Hospital Betina Ferro fará convênio com a SEDUC.

Está em processo de elaboração o convênio UFPa/SEDUC do qual professores do ensino fundamental, das escolas envolvidas diretamente com educação especial, serão treinados para realizarem, em sala de aula, o pré-diagnóstico de doenças visuais e auditivas. Estes treinos deverão se dar através de tele-conferências e ocorrerão simultaneamente nas tele-salas dos campi da UFPA, distribuidos pela capital e pelo interior do estado. O passo seguinte será a execução de mutirões aos finais de semana, no Hospital Betina Ferro, para a realização dos atendimentos curativos que se fizerem necessários. De parabéns o governo do Pará e a UFPa, as crianças pobres deste estado agradecem por serem lembradas...e que lembrança.

PSDB- Tucanos se preparam para batalha.

Fonte de grande credibilidade informa que está gostando do que está assistindo. Os tucanos de alta plumagem estão formando, pela primeira vez, um time no Pará. Explico, um colegiado formado pelos deputados federais, estaduais e pelo ex-governador Jatene, vem reunindo-se periodicamente e discutindo a estratégia global para o estado nas disputas de 2008. Segundo esta fonte, foi preciso a desgraça geral de 2006 para finalmente os pessedebistas começarem a administrar politicamente as divergências internas. Parece que os tucanos estão virando partido, no sentido strictu senso do termo.

Aos nossos leitores

Este blog é acessado diariamente por várias pessoas interessadas nas análises postadas por seus editores. É bem verdade que ultimamente não tenho postada nada (por pura falta de tempo, juro!). Os temas são livres e cada editor posta o que bem entender. Não há exigência de que os mesmos tenham unidade de pensamento. Aliás, a diversidade de idéias é o que possibilitará que este blog seja cada vez mais acessado e lido, transformando-se numa fonte alternativa de informação e análise política. Da mesma forma, os comentários são diversos, uma vez que também não exigimos que nossos leitores pensem tal qual escrevemos. Porém, não publicaremos comentários que façam ataques pessoais ou ofensivos a nossos editores. Aqueles que quiserem divergir, o façam com civilidade e inteligência que terão seus comentários publicados. Um bom final de semana a todos.

Altamira: A ajuda da operação arco de fogo ao PSDB.

Com a operação arco de fogo as candidaturas governistas estão em baixa em altamira. O PSDB passa a ser o grande favorito nas eleições de 2008. Só um frentão poderá ameaçar a vitória tucana. Aliás, nas regiões dos madeireiros os tucanos e demos tiveram uma ajuda inesperada para 2008. O governo paga o preço por não ser oportunista, nem populista.

Eleições 2008.

Se a coligação PSDB\DEM conquistar Belém, Ananindeua, Santarém, Marabá, Altamira e Paragominas, podemos dizer, a oposição deu a volta por cima e o governo enfrentará um adversário a altura em 2010.

HUJBB um reino trotskysta.

Porque será que o anarcosindicalismo vem conquistando há duas eleições sindicais consecutivas 80% dos votos no HUJBB?

ADUFPa tem o seu clone.

A ADUFPa tem o seu clone...É o sintufpa. Agora a classe trabalhadora da universidade vai viver por um longuíssimo tempo no reino de Leon Trotsky e a reitoria será tratada como um aparelho a ser ocupado taticamente rumo à revolução proletária.

Tudo como antes

Permanece tudo como está no Sintufpa. Com 885 (67,71%) contra 364 (27,85%) a chapa 1 (PSOL e PSTU) venceu a chapa 2 (Tribo e Renovar) nas eleições do Sintufpa, apesar da participação de menos de 50% do eleitorado.

SINTUFPa: os esquerdistas devem capturar o Sindicato em definitivo..

Provavelmente teremos a maior vitória dos esquerdistas (PSOL/PSTU) na história do SINTUFPa nas eleições que terminam hoje (19/06/2008). Podemos dizer que os trotskystas revolucionários receberam uma ajuda inesperada: uma tática "brilhante" de setores oposicionistas à diretoria atual, que em vez de combater a diretoria, pregaram a desfiliação do Sindicato. Conseguiram em torno de duzentas adesões à sua tática, resultado: aconteceu o mesmo fenômeno que ocorreu na ADUFPa onde a oposição às políticas dos esquerdistas teve seus partidários desfiliados em massa, enquanto isso as bases dos trotskystas pemaneceram filiadas ao sindicato.

Na ADUFPa nem oposição existe mais. No SINTUFPa deve ocorrer o mesmo fato nas próximas eleições. PSOL e PSTU agradecem. Mas como dizem... de cientista político e de louco todos temos um pouco. Esta tática de desfiliação revelou-se um desastre.

Retomar o SINTUFPa...só com campanha de filiação nos próximos anos. Mas duvido que alguém da oposição se disponha a fazer este trabalho. Caso minha previsão se confirme, o cerco à academia está consolidado, através das diretorias do DCE, ADUFPae SINTUFPa, ligadas por tempo indeterminado ao esquerdismo. Espero, sinceramente, que minha previsão esteja incorreta e a Chapa 2 vença o pleito do SINTUFPa.

Reitoria: a candidatura Silveira começa a se consolidar.

Uma reunião ampliada da CAS (Coordenação de Assessoramento Superior) realizada na quarta feira deu um importante passo no sentido de unificar a administração superior e o fórum dos diretores de centro em torno da candidatura do Dr. Luis Carlos Silveira.

Parece que finalmente os diretores de centro encontraram uma luz no final do túnel com o objetivo de construir uma candidatura que fique sob seus controles. Lembro que o reitor Cristóvam Diniz, na sua sucessão, usou esta mesma tática no pleito de 2001. O resultado das eleições todos devem se lembrar, a chapa dos diretores foi derrotada.

Mas de acordo com Karl Marx, a história só se repete como farsa ou como tragédia. Talvez a situação agora seja diferente. Eu nunca ví diretores de centro e pró-reitores fazendo corpo a corpo nos corredores de nossa instituição e nem panfleteando nos portões da Universidade. Mas quem sabe, esta chapa consiga superar estas barreiras práticas que enfrentamos em todas as eleições para reitor de nossa Universidade. Uma coisa é certa, Luis Carlos tem um belo currículo acadêmico.

Governo do Estado - Gestão: revolução necessária

Como explicar que a mesma escola do governo dê resultados diferenciados no mesmo bairro? Nestas mesmas escolas convivem professores e funcionários com a mesma condição funcional, existem as mesmas condições de ensino e os mesmos alunos. Então como explicar uma escola pública reconhecida pela qualidade convivendo, no mesmo bairro, com outra escola que apresenta resultados sofríveis?

Nesta escola com indicadores de desempenho sofríveis (repetência, evasão escolar, frequência docente deficiente, falta cumprimento do conteúdo programático), temos uma diretora que passa pela escola uma hora no dia. São as vice-diretoras que carregam, de qualquer jeito, a gestão. Os professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem e a diretora finge que dirige esta escola e o governo finge que está tudo bem.

Podemos imaginar esta mesma situação na área de saúde. Mais especificamente no funcionamento dos postos de saúde e nas unidades mistas. Estas duas áreas são férteis ao florescimento do corporativismo predador.
O governo popular tem legitimidade e base orgânica na sociedade civil paraense para iniciar um projeto piloto capaz de reverter o péssimo funcionameno de grande parte das unidades de saúde e das escolas. O primeiro passo a ser dado seria determinar quais as variáveis que estão presentes nas escolas (postos de saúde) modelos e nas escolas (postos de saúde) sem qualidade.

A partir desta observação inicial poderíamos construir indicadores de desempenho institucional a serem acompanhados via on line. O PRODEPA, a SEAD e a SEGOV poderiam liderar esta iniciativa que certamente produziria uma verdadeira revolução na gestão dos órgãos públicos em favor do usuário cidadão. Esta seria uma revolução inclusiva, silenciosa, mas que produziria resultados eleitorais visíveis.

Eleições em Bujaru:jogo duro entre os concorrentes.

O prefeito Emanuel, do PP, está empatado com Miguel Bernardo (ex-prefeito e que está impedido de concorrer). Mas este ex-prefeito é um grande eleitor municipal. Tanto é que foi nomeado assessor especial da governadora. O candidato do PT está bem posicionado na pesquisa. Caso Miguel Bernardo venha apoiar o candidato do PT em Bujaru teremos um verdadeiro clássico nesta cidade, envolvendo Emanuel e o candidato do PT.

A avaliação do governo Ana Júlia

Esta primeira avaliação do governo ana Júlia publicada pelo Diário do Pará/Instituto Vox Populi revela uma situação desconfortável para o governo popular. As experiências de governo populares (como o de Edmilson Rodrigues), com pouca experiência na gestão de governo, revelam que as avaliações dos primeiros dois anos de mandato são sempre problemáticas, mas não siignificam necessariamente que revelem uma tendência estrutural de desempenho do governo.

Lembremos que nas eleições de 1998, o prefeito Edmilson não foi um bom cabo eleitoral, porque seu gverno ainda não tinha decolado, e olhem que Belém é um distrito pequeno em relação ao conjunto do Estado do Pará.

O governo Ana Júlia tem a seu favor vários fatores: contar com um projeto em fase inicial de execução (Pará Terra de Direitos), possuir em potencialidade a expectativa da chegada de enormes fluxos de recursos a partir do governo federal, além de contar com uma máquina estadual financeiramente enxuta.

O governo Ana Júlia só poderá tropeçar em suas próprias pernas: tarefas como manter a base partidária de sustentação política e parlamentar e fazer a máquina estatal funcionar a todo vapor são tarefas inadiáveis.

Acredito que uma das tarefas centrais para o governo alçar vôos é pacificar e integrar todas as tendências internas do PT na dinâmica da direção política de governo, num primeiro momento. O segundo momento acabou de ser estruturado que foi a implantação do Conselho de Governo. O conselho político do PT teria de funcionar mensalmente (executiva estadual e parlamentares federas e estaduais) e o conselho político teria de funcionar, pelo menos trimestralmente, avaliando as inciativas e propondo grandes linhas de atuação política.

Claro, os dois conselhos serviriam também para desopilar as artérias partidária e inter-partidária, por ventura obliteradas. Agora o Conselho deve ser para valer. Ou então a base aliada estará vivendo mais uma desilusão com a esperança de participar efetivamente da gestão política do governo.

O Governo do Estado e a instituição para prevenir crises de repercussão sistêmica

A governadora do Estado tem à sua mesa uma proposta que visa dotar o Pará de instrumentos institucionais que evitariam futuros eldorados de carajás ou escândalos como o da delegacia de Abaetetuba e a menor barbarizada na cela.

Esta proposta se configuraria em uma secretaria de segurança institucional que operaria a partir de gerenciamento estratégico e preventivo de informações nas seguintes áreas: direitos humanos, acompanhamento do funcionamento financeiro dos órgãos da administração direta e indireta, movimentos sociais urbanos, movimentos sociais camponeses e acompanhamento das relações entre chefes (DAS) e os funcionários de carreira.

Com base nestes pressupostos, esta secretaria criaria uma integração sistêmica entre todas as áreas de informação do governo, a auditoria geral do Estado e o sistema de ouvidorias.

Esta instituição seria capaz de antever focos de crise em potência, alertando o governo para se antecipar aos fatos, negociando preventivamente, detectando focos de corrupção, relatando situações permanentes de assédios morais e tomando as medidas preventivas e corretivas necessárias.

A presidência da República conta com um órgão semelhante. O Ministério de Segurança Institucional funciona como uma instituição de defesa do estado democrático. Esta possível secretaria estadual deveria ser um órgão de Estado e não de governo. Claro, o chefe desta secretaria deveria ser nomeado pela governadora, mas o restante da equipe seria constituida a partir da capacidade técnica.

Assim profissionais pós-graduados nas áreas de direito, ciência política, administração, informática, economia, comunicação e estatística, deveriam necessariamente constar do quadro técnico desta necessária instituição.

Reitoria da UFPA: a candidatura Roberto Dalagnoll

O atual pró-reitor de pesquisa só aceitaria disputar as eleições acadêmica se for o candidato de consenso de toda a administração superior e do fórum de diretores de centro. Sabe-se que Dalagnoll é o candidato preferido de um segmento importante da DS acadêmica (ligada à governadora do Estado).

A lei que organiza o processo eleitoral nas universidades é clara: só doutores podem vir a ser reitores. Esta regra, podemos afirmar, evita que aventureiros não acadêmicos cheguem ao comando máximo das universidades federais.

As universidades são as instituições contemporâneas que mais se parecem (no seu governo) com a república imaginada por Platão. Ou seja, quem deve comandar estas instituições é o conhecimento, é o mérito acadêmico, é o filósofo rei...tor.

Reitoria: a candidatura Marlene Freitas

Segundo fontes bem balisadas da UFPA, a candidatura da professora Marlene Freitas à Reitoria dependeria do mês em que a referida professora viesse a defender a sua tese de doutorado. De acordo com estas fontes o fórum dos diretores de centro teria dado um ultimato à referida professora. Ou conclui o seu doutoramento até o final de junho ou não haveria condições políticas de apoiar sua canddiatura, pois ficaria claro que a referida professora estaria fazendo o doutorado apenas com a finalidade ser candidata à reitora.

Claro, a professora Marlene continua, sem aceitar pressão, a fazer seu trabalho acadêmico no tempo necessário para concluir seu curso, sem vincula-la à candidatura à Reitoria. Daí surgir o burburinho de que a candidatura Marlene Freitas teria poucas chances de ser viabilizada.

Diretoria da ADUFPa dificilmente apoiará Tancredi

Segundo fontes fidedignas, a atual diretoria da ADUFPa que é simpatizante, mas não orgânica do PSOL, não deverá apoiar em bloco a possível candidatura da professora Ana Tancredi. Tal fato deve-se ao comportamento não corporativo da referida professora, quando de sua passagem pela pró-reitoria de ensino, na administração do ex-reitor Seixas Lourenço.
A mesma fonte reafirma que o carisma da referida candidata, seu espetacular desempenho nas eleições de 2001 para a vice-reitoria e a possível presença de um candidato a vice-reitor reconhecidamente acadêmico, conformará o ingrediente necessário para que a extrema esquerda finalmente consiga vencer uma eleição para a reitoria da UFPa.

A professora Ana Tancredi, apesar de não ser filiada ao PSOL, se situa à esquerda do PT e do governo Lula, neste momento esta professora estaria construindo a "consulta popular" que é uma organização de extrema esquerda, vinculada aos movimentos de trabalhadores rurais sem terra e que seria o embrião de um futuro partido revolucionário camponês.

O conselho político do governo Ana Júlia.

Após quase 18 meses do início do atual governo estadual foi instalado o conselho político. Formado pelos presidentes dos partidos de sustentação política e parlamentar, esta iniciativa promete melhorar a governança do executivo estadual. A direção política de um governo de coalizão deve ser exercida de forma colegiada. A partir desta forma de gerir politicamente o governo, decisões são socializadas e responsabilidades são assumidas coletivamente, ampliando as possibilidades de acerto de um governante.
Quem possuir os melhores diagnósticos da situação política do estado e formular as melhores alternativas terá grande possibilidade de dirigir politicamente o conselho político do governo. Este processo de conquistar a base aliada para as melhores propostas recebe o nome de hegemonia e só a qualidade e a experiência do dirigente político garantirão as condições para o exercício da hegemonia.
eu sou um daqueles analistas que espera que Ana Júlia desloque o governo em direção à população mais pobre do estado, e sei que esta sempre foi a proposta de vida desta ex-sindicalista. Creio que os próximos 12 meses serão decisivos para a afirmação política e administrativa deste governo perante as necessidades prementes da população de nosso estado. Claro, iniciativas de médio a longo prazo tem de ser combinado com respostas imediatas à nossa população, na região metropolitana por exemplo, a questão de segurança e transporte urbano devem ser atacados de imediato.

Falta de pagamento leva professor da SEDUC à ouvidoria do ministério do trabalho

O professor recém concursado da SEDUC Paulo Alves de Melo, nomeado em 24/03/2008 e empossado em 24/04/2008, lotado na Escola Estadual Luiz Nunes Direito, após passar 60 dias sem receber salários, procurou a ouvidoria do ministério do trabalho e emprego, para pedir providências contra esta vexatória situação em que se encontra.
Segundo o referido professor, este já procurou a SEDUC inúmeras vezes, mas a resposta é sempre a mesma: A direção do polo informa-lhe sempre que o seu pagamento está condicionado a existência de uma matrícula e que só a partir dela a secretaria de administração poderia elaborar o seu contra-cheque.
Ao procurar a gerência de recursos humanos da SEDUC o nosso professor obteve a seguinte resposta: "O número de novos funcionários é grande, não tivemos tempo hábil para lançar no sistema os dados de todos, o senhor terá de aguardar".
A preocupação deste professor é que está em estágio probatório e não pode faltar ao trabalho , sem um justo motivo, e nesta circunstância o professor vive a penúria de estar trabalhando, sem receber os salários e nem vale transporte.
Esta situação demonstra o gigantismo burocrático da SEDUC, que mais parece um brontossauro que se arrasta e não consegue dar resposta a determinadas situações, aparentemente simples, como a relatada. Esperamos que a secretária Bila Gallo, transforme esta realidade burocrática atávica desta secretaria.

UFPa-Técnico-Administrativos: Fiadores da transformação

Neste 24 anos de gestão de doutores na UFPa, podemos afirmar peremptoriamente que os funcionários técnicos-administrativos tiveram um papel decisivo, senão vejamos:
Lourenço emerge como reitor nomeado após vencer nas categorias estudantil e técnico-administrativa. A mesma situação aconteceu com Nilson Pinto em 1988.
Ximenes só foi vitorioso em 1993 porque teve o apoio de 90% dos técnico-administrativo. Alex só derrotou a situação em 2001 porque teve a adesão majoritária dos técnicos-administrativos.
Os professores só votam majoritariamente em lideranças acadêmicas reconhecidas e ou em situação em que a universidade está correndo o risco de ser capturada por candidaturas atreladas a projetos mais partidários do que acadêmico.
Reduzir o peso dos técnicos nestas eleições universitária é negar a participação responsável, com a universidade, que esta categoria vem demonstrando ao longo dos anos, seja para mudar a universidade para melhor, seja para frear projetos partidários no interior da academia.

Eleições para a reitoria: Regras podem mudar

Corre a boca pequena pela UFPa que na proposta de regimento interno que organizará a consulta à comunidade universitária virá a proposta de que a consulta obedeça as regras do MEC, ou seja, 70% de peso aos docente, 15% aos técnicos e 15% aos estudantes.
Esta proposta seria um verdadeiro retrocesso nas regras que vem organizando as consultas na UFPa, desde 1988.
Se não vejamos: Na eleições de Nilson, a consulta foi proporcional, na eleição de Ximenes, foi universal, na consulta que elegeu Nazareno (não empossado) foi universal e nas consultas que elegeram Alex, duas vezes, a consulta foi paritária.
Podemos afirmar que já existe um pacto não escrito em torno de um acordo mínimo aceitável para as três categorias que é o voto paritário. Qualquer alteração que quebre esta tradição levará à conflagração as categorias estudantil e técnico-administrativo.
Creio que no interior do CONSUN, o DCE, SINTUFPA e ADUFPA, acrescido dos representantes técnico-administrativos farão voz uníssona contra as mudanças de regras a serem propostas.
Seguramente quem sustentar esta tese sairá muito desgastado do processo, além de criar todas as condições para a realização de um pleito marcado pelo confronto.
Seguramente os docentes que se destacaram historicamente pela defesa da paridade farão ecoar sua voz na reunião do CONSUN contra este possível casuismo.

O novo reitorável: Luiz Carlos Silveira

As colunas dos grandes jornais anunciaram e a comunidade comenta nos corredores a emergência de um novo nome na corrida para a reitoria da UFPa, seria o médico e prof. Dr. do núcleo de medicina tropical Luiz Carlos Silveira. Sem dúvida este professor tem um excelente currículo acadêmico e tem todo o direito de postular uma candidatura à reitoria. Eu me pergunto o que será que o professor e pró-reitor de pesquisa Roberto Dalagnoll estará pensando deste movimento pró Silveira? Será que Silveira tem algum tributo que diferencie em muito dos atributos do atual pró-reitor de pesquisa?

SINTUFPA: PSOL/PSTU devem ganhar...e bem

Dias dezoito e dezenove de junho tem eleição para o sintufpa. A atual diretoria afinada com a política do PSOL/PSTU deve ganhar bem. Afirmo esta tendência porque grande parte dos eleitores da tribo e cia. foram induzido a desfiliar-se do sindicato nos últimos doze meses. Esta política deu certo principalmente na reitoria e no meio físico. Podemos dizer que esta tática de combater os radicais do sindicato foi um verdadeiro tiro no pé.

Perguntei ao sindicalista José Miguel porque participar de um pleito onde 1/3 de sua potencial base estava desfiliada do sindicato. Zé Miguel respondeu que participar seria uma forma de não deixar totalmente dispersa uma base que sempre mostrou-se coerente e responsável com a universidade e com a categoria técnico administrativa.

Este é mais um sinal de alerta para as disputas que se avizinham para a reitoria.

Candidata do PSOL/PSTU pode ganhar reitoria na UFPA

O cálculo eleitoral é simples. Se o candidato apoiado pela administração rachar votos com Maneschy nas categorias docentes, ténico-administrativo e estudantil, estará aberta a possibilidade histórica da vitória da candidata a ser apoiada pelo PSOL/PSTU.

Explico: a candidata Ana Tancredi ou Olgaizes, terá apoio das diretorias do DCE, ADUFPA e SINTUFPA. Esta candidatura dificilmente perderá, em qualquer circustância, as eleições na categoria estudantil. Se as candidaturas acadêmicas dividirem votos nas categorias docentes e técnico-administrativa, estarão abertas todas as possibilidades para que a candidatura partidária ganhe as eleições para a reitoria da UFPA.

É chegado o momento dos maiores atores da Universidade ( reitor, diretores de centro e grupos de pesquisa) realizarem esta avaliação. Verificarem qual o melhor candidato, aquele que tem as maiores possibilidades eleitorais e acadêmicas frente à candidatura partidária e fecharem em torno deste nome.

É isto que a academia espera destes atores.

Maneschy conquistou parte do movimento social acadêmico da UFPa.

E o professor Maneschy conquistou o apoio dos grupos políticos ligados aos servidores que historicamente apoiaram Lourenço, Nilson, Ximenes e Alex. Neste momento é grande o avanço deste professor nas organizações da esquerda acadêmica no interior do movimento estudantil.

Só a candidatura apoiada pelo PSOL e PSTU está rivalizando com Maneschy na conquista de apoio perante os grupos organizados na UFPA.

Se Maneschy conquistar apoio de um bom número de grupos de pesquisadores e de professores representativos nos colegiados acadêmicos terá potencializado em muito sua candidatura.

Eleições em Tome-açú.

Aqui Eudes do PSDB parece muito difícil de ser batido. Só uma ampla frente de centro esquerda poderia mudar a tendência destas eleições.

Eleições em Acará.

Parece que Francisca Martins (PP) é imbatível nestas eleições. Aqui caberia um frentão de centro esquerda.

A pesquisa de opinião influencia o eleitor?

A teoria política, fundada em pesquisas empíricas, afirma que sim. Claro estamos falando das eleições majoritárias. Como seria possível que o cidadão fizesse valer seu voto num eleitorado de um milhão de eleitores, como ocorre em Belém? Simples. Somente com base em informações contidas nas pesquisas de opinião o eleitor saberia como anda sua primeira escolha. No Brasil a massa de eleitores se liga no debate eleitoral, nos 45 dias de propaganda eleitoral gratuita, principalmente via televisão. A equação, segundo a teoria política, seria a seguinte:

1-O eleitor faz a sua primeira escolha (escolhe o candidato A).

2-Nos dias que antecedem o primeiro turno o eleitor médio - ou seja, não ideológico (95% do eleitorado), verifica o desempenho do candidato A.

3- O candidato A está virtualmente sem condições de passar ao segundo turno.

4- As candidaturas B, C e D estão disputando palmo a palmo a passagem ao segundo turno.

5- O eleitor médio vê com preocupação que podem passar ao segundo turno os candidatos B e C que serão terríveis para os seus interesses pessoais ou corporativos.

6- Então o eleitor médio tende a abandonar sua primeira escolha (candidato A) e descarregará seu voto no candidato D, que não é a melhor opção, mas é menos ruim do que as opções B e C. Esta decisão é chamada pela teoria política de voto estratégico.

7- Este fenômeno pode ocorrer com grande frequência em segundos turnos, quando os eleitores de candidatos derrotados em primeiro turno, migram para candidaturas, menos ruim, para seus interesses imediatos.

Portanto as pesquisas de opinião são instrumentos muito importantes como veículos informacionais, pois diminuem a incerteza e melhoram o poder decisório do eleitor médio.

A existência de pesquisas de opinião oriundas de diversos institutos permite o auto controle das pesquisas por parte dos diversos intitutos, sob pena de desmoralização para quem tentar manipular resultados de pesquisas.

Paulo de Tarso e o Hospital Betina Ferro

Militante histórico do movimento sanitário brasileiro, o prof. Dr. Paulo de Tarso assumiu há quatro meses como diretor geral, o desafio de certificar o hospital Betina Ferro frente ao Ministério da Saúde, além logicamente de buscar contribuir com o aperfeiçoamento administrativo gerencial deste hospital.

A história de Paulo de Tarso é de um enorme compromisso com a saúde pública e com o republicanismo na gestão pública. Então ninguém estranhe, mas todas as contas do hospital, a expansão física e administrativa estarão seguramente ao alcance de todos, não só da comunidade interna ao Betina, como também ao alcance de toda UFPA assim como de toda a sociedade paraense.

Acredito que a grande revolução a ser feita nos serviços públicos é a revolução de gestão. Acredito piamente que no Betina, Paulo de Tarso focará sua gestão na melhoria do atendimento ao usuário cidadão e como tal, indicadores de desempenho deverão emergir naturalmente naquele hospital. Quem estiver focado apenas em intereresses particulares e esquecer as finalidades maiores dos serviços públicos não gostará de trabalhar na gestão Paulo de Tarso no Betina.

Mário é o melhor nome do PT.

Se tomarmos as últimas eleições estaduais para medirmos a densidade eleitoral dos prováveis candidatos do PT às eleições na capital em 2008, não teremos dúvida de afirmar que o prof. Mário é o nome com maior densidade eleitoral. A avaliação do desempenho deste professor na SEDUC está circunscrita a círculos de vanguarda e é controversa, pois o referido professor tem outra versão para a avaliação de seu desempenho frente à secretaria de educação.
Portanto o PT deveria escolher o nome mais competitivo para a eleição na capital e o único referencial objetivo que temos é o desempenho eleitoral nas eleições de 2006 no Pará, e naquele pleito Mário obteve um desempenho excepcional, para uma competição majoritária, onde seu desafiante ( Mário Couto) contava com a máquina da ALEPA, do governo estadual e com enormes recursos financeiros.
Mário pode até ser derrotado nas eleições de 2008 na capital, mas o PT, diferente do PSDB, estará escolhendo seu candidato que em 2006, teve um grande desempenho eleitoral e se apresenta como o melhor candidato do PT para as disputas de 2008 na capital.

PSDB- Quando o partido é de notáveis.

O PSDB é o maior exemplo de quando o projeto individual pesa mais do que o projeto coletivo. Algum analista tem alguma dúvida de que qualquer partido deveria contar com seus quadros mais competitivo em uma eleição importante, como nas capitais? Alguém tem alguma dúvida de que Simão Jatene e Mário Couto são os nomes de maior visibilidade do PSDB hoje, tanto em Belém como no Pará?
Então porque o PSDB não aposta nestes nomes para as eleições de 2008 em Belém? A resposta é simples, estas personalidades não querem correr o risco de serem derrotados nestas eleições, o que os colocaria em situação menos favorável frente o pleito estadual de 2010.
Ou seja, o que vale mais são os projetos pessoais, as vaidades incontidas. Não é admissível que numa eleição de dois turnos, os maiores atores políticos (os grandes partidos) não apresentem sua cara, seu projeto, o resgaste de sua atuação na gestão de governos, enfim se reafirme como uma legenda respeitada no cenário político.
As alianças majoritárias são importantes e necessárias, mas no contexto de um segundo turno, onde os partidos derrotados buscarão evitar que seus adversários mais arraigados sejam eleitos.
Portanto o PSDB, que como a maioria dos partidos brasileiros surgiu dentro do congresso nacional, se reafirma como um partido de notáveis, onde as definições pessoais pesam mais do que o interesse global do partido.

Cristovam Buarque, Mário Cardoso e Belém.

Nos primeiros meses de 1994 tive a honra de acompanhar o então professor Cristovam Buarque em um debate promovido pelo NUMA-UFPa em castanhal. Na ocasião Cristovam me falava que seria candidato em Brasília a governador em 1994. Afirmava também que só possuia 6% percentuais nas intenções de votos, porém o PT era o partido melhor avaliado de BSB, e complementava... se eu colar meu nome ao PT (que possuia 20% de aceitação) estarei entre os dois mais votados. Resultado, Cristovam elegeu-se governador.
Hoje Mário Cardoso vive uma situação muito semelhante a aquela vivida por Cristovam nas eleições de 1994. Mário tem 5% de intenções de votos e o PT 18%. Mário ainda conta com duas variáveis de peso que Cristovam não contava ( Os governos estadual efederal). Portanto se Mário repetir seu bom desempenho televiso das eleições senatoriais de 2006 e contar com o empenho pessoal e político da governadora e de seu governo, Mário poderá estar em outra situação em relações às pesquisas de opinião nos próximos 90 dias.

Os bairros de classe média e o PT.

Entre 1985 e 1996 uma boa parte dos moradores dos bairros de classe média votavam no PT. A reforma do IPTU executado por Edmilson em seu primeiro mandato (1996/2000) deslocou renda deste segmento em direção aos bairros mais pobres, sem nenhum debate público em torno desta acertada opção, resultado: desde 2000 a maioria dos moradores destes bairros abandonaram o PT eleitoralmente.
Os votos que reelegeram Edmilson em 2000 vieram majoritariamente dos bairros proletarizados da cidade, porém Dudu, mesmo acusado de falsário, deitou e rolou nas urnas de bairros como nazaré, reduto, campina e batista campos.
Ápós quase seis anos de governo Lula esta tendência manifesta-se a nível nacional. As classes médias sentem-se subtraida pelo governo, que vem melhorando as condições de vida dos mais pobres as custas do arrocho dos setores médios, ou seja, o governo federal vem fazendo uma ponte entre os segmentos mais pobres e os mais ricos...sobrando para as classes médias assalariadas, seja no setor privado (centro-sul), seja no setor público (norte e nordeste).
A teoria da revolução socialista mandava que a aliança fosse executada entre os proletariado e os seguimentos das classes médias(pequeno burguesia).
Mas aí surge uma nova questão: Existiria condições políticas e institucionais (leia-se base parlamentar) para romper com os setores burgueses para um enfrentamento radical tendo na pequena burguesia e nas massas populares a base de sustenção de um governo popular como querem Chavez e Morales? No governo Lula a esquerda não possui mais do que 130 parlamentares num universo de 513 deputados.

Dudu Já está no segundo turno?.

Perguntas que não podem ser espondidas antecipadamente:
1- Edmilson será candidato? Se a resposta for positiva, pergunto: este professor terá pernas para manter a liderança inicial num contexto de falta de estrutura partidária, tempo na TV, recursos econômicos e militância em números necessários?.
2- Será que o PFL(DEM) da Valéria repetirá a estratégia do Vic nas eleições de de 2000, onde as promessas foram tão descabidas que desmoralizaram o candidato?
3- Será que o governo (DS) colocará a estrutura necessária nas mãos do PT para viabilizar a candidatura do prof. Mário?
4- Dudu saiu há um ano de 54% de rejeição para 28%. Neste pique Dudu está quase certo no segundo turno e sonha em ter um adversário da governadora como desafiante. Dudu acha que frente à Valéria e ou Edmilson a governadora não titubearia em ve-lo como o nome menos problemático em relação as eleições de 2010.

Sem dúvida nenhuma são grandes atores nesta disputa: A governadora, o atual prefeito, Edmilson e Valéria.