Eleições para reitor: é hora de indignação contra o constrangimento

1- A universidade sempre se constituiu num paradigma para a sociedade, nas dimensões ético-moral e política. Na época das ditaduras, foram estudantes e professores que sempre assumiram a linha de frente contra os ditadores, seja no Estado Novo, seja no Ditadura Militar de 1964. Muitas vezes esta indignação contra a repressão política custou-lhes a própria vida, como na Guerrilha do Araguaia onde 90% dos guerrilheiros eram universitários

2- Nos últimos 24 anos passamos por consultas diretas para a escolha de nossos reitores, jamais vimos atitutdes que hoje assistimos em nossa universidade:
a- Um reitor rompeu o ritual do cargo e passou a tensionar a universidade, exigindo que em troca dos resultados de sua gestão a UFPA vote em sua candidata.

b- São servidores técnico-administrativos que são induzidos, a partir de convocações oficiais, a ouvirem "pedidos" de apoio à candidata chapa branca. São professores que são convocados para reunião para ouvir doutrinamento, baseado na demonização do adversário principal, e no promessismo, induzindo o voto fundado na necessidade. É produzido artificialmente a desconecção entre projetos e perfis dos candidatos. Todos sabem que o perfil acadêmico e administrativo dos professores Maneschy-Schneider é mais adequado para o crescimento institucional contínuo da UFPA, se compararmos com os perfis dos demais candidatos em disputa.

3- Chegou a hora de servidores técnico-administrativo e docentes mostrarem que a UFPA não admite em hipótese nenhuma qualquer tipo de tentativa de coação política. Não basta derrotar eleitoralmente este comportamento constrangedor e arrogante, é necessário repudiar veementemente esta prática política deletéria para a história política da UFPA. É isto que a sociedade espera da cidadania universitária.