Sucessão de 2010: um balanço inicial do governo Ana Júlia

Para introduzir minha análise apresento alguns dados recentes acerca da imagem da governadora do Pará perante o eleitorado estadual.
Dêem uma olhada a quantas andam a imagem da governadora do Pará:as fontes são confiáveis e retrata uma pesquisa de dezembro de 2009.

2.Percepção da imagem da Governadora Ana Júlia

E como a Governadora Ana Júlia Carepa é vista pela população do Pará? O que vem a mente deste povo quando se fala o nome de Ana Júlia?

O tamanho da imagem Positiva é de apenas 23%. Agora, quando se trata de imagem Negativa o índice vai para 65%. Em relação às mesorregiões do Estado, a que se destaca com melhor percentual de imagem positiva é a mesorregião do Baixo Amazonas, 49%. As de piores desempenhos de imagem da governadora são: Marajó (93%), seguida da Metropolitana (75%), Sudoeste (71%) e Nordeste 60%).

A ANÁLISE:
1- Dediquei 17 anos de minha vida ao PT. Desfiliei-me politicamente no ano de 2002. Entre os anos de 1981 e 1984 fiquei transitando entre a convergência, DS, e a dissidência esquerda do PC do B , para finalmente ingressar com toda força no PRC até 1988. No PT, o PRC adentrou a partir de 1985 e lançou Humberto Cunha prefeito de Belém, alcançando o percentual histórico, para aquela época, de 10% do eleitorado.
Fui da direção municipal e estadual do PT e da direção estadual e nacional da CUT.

2- Saí do PT por motivos profissionais, já era mestre em Ciência Política e estava cursando o doutorado, aí eu teria dois caminhos, ou seria cientista do PT, ou um acadêmico da UFPA para discutir, sem o constrangimento de enfrentar a disciplina partidária, temas polêmicos como o mensalão, ou a avaliação de governo quando o PT fosse o partido incumbente. Optei pela segunda alternativa.

3- Hoje assisto com alegria o grande desempenho de um governo de centro esquerda no Brasil, o governo Lula, sem dúvida será lembrado como aquele que alçou vôo, levando consigo grande parte do povo brasileiro. Até recentemente o crescimento econômico não era acompanhado da distribuição de rendas, controle inflacionário e geração de novos empregos formais. Lula, pelos números ostentados em relação a: investimento em educação, nas universidades federais e no ensino técnico e tecnológico. Investimento no ensino fundamental e nos salários dos professores. Investimento na agricultura familiar, que gerará nos próximos 15 anos uma classe média rural. A política de cotas nas universidades que gerará uma nova classe média, baseada nos sem universidades de ontem. Enfim Lula tem indicadores em todas as áreas das políticas de Estado, incluindo a diminuição da dependência comercial com os EUA e ampliando o acesso ao comércio com a China, África do Sul, Rússia e Oriente médio. Então podemos afirmar com convicção, o governo Lula têm muito mais méritos do que deméritos, daí ser o presidente brasileiro campeão em popularidade.

E o governo Ana Júlia como vai?
4- Como ponto de partida posso afirmar que quando penso em Ana Júlia me sobressai, de início, imagens negativas: DAS para manicure, privilégio ao piloto namorado, a menor encarcerada de Abaetetuba, o escândalo do kit escolar, mortes de bebês na Santa Casa, o sucateamento do Ophir Loyola, e agora mais recentemente, denúncias em torno de propinas a partir de obras públicas.

5- Do ponto de vista político outras imagens negativas se sobressaem: concentração do núcleo de governos nas mãos de pouquíssimas pessoas de seu relacionamento pessoal, em detrimento do partido e da base de apoio partidário e parlamentar. Reclamações de toda a base aliada de que os acordos firmados com a Casa Civil nunca são cumpridos. Reclamações da bancada federal quanto às emendas orçamentárias para o estado, onde a governadora, prometeu e não cumpriu de que acrescentaria às emendas individuais o mesmo valor alocado pelo deputado federal ou senador, independente de partido. Incapacidade em gastar os recursos orçamentários alocados pelos deputados e senadores, através de emendas de bancada. Neste ano o governo do estado não teria tido a capacidade gastar em torno de 500 milhões, das verbas destinadas ao estado e esta teria sido devolvida.

6- Estes erros, que são crassos nas relações políticas, poderiam e deveriam ser superados a qualquer momento, principalmente relacionado à base aliada, bastando para isso que a chefe do executivo bata o martelo e altere as relações políticas e institucionais que vem estabelecendo com a base aliada.
Há nove meses das próximas eleições esta decisão ainda não foi tomada, e hoje tenho muitas dúvidas se as relações de parcerias e confiança ainda podem ser reestabelecidas com a base de centro direita no parlamento e nas prefeituras. Quanto ao PT, este não tem outro caminho de que não seja tentar viabilizar a candidatura Ana para que tenha reflexos eleitorais positivos, através do desempenho da legenda e na conquista de um quociente eleitoral favorável às bancadas federais, estaduais, e na disputa senatorial.

7- Mas neste mar de imagens negativas, o governo tem o que mostrar, mas passou 36 meses sem conseguir mostrá-los, ou quando o fez, o executou sem criatividade e com baixa capacidade convencimento, senão vejamos: O governo não capitalizou ostensivamente as iniciativas federais no estado como a criação da UFOPA, as eclusas de Tucurui, a retomada do asfaltamento da Transamazônica e da BR 163, a siderúrgica de Marabá, a extensão da ferrovia norte-sul à Barcarena.

8- O governo também tem boas iniciativas estaduais, e só agora começa a mostrar uma propaganda mais agressiva e consistente como: a bolsa trabalho, os parques Tecnológicos em construções, a ação metrópole, o navega Pará, pequenas obras de infra-estrutura municipal, como as construções de trapiches, estradas vicinais e construções de escolas, postos de saúde e equipamentos hospitalares.

9- A grande decepção do governo Ana Júlia foi sem dúvida a perda da marca registrada do PT nas áreas da saúde e educação. Têm sido paradigmática as revoluções silenciosas patrocinadas nas administrações municipais e estaduais comandas pelo PT nestas duas áreas. A partir de uma visão aparelhista do controle de áreas essenciais do Estado para fins de reeleição, deixou-se em segundo plano a questão de Saúde e Educação.

10- Não foi experimentada nenhuma ação articulada visando o estabelecimento de novos métodos de aprendizado e gestão escolar. Uma minoria de escolas funciona exemplarmente em detrimento da maioria atolada pelo compadrio entre diretores e professores. Não houve ações coordenadas que envolvessem tanto órgãos e dirigentes estaduais com as secretarias municipais, para superar problemas relacionados à gestão e às novas metodologias de aprendizado. Não houve o empoderamento orçamentário e político do espaço escolar. Além de se ter privilegiado a confiança política para a ocupação de cargos técnicos em detrimento da prioridade da competência específica aliada à confiança.

11- Em relação ao setor saúde, nem se fale. A saúde foi rifada para cumprir acordos eleitorais. Sem dúvida existiriam outras maneiras e cumprir acordos, mas a saúde e educação não deveriam ter sido secundarizadas pelo governo. Para os pragmáticos direi com toda a convicção: Saúde, Educação, Assistência Social e Segurança não podem ser locais de barganha e onde não deve nem ser pensado a possibilidade de aparelhamento, porque são essenciais para armar a sociedade pobre para a competição na sociedade, patrimonializar estes setores de governo trará reflexos devastadores para toda àquelas pobres vidas, e por um longo tempo .

12- A gestão da saúde é um dos principais problemas a serem enfrentados pelos governos. Apesar dos recursos fluírem fundo a fundo, as coisas não acontecem na ponta. Os pacientes não são bem recebidos, as filas são intermináveis, a falta de médicos é uma constante, a Estratégia Saúde da Família está desvirtuada por causa do aparelhamento e apadrinhamento político municipal.

13- Mas Ana Júlia têm grandes chances de estar no segundo turno. A melhoria da comunicação política, as obras federais e estaduais bem capitalizadas, a aliança eleitoral com partidos e prefeituras e o grande poder da máquina estadual, dos recursos organizativos e financeiros, a fazem uma grande atriz política ao próximo processo sucessório.

14- A quebradeira estadual do PSDB, a partir das eleições municipais de 2008. O fato de Jáder Barbalho não querer arriscar perder mandato em 2010, numa disputa para o executivo. O desmonte moral que o Diário do Pará executou contra a gestão Dudu em Belém, nos últimos 3 anos, são fatores que deixam a possibilidade do governo Ana e o PT sonharem ainda em conseguir uma reeleição, num contexto de péssima gestão política, administrativa e orçamentária no estado do Pará nestes últimos 37 mêses. Imaginem, apesar desta análise, afirmo e reafirmo, Ana ainda tem chances de se reeleger. É... são coisas da política.

Pesquisa relaciona o desaparecimento de civilizações antigas aos danos causados à natureza

Interferências ambientais podem ter causado um aquecimento localizado que contribuiu para a extinção desses povos


Publicação: 22/01/2010 07:01

Os efeitos nocivos do aquecimento global não são novidade para ninguém. O que poucos sabem, porém, é que o problema pode ser muito mais antigo do que se acredita, tendo início séculos antes da Revolução Industrial. Estudo do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da Universidade de São Paulo (USP), indica que muito antes da construção da primeira fábrica alimentada por combustíveis fósseis, problemas climáticos já faziam vítimas.


A pesquisa, resultado da dissertação de mestrado da advogada Aretha Sanchez e intitulada Atividades humanas e mudanças climático-ambientais: uma relação inevitável, indica que algumas civilizações — como os maias, das Américas do Norte e Central; os mochicas, do Peru; e os acádios, do Oriente Médio — tiveram sua decadência e extinção relacionadas a mudanças climáticas nos ambientes em que viviam. “O homem, para se desenvolver, teve de remanejar e interferir no meio ambiente. Essa interferência ocorreu por meio do desenvolvimento da agricultura, da pecuária e do desflorestamento, o que liberou gases poluentes na atmosfera”, afirma Aretha.

Embora em escala bem menor, essas civilizações utilizaram práticas comuns e difundidas nos dias de hoje, como o desmatamento e a alteração dos cursos de água. A superpopulação de certas áreas também contribuiu decisivamente para as alterações ambientais, que trouxeram consequências negativas no clima de suas regiões (veja quadro). Além disso, nos locais onde as três civilizações viveram, o solo é considerado pobre, o que estimulou a busca por novas áreas agricultáveis. “Na época das primeiras interferências, as populações não tinham consciência de que essas ações pudessem levá-las à extinção”, explica a estudiosa.

Estima-se que, devido à ação dessas e de outras civilizações, a temperatura média na Europa e na América do Norte tenha sofrido elevação de 4ºC. “Apesar de o aumento de temperatura ter sido regional, podemos falar que foi causado pela interferência do homem no meio ambiente. Evidentemente, trata-se de um ‘aquecimento global’ em escala menor, se comparado aos problemas climáticos atuais”, argumenta Aretha.

Cautela
A professora do departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Tânia Navarro-Swain ressalta que é preciso cautela ao analisar as causas do desaparecimento dessas culturas. “Sobre os maias, por exemplo, ainda sabemos muito pouco. Começamos agora a desvendar sua escrita, assim não é possível ter certeza de que as teorias que ligam o seu desaparecimento às questões ambientais estejam corretas”, pondera.

A historiadora lembra ainda que a maneira como eles se relacionavam com a natureza pode ser muito diferente da nossa. “Eles não tinham a agressividade no uso dos recursos naturais como hoje. Ainda há muito por estudar e descobrir antes de se chegar a alguma conclusão mais consistente”, afirma.

Mesmo que as teorias da pesquisadora do Ipen estejam corretas, isso não significa que a civilização atual esteja certamente condenada ao mesmo fim. “A grande vantagem da população atual é o conhecimento que existe sobre a interferência humana no meio ambiente e, consequentemente, no clima”, avalia Aretha. “Assim, mudanças de hábitos de consumo e a alteração da legislação ambiental são pontos que devem ser postos em prática, visando a um futuro sustentável”, completa.

Leia a íntegra do estudo de Aretha Sanchez

» Três perguntas para Aretha Sanchez, pesquisadora

Algumas civilizações (Maias, Acádios, Mochicas) teriam entrado em colapso por causa de mudanças climáticas. Como isso teria acontecido?
As civilizações, para se desenvolverem, remanejaram o meio ambiente localmente. Na época, ocorreram mudanças climáticas regionais, que se acreditava terem sido ocasionadas por fatores naturais. No entanto, determinadas mudanças ocorreram em momentos específicos de desenvolvimento do homem. Os maias, os mochicas e os acádios, entre outros, desapareceram exatamente quando o clima local foi alterado. Como os problemas enfrentados eram regionais, essas alterações não foram levadas, até o momento, em consideração.

A senhora acredita que, diferentemente dessas civilizações, podemos nos desenvolver e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente?
A civilização atual tem o conhecimento de que nossas atitudes podem contribuir com alterações climáticas catastróficas. Então, acredito que mudanças de hábitos buscando um futuro melhor, como a redução do consumo e do uso de água e energia elétrica, poderemos continuar nos desenvolvendo. Os governantes têm de tomar consciência de que, se não houver mudanças na forma como vivemos, a Terra pode entrar em colapso.

Na opinião da senhora, o conhecimento que temos atualmente pode influenciar positivamente para a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas?
A grande vantagem da população atual é o conhecimento que temos sobre a interferência humana no meio ambiente e, consequentemente, no clima. Assim, mudanças de hábitos de consumo individual, alteração da legislação ambiental, controle dos abusos contra o meio ambiente, educação ambiental, política ambiental, entre outros, são pontos que devem ser pensados e desenvolvidos visando a um futuro sustentável.

Fonte: Correio Braziliense

Especial 40 anos do AI-5: Entrevista - Jarbas Passarinho

Ex-ministro do Trabalho revela os bastidores, nos dias que antecederam a promulgação do ato, das decisões tomadas pelo governo militar


Publicação: 13/12/2008 07:02 Atualização: 13/12/2008 09:18

Ministro do Trabalho no governo do general Costa e Silva, o coronel reformado Jarbas Passarinho, 88 anos, ainda hoje é o principal defensor da edição do Ato Institucional nº 5, que completa 40 anos neste sábado, 13 de dezembro. Segundo ele, o ato de força da cúpula do regime militar foi uma decorrência inevitável de dois fatores: o ambiente de guerra fria, na qual se defrontavam os Estados Unidos e a União Soviética, e a necessidade de combater com mais eficiência a oposição ao regime, principalmente as organizações clandestinas que haviam aderido à luta armada. “Antes de votar, houve uma conversa entre nós. E o Rondon Pacheco teve um pensamento a que eu aderi. Ele disse que o Pedro Aleixo iria votar pelo estado de sítio. Mas, no estado de sítio, permanece o habeas corpus. E o Lyra Tavares disse: prendemos, por exemplo, o Marighella, que passou 21 dias preso e saiu com habeas corpus. Assim, não poderíamos garantir a ordem interna. O Partido Comunista tem uma grande experiência de clandestinidade. Para encontrar um já é difícil. E encontrar um líder e depois sai? Precisamos de um ato forte”, relata Passarinho.

Respeitado por muitos de seus adversários por sua combatividade e capacidade intelectual, ainda hoje Passarinho defende em artigos e palestras a intervenção dos militares na vida política do país, da qual foi um dos expoentes ao abandonar a caserna e se dedicar exclusivamente à política, seja como governador do Pará, seja como ministro de Estado ou senador da República. É célebre a frase que proferiu na reunião que decidiu baixar o ato: “Às favas os escrúpulos de consciência, presidente”, declarou. Segundo ele, a proposta do Gama e Silva era ainda mais radical, pois pretendia fechar o Supremo Tribunal Federal. A opção foi caçar os ministros que mais resistiam aos militares utilizando o AI-5. Passarinho conta que o presidente Costa e Silva ficou num dilema: ou aprovava, ou acabaria deposto pelos colegas do Alto Comando.

Pretextos
O Márcio Moreira Alves fez o discurso em setembro e os militares ficaram tão indignados que queriam uma punição ao Márcio. O Gama e Silva (ministro da Justiça), para mim o mais radical de todos, decidiu entrar com uma representação ao STF. E o presidente aceitou. E a mim, dizia Costa e Silva: posso perder no STF, não posso perder na Câmara, onde tenho dois terços do plenário. No momento em que termina a votação na Câmara, ele foi encontrado pelos chefes militares na Base Aérea no Rio. Quando chegou em Botafogo, viu o final da votação. O que fez o Costa e Silva? Entrou para o Palácio. Aí o Alto Comando já disse que era preciso uma reação imediata. E lá chegando, ele chama o Jayme Portella e pede para chamar o ministro Lyra Tavares (Exército). Quando desceu o Tavares, ele chamou de novo o Portella e disse: “Estou sabendo que há rumores de pressão”. Ele disse: “Você vai receber os que vão chegar”. “Não diga que estou dormindo, diga que não recebo. Já falei com quem precisava”, respondeu Costa e Silva.

Pressões
Ele (Costa e Silva) quase foi deposto na noite de 12 para 13. E um homem por quem tinha e tenho grande admiração, general Muniz Aragão, diz: “Já que o chefe vacila, ultrapassamos o chefe”. O que foi isso? O Portella me disse que naquela noite, sem ordem do Costa e Silva, o grupo mais exaltado censurou jornais, rádios, etc. e tal. Eu estava em Brasília e um avião da FAB veio buscar a mim e a Pedro Aleixo (vice-presidente). E o Portella me disse que o Médici avisou ao presidente que ele só não caiu porque era o senhor. Na manhã do dia 13, vocês já sabem. Houve uma reunião em que poucos participaram. Eu não participei. O Costa e Silva já havia preparado um esboço do que ele queria para o AI-5, que acho que foi feito por um companheiro da Aeronáutica. E o Gama e Silva chegou com outro. E o presidente disse que já tinha um texto, mas pediu para o ministro ler. O Rondon Pacheco disse a mim que parecia o Código de Constantino, pegava até a quinta geração. O Costa e Silva botou em votação. E a proposta do Gama e Silva foi rejeitada.

Ditadura
Quando começou a reunião, o presidente mandou um texto a todos nós para votar na ordem republicana de criação dos ministérios. Começamos a votação. E o presidente deu a palavra ao Pedro Aleixo. Quando chegou no Magalhães Pinto, ele disse que receava que se aproximasse de uma ditadura. E começam as outras votações. Me lembro da do Delfim, que achava pouco, porque achava que deveria ter regras para a economia. Depois veio o Tarso Dutra, que fez uma ressalva. E chega a minha vez. Numa determinada passagem, eu disse que a mim repugna enveredar pelo caminho da ditadura, mas se eu não tenho alternativas, as favas meus escrúpulos de consciência, porque eu tinha entrado no 31 de março para garantir a democracia e agora eu assinava a ditadura. Havia uma divergência sobre ser ou não ser ditadura. Surge aí uma história que ouvi dizer, que foi tão falada que acredito ser verdade. O Gama e Silva teve um bate-boca com o Pedro Aleixo, acho que na sala ainda: ‘Vossa Excelência não respeita a posição do Presidente, não acredita na Justiça com que ele vai conduzir isso?’ E a resposta dele é antológica: “Não tenho nenhum receio em relação ao presidente, eu tenho medo do guarda da esquina”. No dia primeiro de agosto de 69, menos de um ano depois, o Costa e Silva me chamou no Palácio da Alvorada e me disse que iria outorgar uma Constituição em setembro daquele ano e afirmou claramente: eu marcho sob as baionetas, mas o farei. Basta de cassações.

Linha dura
Sim, tenho impressão de que seria pior para o Costa e Silva. Eu, por exemplo, fui vencido em 73. O Costa Cavalcanti entra lá para sondar a candidatura do Geisel. Eu disse que não tinha nada contra, mas disse que era a favor de outra solução. Ninguém tinha mais popularidade em Medici, então ele deveria indicar uma pessoa dele e vai se fazer o “seteanato francês”. Sete anos para o presidente e quatro para o parlamento. E eu prefiro isso. E ele disse: “E o AI-5?” Eu disse que para mim era o primeiro que acabou, mas eu estava falando isoladamente. Era o momento de entregar.

Guerrilha
As guerrilhas começam antes do AI-5. Tenho livros deles, contando suas histórias. Nas cronologias, está que em 1967 começam as ações armadas contra a ditadura. Não se pode dizer que o AI-5 alimentou as guerrilhas. As guerrilhas foram parte do que se levou em consideração para fazer o AI-5. Eu repito sempre isso: se as circunstâncias fossem as mesmas, eu assinaria (novamente). Acho que ele foi inevitável a partir da agressão à hierarquia e a disciplina das Forças Armadas. No momento do AI-5, pesam as duas coisas: a linha dura e a guerrilha. A linha dura achava que não poderia entregar o poder depois de elevar o país ao patamar de primeiro mundo. Estávamos com o mundo dividido em dois hemisférios.

Tortura
Por que o Prestes disse que a luta armada só trouxe um efeito: prorrogar o tempo do regime autoritário? Por que houve, como primeira reação ao poder autoritário, a bomba explodida no aeroporto de Guararapes no Recife? Era um ato que o Marighella defendia por escrito, o terrorismo como arma desejável para o êxito da guerrilha. Isso se você confronta com Che Guevara, ele condena, porque dizia que a opinião pública ficaria contra. Depois, com esse mesmo tipo de terrorismo, mataram um major a mão por engano pensando que era aluno da Escola de Estado Maior. Tudo isso era considerado um conceito de terrorismo, como seqüestro. Isso foi levado em consideração do lado de cá. O Castelo dizia: não se pode fazer uma revolução sem os radicais, e não se pode governar com eles. E aí começava: mataram lá, vamos matar aqui também. Você conhece alguma guerra em que não tenha havido tortura? Eu era ministro da Educação, e o presidente da Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores de Crédito) chega para mim e diz que uma colega deles foi presa e torturada. E eu disse: não sou mais ministro do Trabalho. E ele disse que ela era estudante da UnB. Eu fui vê-la e ela estava em coma. A enfermeira era irmã. E me contaram a história de que pensaram que era seqüestradora, e a levaram. Mas ela não tinha nada com isso, estava pichando, a primeira fase do revolucionário. Cada vez que ela diz que não sabia de nada, aumentava a violência, dava um choque magnético, ela tinha uma arritmia cerebral, não sabiam e ela entrou em coma. Pedi e o Médici me recebeu imediatamente e disse: “Presidente, trouxe agora um caso real”. E o Falcão guardou muito essa frase: nem o senhor merece passar como presidente torturador nem seu ministro da Educação. E o presidente mandou punir. Disse “apure e quero punição”. Se esse homem tomou essa posição, a partir daí não acreditava que a tortura fosse senão o resultado de exacerbação dessa área que o Castelo dizia que não se pode governar com eles.

Adaptação para a internet: Abelardo Mendes Jr


Autor: otavio guimaraes
"Todos os animais são iguais mas alguns animais são mais iguais que os outros". (Orwell)

Autor: jarbas lima
Naquela época,tínhamos GENERAIS, hoje, temos "generais". Concedemos a anistia(perdão), para pessoas velhacas e sem caráter. Foi o nosso maior erro. Como consequencia, hoje, as FFAA, são tratadas com desprezo e humilhação. Os bandidos, venceram os moçinhos !!!!! Querem o fim das FFAA. É a derrocada.

Autor: Paulo Silva
Quem sabe bem desta história de bomba no aeroporto de recife, É DILMA

Autor: Paulo Silva
Este Sr, nunca fez nada pelo exército no qual, é coronel, sempre esteve no governo.

Fonte: Correio Braziliense.

E no blog do Parsifal...mais peia no governo

Veja no blog do líder do PMDB na ALEPA mais peia no governo: http://pjpntes.blogspot.com

ITEC:4 candidatos na luta pela direção

No Instituto de Tecnologia da UFPA temos já 4 candidatos declarados à direção deste Instituto: 1- O atual Diretor Barreiros (Civil), opositor declarado de Maneschy. Maria Emília Tostes (Elétrica) afinada com o reitor, Adalberto Silva (Civil) afinado com Licurgo, e Dênio Raman ( Civil) que é produto de um grande grupo docente de Civil, possuindo ramificações por outros cursos, é totalmente Maneschy.

O PNDH, o aborto, o direito de propriedade, os torturadores e a censura.

Em o jornal O Liberal de hoje, o editorial e o articulista Benedito Wilson Sá discutem o Programa Nacional dos Direitos Humanos. Sá condena praticamente todo o conteúdo do PNDH, acusando-o de autoritário, anti-humano, revanchista contra a Ditadura e cassador da liberdade de imprensa, o editorial de O Liberal defende os direitos humanos dos proprietários.
Por certo não dá para debater em profundidade estes temas no Blog, que não venha torná-lo enfadonho e cansativo, mas mesmo assim gostaria de pontuar, brevemente meus pontos de vista sobre esta importante temática:

1-O PNDH e a descriminação do aborto: Em nome do conceito de vida e dos valores católicos Wilson Sá faz veemente condenação a esta lei, presente no interior do PNDH. Creio que ninguém em sã consciência tem na defesa do aborto uma causa digna de defesa. Acontece que mais de 300 mil brasileiras pobres morrem anualmente em conseqüência de aborto mal feito. As classes A e B fazem esta prática em clínicas clandestinas aparelhadas e correm pouquíssimos riscos, enquanto as pobres morrem como num açougue, em mãos de leigos, sendo a agulha de tricô e abortivos os instrumentos mais presentes neste ginecídio.
Ora quando se fala em descriminação do aborto, não está se defendendo sua prática, está, isso sim, permitindo que deixe de ser um crime e que o SUS possa ser aparelhado para vir a socorrer as mulheres pobres, em síntese, transformar o aborto em problema de saúde pública. Em contraposição, o Estado deve aprofundar políticas públicas para prevenir a gravidez indesejada. Por certo com o tempo, esta prática diminuirá no Brasil, num contexto do fim da hipocrisia moral, com debate aberto com as famílias e a juventude. Até na Itália, que acolhe o micro estado do Vaticano o aborto já foi descriminado.

2- O PNDH e o direito de propriedade.
O editorial de O Liberal critica o PNDH pela exigência de audiência pública entre as partes antes da reintegração de posse. Na opinião deste jornal, as audiências respeitariam mais os Direitos Humanos dos Invasores do que o Direito Humano dos produtores rurais. Este é o argumento central do editor e romperia com princípio basilar do direito de propriedade.
O PNDH é uma produção da sociedade brasileira produzido em conferência nacional, não é uma iniciativa de governo, e pretende ser uma política de Estado. No cerne desta questão está os 13 milhões de brasileiros deserdados historicamente que vivem a vagar, como fantasmas pelo interior do Brasil, que são os brancos, livres e pobres, cunhado pela historiografia como a “ralé dos 400 anos”.

Ora, creio que a proposta de audiência prévia entre as partes, é um mecanismo para evitar invasões continuadas e repetitivas de uma mesma propriedade. Pois numa audiência pública todos teriam direito à palavra: o fazendeiro, seus proletários, a sociedade civil do entorno e os ocupantes ou sem terra. Uma sentença judicial fundada em uma audiência pública, por si só já vem eivada de legitimidade e por certo tirará qualquer discurso em torno da legitimidade da parte que resolver partir para o confronto físico após a sentença ser prolatada.
Não tenhamos dúvida, o caminho para a construção da paz nos campos brasileiros será longa, e mais ou menos dolorosa, dependendo de iniciativas como esta, presente no PNDH. Será através de desapropriações progressivas que se fará a redistribuição de terras no Brasil e na Amazônia, que é marcada pela grilagem e pelo latifúndio. Qualquer defesa do dogma do direito à propriedade não passará de discriminação contra a “ralé dos 400 anos”. A própria constituição garante o predomínio da função social da propriedade em detrimento da individual. Por certo existe uma cambada de oportunista neste processo, mas não passam de uma ínfima minoria.
Ou a “ralé” fica no campo, onde pode se instalar, produzir e criar sua família, ou estará a assombrar as grandes cidades, fundando diuturnamente novas favelas e servindo de cultura pra o recrutamento pelo banditismo e pelo narcotráfico.

3- O PNDH e o revanchismo contra a Ditadura.
Wilson Sá também acusa o PNDH de praticar revanchismo contra os autores maiores da Ditadura militar brasileira de 1964. Wilson Sá crê que os acordos que os liberais da redemocratização fizeram, via Lei da Anistia de 1979, apaziguou o Brasil e não pode ser mais “remexida”.
No acordo de final da Ditadura, os militares ainda eram a força política e administrativa do governo central e igualaram conceitualmente os torturadores com os guerrilheiros como se estes fossem a mesma coisa que terroristas. Os liberais condutores da redemocratização, pela via da conciliação, não tinham, naquele momento outro caminho a seguir, e aceitaram aquele acordo.
Ora, os estudiosos da teoria do Estado sabem que foi John Locke, o principal teórico do liberalismo inglês que afirmou peremptoriamente em sua obra seminal, o Segundo tratado sobre o Governo Civil: a sociedade na luta contra os usurpadores do poder política tem o direito legítimo e deve recorrer às armas contra os golpistas. Foi o que ocorreu no Brasil após a imposição do AI 5 em 1968, onde ficou impossível fazer a oposição pacífica aos governos militares de Costa e Silva, Médice e Geisel, dando origem às guerrilhas urbanas e rural.
Uma luta guerrilheira é considera uma guerra justa, porque as partes em conflitos sabem que estão em guerra e normalmente se trava um combate entre exércitos militar e civil. A luta guerrilheira em nada se parece com o terrorismo que tem suas baterias voltadas indiscriminadamente e de forma planejada para alvos militares e civis, é portanto covarde, porque faz chantagem com os governos matando civis inocentes.
Diferentemente dos torturadores, que são verdadeiros animais, que massacram através do castigo físico, prisioneiros à disposição do Estado, sem nenhuma possibilidade de autodefesa. A prática da tortura deve ser considerada um crime inafiançável, hediondo e imprescritível e que a sociedade brasileira, a exemplo da sociedade argentina, deveria tirar a limpo, para que nunca mais se repeta no Brasil. O acordo de 1979 (anistia) deveria ser superado e os torturadores e comandantes, mesmos mortos, deveriam ser execrados pela sociedade brasileira, para todo o sempre.

4- O PNDH e a censura à imprensa .
Creio que neste ponto o PNDH é indefensável, aqui não dá para controlar a produção editorial e fazer um julgamento sumário do que agride ou não os Direitos Humanos, através de um órgão, qualquer que seja ele. Creio que neste caso, aqueles órgãos de imprensa, por exemplo, que vivem a ganhar audiência expondo cadáveres à mídia ou promovendo o discurso da barbárie no combate ao crime deveriam sofrer um acompanhamento de organismo auto-regulares, como ocorre com a prática médica, por exemplo, e estando todos à disposição do enquadramento criminal presente nas leis do país que trata deste assunto.

Por outro lado os movimentos dos Direitos Humanos e os governos, a exemplo do que acontece no combate ao vício do fumo ou das drogas, deveriam fazer uma campanha, perante à sociedade, contra àquelas práticas jornalísticas que ganham audiência às custas da construção de uma cultura da barbárie e anti-humana.Portanto o tema do controle às práticas anti-humanas, presentes no cotidiano da imprensa estadual e nacional, deveria sair do PNDH, devido aos riscos que representaria para a liberdade de expressão no contexto de governos futuros que não sejam afeitos aos valores do Estado democrático de Direito.

UFPA: Cadê o certificado latu senso?

Estão chegando postagens de internautas que concluiram a especialização em história há três anos na UFPA e até agora NADA de certificado. Parece que este fenômeno negativo vem atingindo grande parte da UFPA. Com a palavra os órgãos responsáveis.

Pedofilia: Magno Malta em Belém

Dia 28-01-2010 o Senador Magno Malta estará em Belém, em pauta o aprofundamento das investigações sobre pedofilia.

Conheça o perfil dos candidatos do PSS 2010 da UFPA

Eles são solteiros, têm entre 18 e 25 anos, moram com os pais, integram grandes famílias, estudaram em escola pública, já concluíram o ensino médio e fazem cursinho. Dados do Questionário Socioeconômico, preenchido pelos candidatos ao se inscreverem no Processo Seletivo Seriado 2010 da UFPA (PSS), mostram o perfil dos estudantes que sonham em entrar na Instituição este ano. Aproximadamente, 17% dos candidatos a calouro 2010 têm mais de 26 anos e outros 17%, menos de 18.

Entre os 50.444 candidatos que se inscreveram para o certame, 84,10% deles são solteiros; 59,53% moram com os pais e têm casa própria. 65,44% dos estudantes têm entre 18 e 25 anos de idade; outros 17,26% estão com menos de 18 anos e 17,30% têm a partir de 26 anos de idade. “Este grupo de candidatos mais velhos que vemos nos dias de prova também é um reflexo da transição de Processo Seletivo na UFPA. No PSS 2010, todos os candidatos inscritos, a priori, concorrem a vagas”, explica Arquimimo Almeida, integrante da Coordenação Pedagógica do Centro de Processos Seletivos da UFPA (CEPS).

Entre os cursos mais procurados por candidatos acima dos 25 anos, estão “Biblioteconomia”, “Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagem” e “Pedagogia”. Respectivamente, 62%, 57% e 49% dos candidatos estão nessa faixa etária. Logo abaixo, estão Ciências Sociais (47%); Pedagogia, ofertado em Altamira, e Serviço Social (ambos com 44%) e Física (43%).

Já os alunos com menos de 18 anos têm preferência pelos cursos de Comunicação Social, com habilitação em publicidade e propaganda, e Engenharia de Materiais, sediado em Marabá, nos quais, 33% dos candidatos ainda não atingiram a maioridade. A seguir, há Engenharia Civil e Direito, em que 31% das pessoas inscritas ainda não completaram 18 anos. A lista segue com os cursos de Sistema de Informação (30%) e Engenharia de Minas e Meio Ambiente (29%), que funcionam em Marabá.

“Tivemos, ainda, 115 alunos do 1º e 197, do 2º ano do ensino médio (0,23 e 0,39% do total, respectivamente) inscritos no concurso. Por não terem concluído o ensino médio, mesmo que venham a ser aprovados, esses candidatos não poderão assumir as vagas na Universidade e farão a seleção apenas por experiência”, pondera Arquimimo Almeida, integrante da Coordenação Pedagógica do Centro de Processos Seletivos da UFPA (CEPS). Outros 1.309 alunos, atualmente, já estão cursando uma graduação e 981 pessoas já possuem um diploma universitário.

No que diz respeito à renda dos candidatos, 66,15% dos estudantes não trabalham e entre os que desenvolvem alguma atividade profissional, 20,31% recebem, no máximo, dois salários mínimos. A renda familiar de 37,97% dos candidatos fica entre um e dois salários mínimos mensais e 10,53% das famílias que possuem candidatos inscritos no PSS 2010 ganham menos que R$ 510 reais por mês, o que as qualificaria para pedir a isenção das taxas de inscrição no concurso. Em 42,33% dos casos, apenas uma pessoa é a responsável pela renda total de famílias formadas por quatro (27,92%), cinco (21,75%), seis ou mais pessoas (19,02%).

GÊNERO: As informações sobre gênero, por sua vez, revelam quais os cursos que atraem mais mulheres e quais os que são preteridos pelos homens. Elas são 59,54% do total de candidatos e são 95,28% dos candidatos ao curso de Serviço Social diurno; 93,1% ao curso de Pedagogia ofertado em Marabá e 92,53% dos candidatos ao curso de Pedagogia sediado em Belém. Nutrição (92,37%), Pedagogia, em Castanhal (91,11%), e Serviço Social noturno (90,86%) completam a lista das graduações, cujas vagas são disputadas majoritariamente por pessoas do sexo feminino.

Os 40,46% dos candidatos do sexo masculino são unânimes em optar por cursos da área de exatas e de Engenharia. Cem por cento dos candidatos ao curso de Física, sediado em Marabá, são homens. O segundo curso cuja demanda é mais masculina é o de Engenharia Mecânica vespertino (91,28%). O terceiro lugar fica com Engenharia Mecânica matutino (87,05%). A lista segue com o curso de Física (86%), Engenharia Elétrica (85,76%), Engenharia da Computação (82,08%) e com a Licenciatura em Matemática, localizada em Breves (80,18%).

FORMAÇÃO: Sobre a formação educacional dos candidatos, 57,82% deles cursaram todo o ensino médio em escolas da rede pública de ensino, portanto, estavam aptos para concorrer pelo sistema de cotas da Universidade. Apesar disso, 3,56% preferiram se inscrever como não-cotistas, daí o motivo por que apenas 54,26% dos candidatos no concurso disputam a reserva de 50% das vagas. A grande maioria dos candidatos (57% deles) já concluiu o ensino médio e 27,65% concluíram o terceiro ano em 2009.

PREPARAÇÃO: Como eles se preparam para o concurso? 37,31% deles dizem que nunca estudaram em cursinhos; 22,38% estudaram em cursos preparatórios por um semestre; 22,40%, por um ano; 8,26%, por mais tempo que isso e outros 9,65% preferiram não responder à questão.

UNIVERSIDADE: Quando indagados sobre o que esperam do curso universitário, 68,56% dos concorrentes informaram que buscam “formação voltada para o mercado de trabalho” e 12,05%, queriam “melhorar sua condição financeira atual”. E por que eles gostariam de estudar na UFPA? 30,23% deles escolheram esta opção porque “a Universidade oferta o curso de sua preferência”; 27,22% escolhem a Instituição “por ser gratuita” e 20,64%, porque a UFPA “desfruta de um bom conceito”.


Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Mácio Ferreira

Controle de acesso ao campus: Boa idéia vem da USP

ADAPTAÇÃO - para coordenador do câmpus, medida vai diminuir conflitos entre ciclista e motorista


A Universidade de São Paulo (USP) pretende delimitar, a partir do próximo mês, dia, hora e local reservados para corredores e ciclistas utilizarem a Cidade Universitária, na zona oeste da capital. Todos deverão se cadastrar e ganharão uma carteirinha com foto, nome e número de RG para poder circular no câmpus. Com a medida, a prefeitura do câmpus pretende pôr fim às brigas entre esportistas, alunos, docentes e motoristas.

"Se eu cadastrar as pessoas, fico sabendo quem está aqui", justificou o coordenador do câmpus, professor Antonio Marcos Massola. A mudança, segundo ele, passou a ser discutida no mês passado, após um ciclista atropelar outro. "O ciclista foi embora e deixou o outro caído no chão. E não sabíamos quem era o atropelador."

O cadastro terá início depois do carnaval e será gratuito. O espaço e os horários reservados aos esportistas ainda estão sendo estudados. As pistas de corrida deverão ocupar canteiros. E a ciclovia, de cerca de 6 km de extensão, deve ser construída numa das avenidas do câmpus. O desrespeito às regras implicará penalidades, ainda não divulgadas.

ASSALTO NO CÂMPUS

Seis homens, dois deles armados com metralhadoras, invadiram o câmpus da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) em Sorocaba, renderam os quatro vigilantes e assaltaram um caixa eletrônico, na madrugada de ontem.

O câmpus fica na rodovia que liga Sorocaba a Salto de Pirapora, na zona rural, e dois dos ladrões se dirigiram à portaria com o pretexto de pedir uma informação. Logo em seguida, saíram do carro os homens que empunhavam as metralhadoras e renderam os dois vigilantes que estavam no local. Eles foram levados para o interior do prédio, onde outros dois vigias também foram tomados como reféns.
Os bandidos usaram maçaricos para arrombar o cofre do caixa automático de um banco. Eles permaneceram cerca de duas horas no prédio. O valor roubado não foi informado. A Polícia Civil fez perícia no local. Até a tarde de ontem não havia pista dos ladrões.

Estadão: COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA

Democratas perdem vantagem no Senado

A vitória do azarão republicano Scott Brown na eleição para o Senado de Massachusetts foi um balde de água fria nos planos do presidente Barack Obama.

A eleição de Brown, para a vaga deixada por Ted Kennedy, que morreu em agosto, faz os democratas perderem a maioria de 60 senadores - eles passam a ter 59 cadeiras, diante das 41 que têm agora os republicanos. Os democratas precisam da maioria de 60 para derrotar manobras legislativas dos republicanos para bloquear a aprovação de legislações. A vitória de Brown ameaça a aprovação da reforma do sistema de saúde, por exemplo.

Além disso, perder a vaga que Kennedy ocupou por 46 anos é simbolicamente horrível. Massachusetts é um Estado muito democrata, o único que votou em George McGovern quando Richard Nixon se elegeu, em 1972. Para os republicanos, a vitória de Brown sobre a democrata Martha Coakley representa um repúdio às políticas do governo Obama, principalmente à reforma da saúde. Também seria uma manifestação da insatisfação profunda com a crise econômica. Brown teve 52% dos votos e a candidata democrata, 47%.

"Esse pode ser um sinal do que está por vir; a eleição legislativa (em novembro) não será boa para os democratas", diz Julian Zelizer, professor de história na Universidade Princeton. Segundo ele, os independentes que ajudaram a eleger Obama desencantaram-se com o presidente. Os conservadores ganharam mais ânimo com os protestos contra a reforma da saúde, e os mais à esquerda estão frustrados com a decisão de Obama de escalar a guerra do Afeganistão.

Brown teve uma candidatura anti-establishment, contestando o direito natural dos democratas à vaga ocupada por 46 anos por Kennedy. E fez campanha contra as mudanças no sistema de saúde. "A reforma de saúde vai elevar os impostos, prejudicar o Medicare, destruir empregos e aumentar a dívida do país", disse Brown em seu discurso da vitória.

Os democratas retratam a derrota de outra maneira. Para eles, Martha Coakley se acomodou, achando que ia ganhar, e fez uma campanha pouco eficiente. Além disso, Massachusetts não pode ser visto como um voto dos eleitores contra a reforma de saúde porque o Estado é um dos únicos que já aprovou uma reforma estadual que dá aos cidadãos acesso universal ao setor.

De qualquer maneira, a perda da maioria ameaça a aprovação de várias prioridades da agenda de Obama. O presidente terá de ficar mais centrista e fazer mais concessões para aprovar suas legislações - no caso da reforma de saúde, abandonando de vez a polêmica opção pública, o plano de saúde estatal.

E alguns democratas começam a repensar seu apoio à agenda do presidente. "Se perdemos Massachusetts e isso não é um alerta, não vai ter como acordarmos para a realidade", disse o senador democrata Evan Baih.

Estadão: Patrícia Campos Mello, correspondente em Washington

Obama limitará tamanho e complexidade dos bancos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará nesta quinta-feira, 21, medidas para limitar o tamanho e a complexidade das instituições financeiras, com o objetivo de reduzir os riscos. A proposta precisará ser aprovada pelo Congresso. As informações estão publicadas nos principais jornais financeiros, como o norte-americano Wall Street Journal e o britânico Financial Times.

O diário nova-iorquino lembra que, nos últimos dez anos, o sistema financeiro passou por uma consolidação, com a formação de “imensos titãs bancários”. Segundo o WSJ, o plano, se aprovado, deve afetar principalmente o Bank of America, o Wells Fargo e o JP Morgan Chase, “por controlarem grande quantidade de depósitos nos EUA”, e também o Goldman Sachs, Morgan Stanley e Citigroup, “que têm uma ampla presença em Wall Street”.

Uma autoridade disse ao FT que Obama já vinha discutindo nos últimos meses a necessidade de fazer provisões “mais fortes e específicas” para “limitar o tamanho e a abrangência das instituições financeiras e cortar riscos excessivos”.

Trata-se do segundo anúncio neste mês de medidas de aperto ao sistema financeiro. Na semana passada, Obama anunciou uma taxa sobre operações bancárias para recuperar parte do dinheiro usado para socorrer a economia. A previsão é arrecadar em torno de US$ 90 bilhões.

Estadão- Por Sílvio Guedes Crespo

O Papa, A Irlanda e a proteção de abusadores

O Papa convocou o episcopado da Irlanda para discutir no Vaticano a proteção do alto clero aos padres abusadores, veja mais detalhes aqui- http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100121/not_imp499040,0.php

A fumaça invade a reitoria

Os internautas pedem que os fumantes do prédio da reitoria parem de fumar em lugares proibidos. Até os banheiros são diariamente infestados, principalmente no terceiro andar.

UFPA: Nova Convocação para Técnico-Administrativo

CONVOCAÇÃO

O Pró-Reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal da Universidade Federal do Pará CONVOCA os candidatos abaixo relacionados a comparecerem a esta Pró-Reitoria, no período de 05 a 08/01/2010, no horário das 8 h às 12 h, no Prédio da Reitoria - 1º andar, para tratarem de assunto referente as suas nomeações.



– CAMPUS DE ABAETETUBA:

•Cargos da Classe D (nível médio)
Assistente em Administração: JOÃO BATISTA RISUENHO DE OLIVEIRA, GLAILSON AUGUSTO ROCHA DOS SANTOS.

Técnico de Laboratório/ Área Física: FABRÍCIO AUGUSTO DOS SANTOS RODRIGUES

Técnico de Laboratório/ Área Informática: JONNE CLEY DE CARVALHO SILVA

•Cargos da Classe E (nível superior)
Analista de Tecnologia de Informação: TACIO VINICIUS BERNARDES RIBEIRO.

Contador: ADRIANO SILVA MONTEIRO.

Técnico em Assuntos Educacionais: MARCOS FERREIRA BARBOSA, LADYANA DOS SANTOS LOBATO.

Secretário Executivo: ANDREA SIMONE BRITO DE MIRANDA.



– CAMPUS DE ALTAMIRA:

•Cargos da Classe D (nível médio)
Assistente em Administração: NÁDIA GRINGS BATISTA, PETRINI GIRARDELI.

Técnico de Laboratório/ Área Biologia: DILAILSON ARAUJO DE SOUZA.

Técnico de Laboratório/ Área Floresta: LUIZ CARLOS BASTOS SANTOS

Técnico de Laboratório/ Área Química: ADRIANA MACIEL FERREIRA.

Técnico de Tecnologia da Informação: JACKSON ALMEIDA DE QUEIROZ


• Cargos da Classe E (nível superior)
Administrador: VERÔNICA PEREIRA MIRANDA.

Técnico em Assuntos Educacionais: RHOBERTA SANTANA DE ARAÚJO.

Engenheiro Agrônomo: AILTON ARAÚJO.

Secretário Executivo: CLAUDIA SOARES BELO DE BARROS.



– CAMPUS DE BELÉM:

•Cargos da Classe D (nível médio)
Técnico em Tecnologia da Informação: MÁRCIO RODRIGUES DE SOUZA

•Cargos da Classe E (nível superior)
Técnico em Assuntos Educacionais: ROSEANE SOUZA OLIVEIRA, ROSEMBERG BATISTA DE ARAÚJO, TÂNIA CLAUDINE MENEZES DO VALE, WALZENE CARDOSO COSTA, JAQUELINE FERREIRA DA MOTA.

Secretário Executivo: VANESSA DE FÁTIMA SANTANA TAVARES, DIELLY DEBORA FARIAS FONSECA.

Contador: RAIMUNDO RODRIGUES ROSA NETO

Redator: ANSELMO DE SOUSA GOMES



– CAMPUS DE BRAGANÇA:

•Cargos da Classe E (nível superior)
Técnico em Assuntos Educacionais: MARCELO DO VALE OLIVEIRA.


– CAMPUS DE BREVES:

•Cargos da Classe D (nível médio)
Técnico de Tecnologia da Informação: CARLOS ALBERTO MIRANDA DOS REIS.

Assistente em Administração: MICHELL COSTA BAIA, CARLOS MAGNO DE LIMA LOPES.

Técnico de Laboratório/ Área Química: ADRIANA MARQUES DE OLIVEIRA.

•Cargos da Classe E (nível superior)
Administrador: MATHUSALEM MACEDO BEZERRA.

Técnico em Assuntos Educacionais: JOÃO MARCELINO PANTOJA RODRIGUES.

Secretário Executivo: DENISE ALVES RAMOS.



– CAMPUS DE CAMETÁ:

•Cargos da Classe D (nível médio)
Assistente em Administração: ROMULO EVERTON DE CARVALHO MOIA, LUIS ALBERTO RIBEIRO CORDEIRO, JODILSON ROCHA MONTEIRO.

Técnico de Tecnologia da Informação: EDILSON PRAZERES RODRIGUES.

Técnico de Laboratório/ Área Biologia: JAZON PANTOJA QUARESMA

Técnico de Laboratório/ Área Química: LILIANE VIEIRA DO ESPÍRITO SANTO.

•Cargos da Classe E (nível superior)
Técnico em Assuntos Educacionais: JOÃO BATISTA DO CARMO SILVA.

Secretário Executivo: FERNANDA NILVEA POMPEU VARELA.



– CAMPUS DE MARABÁ:

•Cargos da Classe E (nível superior)
Administrador: SCHIRLEI STOCK RAMOS.



Belém, 30 de dezembro de 2009.



João Cauby de Almeida Junior

Pró-Reitor

UFPA recebe primeiros candidatos indígenas em 2010

No próximo domingo, dia 24 de janeiro, a Universidade Federal do Pará aplicará uma prova diferente. Paralelamente à realização da 2ª fase do Processo Seletivo Seriado 2010 da Universidade (PSS), 194 candidatos indígenas farão uma redação. A primeira avaliação para ingresso na Instituição, por meio dessas ações afirmativas, acontece das 8h às 13h, horário de Belém.



54 pessoas de oito etnias farão a prova no Bloco A do Campus Básico da Universidade, localizado na capital; 44 candidatos de seis etnias prestarão o exame em Altamira; 34 estudantes indígenas pertencentes a sete etnias diferentes deverão se dirigir ao Campus II da Universidade, em Marabá, no próximo domingo, e 62 pessoas de 16 etnias distintas farão a prova no Campus da UFPA, em Santarém.



Este ano, os indígenas disputam 112 vagas criadas, especificamente, para eles nos cursos em que houve inscrições. Ou seja, além dos 6.082 calouros que a UFPA receberá em 2010 pelo PSS, a Universidade terá, ainda, um número a mais de novos alunos que serão aprovados por meio de um Processo Seletivo Diferenciado, criado para se ajustar às especificidades dos povos indígenas, composto por uma redação e uma entrevista.



A antropóloga Jane Beltrão, coordenadora da Comissão de Avaliação do Processo de Seleção Diferenciada da UFPA (CAPSDU), aponta, nas diferenças existentes entre o sistema de ingresso e o tradicional, a atenção para a diversidade educacional e cultural deste grupo de candidatos. “Entendemos que esses estudantes possuem especificidades em relação aos outros porque são melhores oradores que escritores. E tanto a oralidade, quanto a expressividade são características culturais de que a Universidade tentará se apropriar para criar mecanismos de seleção mais acessíveis para o ingresso dessas populações na Instituição. Não podemos esquecer, também, as limitações e os desafios que a educação indígena, mesmo assegurada por lei, enfrenta”.



A pesquisadora lembra que ainda são poucas as aldeias que possuem escola e, em todo o sul e o sudeste do Pará, por exemplo, apenas duas acompanham os alunos da 1ª série ao fim do ensino médio, o que obriga os estudantes a se deslocarem para os povoados e núcleos urbanos para concluir seus estudos.



“A educação não pode estar separada da ‘cosmovisão’ indígena da realidade e não pode ameaçar a língua indígena, nos casos em que eles ainda falam o idioma materno. Porém, por uma série de limitações, eles acabam tendo de frequentar uma escola não-indígena e de enfrentar os vários impasses e dificuldades que isso representa. A criação dessas vagas é uma tentativa de corrigir e adaptar regras que não estão adequadas para uma parcela dos nossos candidatos”, defende a presidente da Comissão.



UMA AVALIAÇÃO DIFERENCIADA


A prova de Redação a ser realizada no dia 24 não terá um número mínimo ou máximo de linhas. “Partimos da perspectiva de que o português apropriado pelos indígenas é produzido sob a interferência de um idioma e uma cultura materna diferente da nossa. Por isso temos uma comissão de correção formada por especialistas em analisar esses marcadores que interferem na língua”, revela Jane Beltrão.



A correção da prova de Redação deve durar, no máximo, três dias. “Temos uma equipe experiente na parte de antropologia e de linguagem indígena, a qual conhece bem os marcadores linguísticos e os critérios criados para avaliar esses candidatos de forma diferente”, assegura a presidente da Comissão. Se todos os 194 candidatos inscritos passarem para a próxima fase do concurso, as entrevistas individuais deverão ser feitas em dois dias e, aproximadamente, no mesmo período da realização da última fase do PSS 2010, na segunda semana de fevereiro. O resultado final com a lista de calouros 2010 da UFPA está previsto para o dia 27 de fevereiro e já incorporará os candidatos indígenas aprovados.



“Durante a entrevista, vamos ver a capacidade de expressão associada ao que eles conheceram no ensino médio. Não vamos avaliar conteúdos porque eles têm outra percepção das disciplinas. Vamos, na verdade, discutir a possibilidade de, estando na UFPA, que tipo de transição eles vão fazer em relação ao conhecimento obtido na escola, seus conhecimentos tradicionais e culturais e ainda a perspectiva política deles em estar na Universidade. Indígenas com formação acadêmica são uma via para que esses povos tenham mais acesso aos seus direitos”, defende a antropóloga.



Para Jane Beltrão, “após o ingresso no ensino superior, a questão seguinte é como nós, a Universidade, vamos favorecer a possibilidade deles permanecerem nos cursos preteridos. O projeto financiado pela Fundação Ford e pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da UFPA (PROEG) deverá se estender para a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) com a criação de uma política de assistência estudantil específica, com bolsas e outros auxílios para os candidatos indígenas. Por isso a Comissão também será responsável por acompanhar esses futuros universitários em sua vida acadêmica”.



VAGAS PARA INDÍGENAS: Qualquer indígena brasileiro pode disputar as duas vagas ofertadas, especificamente para eles, em cada curso de graduação da UFPA. O Processo Seletivo Diferenciado acontece sempre paralelo ao PSS com inscrições abertas, geralmente, no segundo semestre.



SERVIÇO:


Clique aqui e veja o Edital do Concurso

Veja a lista de candidatos indígenas que farão a redação neste domingo


Descubra a concorrência entre os candidatos indígenas.


Candidato indígena, imprima aqui seu cartão de inscrição.


Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA

UFPA preza pela saúde psicossocial de seus servidores

Contribuir com o bem-estar físico, mental e social do servidor no âmbito profissional e familiar. Esse é objetivo do serviço de atendimento psicossocial ofertado pela Coordenadoria de Assistência Psicossocial (CAPS), da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida, pertencente à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoal da UFPA (PROGEP). O serviço existe há cerca de 11 anos e, em 2010, está disponibilizando-se para contatos e parcerias a fim de articular a realização de oficinas e palestras. O objetivo é tornar mais conhecidas as ações do projeto e, este, mais procurado pela comunidade universitária.


O Programa de Atendimento Psicossocial do Servidor (PAPS) é resultado de um convênio entre a UFPA e o Hospital de Clínicas do Pará (HC). Os servidores podem procurar o atendimento espontaneamente ou ser indicados por seus gestores. Quem procura pelo serviço encontra, no Programa, um espaço de escuta para compartilhar e buscar soluções para problemas de cunho emocional. A meta da CAPS para 2010 é, inclusive, criar um cronograma de visita para dar assistência, também, aos servidores dos campi da UFPA no interior.


De acordo com Josefa Quadros, diretora de Qualidade de Vida da PROGEP, somente em 2009, foram realizados 2.286 atendimentos psicossociais, considerando um universo de cerca de 5 mil servidores em exercício na UFPA. Os atendimentos envolvem situações de conflitos familiares, conflitos conjugais, depressão, ansiedade, dentre outras. Os servidores indicados ou interessados no serviço podem entrar em contato com a CAPS, na UFPA, ou com o PAPS, no HC, onde serão acolhidos, passarão por uma triagem e, em seguida, orientados ou encaminhados para tratamento.


Além de consultas terapêuticas individuais, de casal, de grupo ou familiar, atendimento psicológico e/ou psiquiátrico, os participantes do projeto e familiares podem participar de oficinas de relações interpessoais, capacitações e rodas de conversa. A maioria dos servidores atendidos tem entre 40 e 60 anos e é do sexo feminino. Em 2009, 622 servidores que procuraram o atendimento receberam alta em tratamentos diversos e foram reabilitados. “O retorno que temos de tudo isso é a melhoria do desempenho do servidor e o mais importante, a melhoria na sua qualidade de vida”, conclui Josefa Quadros.


Serviço:


Para mais informações, os contatos da Coordenadoria de Assistência Psicossocial – CAPS são: (91) 3201-7208 / 7531 / 7846.



Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação Institucional

Proex oferece vagas gratuitas para Cursos de Língua Estrangeira

Até as 23h59 do dia 24 de janeiro, os estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) que ingressaram por cotas, moram em casas de estudante ou possuem renda familiar de até três salários mínimos têm uma excelente oportunidade para aprender uma língua estrangeira: o Programa de Acesso a Cursos de Língua Estrangeira da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UFPA.



O Programa é organizado pela Diretoria de Assistência e Integração Estudantil (DAIE) da PROEX, em parceria com a Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM) e os Cursos Livres de Língua Estrangeira do Instituto de Letras e Comunicação (ILC). Serão ofertadas 200 bolsas para o primeiro nível dos cursos de Inglês, Francês e Espanhol. As vagas estão abertas desde o dia 12 deste mês.



Segundo o Edital, só poderão participar estudantes que não estejam cursando ou que ainda não tenham concluído um Curso de Língua Estrangeira na UFPA ou em outra instituição de ensino, sendo respeitado o limite de um curso por aluno e por semestre. Aqueles que forem selecionados receberão, gratuitamente, o material didático. No caso de ser classificado, mas não selecionado, o nome do estudante fará parte do Cadastro de Reserva.



Os interessados deverão enviar um e-mail para daie_proex@ufpa.br contendo o nome completo do aluno e o número de matrícula na UFPA, com o assunto: CLL/PROEX. É necessário que estejam anexos a Ficha de Solicitação de Cadastro para o Programa de Acesso a Cursos de Línguas Estrangeiras e o Questionário Socioeconômico, ambos devidamente preenchidos. O resultado da seleção será divulgado no dia 1° de fevereiro, no site da PROEX (http://proex.ufpa.br/).

23 mil perdem Bolsa Família

Os jornais de hoje noticiam que 23 mil famílias perderam a bolsa família. O motivo foi que as famílias deixaram de cumprir com sua parte no acordo de concessão deste benefício. Para as famílias acessarem este programa as crianças são obrigadas a terem frequência escolar e esta ação depende dos responsáveis. O programa visa retirar as crianças da situação de risco, nas ruas, e induz a presença em sala de aula. Para quem acha que este programa é assistencialista, esta decisão de governo cala a boca dos críticos. No Pará 221 famílias foram penalizadas.

O Brasil e a repetência escolar

A UNESCO informa hoje que o Brasil ostenta o primeiro lugar em repetência e abandono escolar na América Latina. Por certo existem causas estruturais deste fenômeno como: concentração de renda, desagregação familiar e desempprego. Porém existem soluções de curto e médio prazo a serem enfrentados por ações intersetoriais e pelos próprios profissionais de educação.

Como enfrentar de maneira criativa a repetência e o abandono escolar? onde estão as pesquisas em educação em torno de novas metodologias de ensino? existia um mito de que aluno desnutrido não teria cpacidade de aprendizado. Uma invenção experimentada em terras gaúcha demonstrou que alunos desnutridos podem aprender com a mesma qualidade dos nutridos, basta que sejam submetidos à metodologias diferenciadas.

Esta é uma dívida que o governo popular deixará, não tenho conhecimento de nenhuma inovação metodológica que vem sendo implementada nas salas de aulas das escolas públicas.

Veja o ranking da região em repetência e abandono escolar:

Cuba 1,9%, Bolívia 2.4%, Chile 2.4%, Nicarágua 4.7%, Colômbia 5.2%, Argentina 5.9%, México 6.6%, Venezuela 7.0%, Uruguai 7.9%, Peru 10.2%, Guatemala 14.9% e BRASIL 24.0%
Fonte: Agência Estado.

Remo 6 X 0: Vinicinho de sapato alto

Com a chinelada do Remo sobre o Ananindeua (6x0), Vinicinho está de sapato alto.

Juan de volta à UFPA

O professor MSc Juan Hoyos acaba de deixar a Assessoria de Relações Internacionais da UNAMA. Esta saída deixará bastante fragilizada a arquitetura das articulações internacionais da Universidade da Amazônia.

A SEDUC, os Doutores e as Bolsas

Segundo fontes bem informadas, no ano orçamentário de 2009 a Secretaria de Estado de Educação -SEDUC- ampliou o número de bolsas de doutorado, sem ter recursos garantidos em orçamento. O resultado desta ação é que hoje temos doutores em São Paulo e em outros estados que estariam sem receber estas bolsas durante todo o ano de 2009.A turma acadêmica estaria matando cachorro a grito e indignada com a Seduc.

Aproveito para pedir desculpa à FAPESPA, pelo erro na informação. Na verdade a informação veio como sendo a SEDUC que cometeu este erro orçamentário em relação as bolsas de doutorado. Foi meu "piloto automático" que na hora de digitar, escreveu FAPESPA.

Governo Ana: Missão impossível

Uma missão que é central para que o governo Ana sonhe em ter uma reeleição menos difícil seria reunificar internamente o PT e reatrair a sociedade civil petista histórica, que hoje se encontra esgarçada e reaproximar a base parlamentar e de prefeitos.

Esta missão se torna muito difícil hoje devido à falta de credibilidade do núcleo duro que transita em torno da governadora. O trio Puty, Maurílio e Marcílio consagraram-se como inseguros e ciumentos do entorno da governadora e como tal trucidaram e excluiram politicamente velhos companheiros e as tendências majoritárias que poderiam ter ajudado na condução da nau governista.

Ana teria de tomar medidas, que não tomará, ou seja, a governadora teria de recriar um conselho político pessoal, formado a partir do próprio PT e de seus grupos majoritários, claro, sem excluir a DS. Este núcleo teria que mudar toda a dinâmica de tomada de decisão, conformando um núcleo duro partidário, com legitimidade interna, superando o núcleo duro particularista, que hoje é comandado pela clã dos Monteiro, tendo como operadores Puty e Botelho.

O segundo momento seria formular uma política de curtíssimo prazo para reaglutinar internamente o PT e sua vasta sociedade civil petista/socialista. O terceiro momento, seria nomear um secretário com a missão e poder político para articular a ALEPA e os prefeitos. O perfil deste secretário teria de ser de centro, capaz de ostentar uma maciça aceitação da base parlamentar e de prefeitos.

Estas medidas tirariam Ana do isolamento com sua base de sustentação, recolocaria as tendências em campanha para o executivo e remotivaria a sociedade civil petista/socialista. Mas Ana não tomará estas medidas, pois tem dependência psicológica e emocional do PMM do B.

Financiamento de campanha e o sigilo dos beneficiários

A queda de braço da hora entre o TSE e o o congresso gira em torno do sigilo para quem é beneficiado pelas doações de campanha. Atualmente as empresas doam ao partido de forma transparente e este ( o partido) redistribui aos candidatos, sem ser obrigado a tornar público o nome dos beneficiários.

O TSE está tornando obrigatória a identificação do candidato beneficiado pela redistribuição partidária. Caso prevaleça a decisão do TSE, as doações de empresas ficarão mais difíceis. A lógica é a seguinte: a empresa tem receio de "doar" e depois vir a ser flagrada sendo beneficiada, seja por emenda parlamentar, seja prestando serviço a um governo que teve o impulso desta empresa, quando das disputas eleitorais.

As empresas estão corretas em seu temor, afinal ninguém doa nada, tudo é uma troca. As empresas financiam os candidatos melhores posicionados nas pesquisas e depois tem o retorno em forma de execução de obras e serviços, através de licitações dirigidas.

A primeira medida que o TSE deveria tomar seria proibir doações por parte de pessoa jurídica nas campanhas eleitorais. Caso o TSE tomasse esta medida, haveria grande probabilidade do congresso aprovar o financiamento público de campanha, até porque o financiamento individual, jamais cobriria as despesas eleitorais.

Caso o TSE mantenha a medida isolada de obrigar os partidos a revelar o nome dos candidatos beneficiados pela doação das empresas, estas doações deixarão de ser formalizadas e então serão feitas doações clandestinas. Ou seja o TSE induzirá, definitivamente o caixa 2 de campanha.

O TSE, ao judicializar a reforma política, em conta gotas, está forçando o congresso a enfrentar a questão da reforma política. A história recente tem demonstrado que o status quo presente no congresso não vai alterar as regras pelas quais os deputados e senadores foram eleitos. E ponto final.

Revista Época e corrupção no Pará

A revista Época desta semana traz denúncias de propinoduto envolvendo as relações promíscuas entre setores do governo estadual,PT e PMDB. Mais detalhes veja em: http://blogdoespacoaberto.blogspot.com

Parsifal: mais sopapos no governo

Quer ver mais sopapos do Líder do PMDB na ALEPA, Parsifal Pontes no governo Ana Júlia? então veja em http://pjpontes.blogspot.com

Dudu e o governo: sonho pouco provável

Quem acreditar que Dudu juntando PTB, PR e PDT, a partir do indicador de controle de máquina administrativa (38 prefeituras), controlará, apriori, 1/3 do voto estadual, está redondamente enganado. Caso esta matemática fôsse verdade, Ulisses Guimarães teria sido eleito presidente em 1989. Naquela eleição o PMDB controlava 26 governadores de estado e a maioria das prefeituras municipais do Brasil. Ulisses obteve 3% de votos naquela disputa presidencial.

Todos sabemos que a maioria dos prefeitos das pequenas cidades do Pará, com baixo poder orçamentário, passam por enormes desgastes após o primeiro ano de mandato. Pensar que estas pequenas prefeituras poderiam alavancar, por si só, uma candidatura ao governo, não passa de ilusão política. Por certo estes prefeitos têm o controle de 20 a 25 % dos votos municipais, numa eleição estadual, não mais do que isso. Não creio que Anivaldo Vale ou Tião Miranda (PTB,PR, PDT) sejam páreo para Ana ou Jatene no primeiro turno das eleições no Pará. No segundo turno pesará muito na redefinição das alianças no Pará o desempenho no primeiro turno de Dilma e Serra nas eleições presidenciais.

Não se municipaliza uma eleição estadual, muito menos presidencial. Uma eleição estadual possui dinâmica própria, sendo fundamental o capital político e eleitoral do candidato, a coalizão eleitoral e os recursos financeiros e organizacionais.

Portanto, o cenário das possibilidades de cada candidato e das coalizões começa a clarificar e com boas perspectivas para o governo de plantão, se continuar a melhorar a comunicação política, por outro lado e começa a se materializar uma boa dose de dificuldade para Jatene e Jáder. O potencial de Jatene em atrair aliados no segundo turno será diretamente proporcional ao seu desempenho eleitoral no primeiro turno, e as expectativas quanto às possibilidades de vitória de Serra no plano nacional.

Novamente: o dilema de Jáder!

Com as análises de Raul (16-01) No Jornal O Liberal, o cenário vai ficando menos nublado. Jáder dificilmente se coligará com os tucanos no primeiro turno, a partir dos indicadores de controle de máquina administrativa, Jatene, a priori, só contaria com treze máquinas municipais. Com Dudu, seria um suicídio político. Portanto Jáder só tem dois caminhos: O PMDB lança Juvenil ou Luis Otávio ao governo, atrás dos clássicos 12% de votos e se reelege deputado federal, e negocia pesado o segundo turno. Ou Jáder fecha com Ana e garante sua eleição ao senado. Neste último cenário, Jáder entraria na aliança com o PT em situação bem desfavorável, pois quanto mais se aproxima o mês de junho, mais Jáder vai revelando suas dificuldades em viabilizar seu projeto para o senado, sem o PT. Ana deverá ter Jáder no colo. Ou Jáder será deputado federal novamente.

Aliança Dudu e Jáder: quando 3 + 3 é = a 2

Não podemos ver a política como uma equação matemática, caso contrário a Ciência Política seria exata. Senão vejamos: O PMDB e o seu jornal O Diário do Pará vêm estampando manchetes há um ano chamando o prefeito de Belém e sua administração de corruptos. São licitações, acusações de abuso de poder econômico nas eleições de 2008 e agora a cassação. Ora, alguém acha que sobreviveria perante ao eleitorado uma aliança Jáder e Dudu? só se outras candidaturas não lembrassem ao eleitorado, através de reprodução destas acusações, nos programas eleitorais de rádio e TV. Portanto uma aliança Jáder e Dudu, não somará, mais subtrairá votos.