco ou quem comete peculato, que é a corrupção cometida por funcionário público. Eis um novo jargão que passarei a usar a partir de hoje, neste espaço.

O Pará: quem pode mudá-lo?

Antes de mais nada devo pedir desculpas aos leitores do "Bilhetim" às minhas assistemáticas postagens deste mês, é que minha mãe está em estado de saúde muito grave, com baixíssima possibilidade de reversão de seu quadro de saúde. Minha mãe está internada desde o dia 03 de janeiro, fazendo o circuito entre a UTI e o apartamento do Hospital Amazônia. Mas...voltemos ao tema central proposto nesta postagem.


Pará: quem pode mudá-lo?

Quem pode mudá-lo será aquele agrupamento que mais se aproximar dos seguintes pressupostos:

1- Ter uma elite política, ou no mínimo, um grupo de de políticos que combinem forte experiência de gestão, seja advinda do mundo público ou privado, que tenha inserção, moderada ou forte com uma elite intelectual acadêmica republicana ou minimamente não subserviente a projetos de conteúdo patrimonialista e, que desta articulação entre teoria e prática possa nascer a construção e implementação de um projeto infra-estrutural que venha inserir a economia do Pará no Brasil e no mundo.

2- Que tenha um governo no executivo que não permita que os recursos da saúde, educação, segurança e assistência social sejam desviados para os bolsos privados.

3- Que este governo, no executivo, seja capaz de produzir um plano bi-decenal e que venha a ter o apoio da ALEPA para aprová-lo como projeto estratégico do Pará, como política de Estado. Este projeto seria executado por 5 governos consecutivos e seria dirigido basicamente para: Infra-estrutura industral, infra-estrutura sócio-ambiental e infra-estrutura científica e tecnológica.

4- Um governo transparente na execução das políticas públicas.

5- Um governo que produziria um desenho institucional para que a sociedade viesse a controlar a implementação das políticas públicas, como método de prevenção das diversas modalidades de corrupção, inclusive a corrupção invisível, que é aquela cometida pelo segundo e terceiro escalões dos governos em conluio com as prestadoras de serviços públicos.

6- Um projeto, exclusivo, a partir de tecnologias de gestão, para enfrentar a questão de oferta de serviços públicos na "ponta", ou seja, na relação serviços-cidadão.

Definitivamente, uma certeza eu tenho...Os partidos e seus quadros, tão somente, da esquerda, estão aquém desta tarefa histórica para o Pará, principalmente o PT, que tem horror a interagir de forma não tutelar com as academias e com os intelectuais sem partido. E com isso deixa não só a gestão do partido, como a gestão de governos nas mãos de sindicalistas e de seus cabos eleitorais, antigamente agrupados como tendências. Diria sem medo de errar...No Pará o PT se transformou em instrumento de ascensão social de seus militantes oriundos das camadas mais pobres da sociedade, ou de funções públicas e privadas de baixa remuneração. Neste contexto, não há como fazer polítca republicana.

Não creio que 100% do PT seja assim, mas 90% assim o são. Creio que os 10 % poderiam interagir com partidos do centro democrático. O PT do Pará sempre teve horror de interagir organicamente com intelectuais sem partido e, esta é provavelmente a causa e a consequência de seu isolamento frente aos acadêmicos que não admitem tutela política.

Portanto, os melhores quadros acadêmicos e de gestão estão, hoje, menos sob influência do PT no Pará e mais sob influência do projeto que está em gestão nos ventres tucanos. E parece que Jatene tem muito claro estes objetivos. Isolará a esquerda a partir de um projeto de médio-longo alcance, pela aglutinação, sem medo dos intelectuais sem partido. Isto é fato não é tergiversação.

Em síntese, a esquerda comandada pelo PT no Pará, perdeu a capacidade de inciativa política, a partir de projetos estratégicos, como ensinadas pela teoria gramscista de luta pela conquista de hegemonía ético-moral e cultural. Pareço padre pregando em prostíbulo? Mas acreditar nessas possibilidades históricas, é a base da utopia política. E eu continuo vivendo o sonho da transformação equitativa da sociedade.