Poder Legislativo: a tentativa de extorsão em Curuçá.

Os jornais de hoje noticiam a vergonhosa tentativa de extorsão ocorrida em Curuçá contra o vereador Antônio Kzan. A DIOE armou o flagra e prendeu o presidente e o primeiro secretário da Câmara Municipal, que agora estão em presídio.

Esta prática, criminosa, radicaliza um comportamento predatório, que grande parte de vereadores das pequenas cidades vem cometendo contra as instituições democráticas . E que a cada escândalo conduzem a opinião pública local a duvidar do comportamento nada republicano da classe política municipal.

A população local há muito dá pouco crédito aos parlamentares municipais, este fato se comprova pela forma como é tomada a decisão de voto para os vereadores, e por que não dizer para o parlamento como um todo. O voto é decidido com base nas relações de amizade, familiares e ou de troca objetiva, como por exemplo, a obtenção de bens clientelístico para atender necessidades individuais ou familiares, como: telha, madeira e ou emprego nas empresas terceirizadas, que prestam serviços públicos municipais.

Enquanto nas eleições majoritárias, mas propriamente para prefeito, a população vem decapitando o mau prefeito, nas eleições legislativas, a população vê-se diante de centenas de candidatos a pedir, ou a paquerar indecentemente o seu voto. O prefeito é visto como alguém que tem o poder de tomar decisões e implementá-la, enquanto os vereadores são vistos como indivíduos sem poder político objetivo.

Em síntese: A Câmara Municipal das pequenas cidades, a partir do comportamento pragmático dos vereadores, há muito deixou de ser um espaço para a defesa dos interesses da sociedade local, e se transformou em uma arena para patrocinar os interesses particulares dos vereadores. Hoje estas Câmaras representam o braço avançado do chefe do executivo.

O caso da tentativa de extorsão do vereador de Curuçá, patrocinado pelo presidente e o primeiro secretário da Casa e mais quatro vereadores, sintetiza o nível de pragmatismo em que chegaram os vereadores em busca de se aproveitar de qualquer situação política, considerada “embaraçosa”, de um colega de legislativo, para visualizarem, imediatamente, a possibilidade ganhar um dinheiro extra.

Nestas pequenas cidades, inexiste uma clara separação entre o executivo e o legislativo. O prefeito controla completamente os vereadores, pela via da compra da “fidelidade”. Estes vereadores, na ausência de uma imprensa livre a nível local e na presença de uma sociedade civil completamente fragilizada perante o Estado, se transformam em “lobos tomando conta de ovelhas”. Ou seja, são estes senhores encarregados de fiscalizarem o prefeito e a aplicação dos recursos orçamentários em bases municipais.

Que fazer? Que a sociedade local seja mais responsável na tomada de decisão do voto nas eleições para vereadores, que a sociedade civil municipal crie observatórios do comportamento legislativo e que democratizemos os meios de comunicação, como as rádios e a TV, para que os políticos deixem de monopolizar os meio de comunicação a nível local. E que aprovemos a reforma política, aonde venhamos a acabar com o “personal vote” nas eleições proporcionais.

2010- Jáder governador?

A prof. Edilza, em seu blog (http://edilzafontes.blogspot.com), discute a distribuição do tempo entre os partidos no rádio e TV, a partir de prováveis coligações partidários ao governo do estado.

Coligação 1: PT, PC do B, PP, PR, PSC e PV- Ana Júlia encabeçaria
Coligação 2: PSDB, PPS - Jatene encabeçaria
Coligação 3: PSOL, PCB, PCO e PSTU- Araceli Lemos encabeçaria
coligação 4: PMDB, DEM, PTB, PR, PDT - Jáder ou Dudu encabeçariam

Com estes cenários para a conformação das coligações, a partir das informações privilegiadas de que dispõe, a prof. Edilza Fontes, nos faz exercitar um pouco futurologia eleitoral, bem consistente.

Caso se confirme a coligação número 4, esta seguramente chegará ao segundo turno, montada na máquina midiática do PMDB e em 80 prefeituras (incluindo Ananindeua e Marabá)e passará mais facilmente e com grande chance de vitória, se for encabeçada por Jáder.

Já Ana júlia e Jatene travarão uma luta entre sí, para ver quem passará em segundo lugar. Em qualquer dos cenários, passe Ana ou passe Jatene, Jáder teria maiores probabilidades de se tornar governador, pois Jatene jamais apoiaria o PT no segundo embate eleitoral de 2010 e vice versa.

Como não acredito que Dudu abra mão da cabeça de chapa. Esta coligação poderá ser destroçada pela campanha eletrônica (TV/rádio), a partir do bombardeio sofrido pela administração de Dudu, nos últimos dois anos, a partir do grupo RBA.

Dudu está muito frágil perante a opinião pública da região metropolitana. E Jáder e o PMDB poderão ser atingido pelo próprio veneno destilado contra Dudu. Ahh, Jáder seria eleito senador, ou governador por esta grande coligação.

Caso saia Dudu, creio que passaria ao segundo turno Ana e Jatene, e nestas circustâncias, Ana poderia ser reeleita, se contasse com o apoio de jáder e Dudu.

Ahhh, para aqueles que acham que Jáder terá uma rejeição ampliada a partir de seu histórico de denúncias de corrupção, quem estará livre deste tipo de ataque nestas eleições? Jáder, a exemplo do que aconteceu com Dudu em 2004, está blindado contra este tipo de acusação. Quanto mais baterem em Jáder, mais ele tufará...é o chamado efeito fermento.

Vivemos nos Pará a seguinte situação: numa noite escura...todos os gatos são pardos. E dentre os grandes competidores parece que ninguém se diferencia do ponto de vista ético-moral na condução da vida política...vivemos no tempo de vale tudo. Maquiavel, quando expôs o realismo na política, estava completamente certo. De fato a ética vem sendo tratada como um artigo de marketing para otário acreditar.

Seguramente Jatene é o menos exposto, na temática da corrupção. Mas todos têm rabo de palha. Quem terá a coragem de atirar a primeira pedra? O PSOL, mas Araceli não contará no jogo político, terá poucos votos e não deverá atingir o quociente eleitoral para eleger deputados, e ao final da disputa para o executivo, o PSOL deverá se abster no segundo turno.

Ana Júlia: Uma avaliação individual desastrosa

Continuando a socialização de informação com os internautas, a partir de uma pesquisa realizada em dezembro, passo agora a expor a imagem que a população tem (hoje) da pessoa da governadora do estado.

E o que as pessoas falam negativamente quando se pronuncia o nome Ana Júlia? Como o índice é alto, 65%, os adjetivos atribuídos a governadora são dos piores possíveis. Existe um sentimento forte de revolta/decepção/arrependimento no seio da população que a percebe negativamente. Dos 65% de imagem negativa, 32% vêem Ana Júlia como “péssima/ruim/negativa/não presta/piorou/fracasso”. Há uma parcela de 7% desse universo que estão “decepcionados/frustrados/arrependidos” com Ana Júlia. Outros 5% quando falam em Ana Júlia, não vêem “nada/indiferente/um político comum”.
Para 5% a governadora “deixou a desejar/não fez muita coisa/esperava mais”. A “tristeza/o desgosto/a insatisfação” domina 4% dos que detém imagem negativa da governadora. O sentimento de “raiva/revolta” permeia, também, 5% desse universo negativo.

Ten Caten em pé de guerra contra Puty

Puty continua com suas travessuras. Ignorando que é o Chefe da Casa Civil, Puty estaria acintosamente assediando Raimundo Oliveira, dirigente do INCRA-Marabá para uma dobradinha eleitoral via candidatura à deputança estadual. Oliveira teria sido indicação da deputada Bernadete Ten caten para o cargo e agora vê seu apadrinhado estar sendo assediado pelo candidato Puty, em suas barbas, ou melhor, no seu distrito eleitoral preferencial.

Ana Júlia: hoje, uma carente de intenção de votos

Continuando com a exposição de pesquisa realizada em dezembro de 2009, repasso dados atinentes à avaliação do desempenho da governado Ana Júlia. Após 36 meses de governo, venhamos e convenhamos, a turma que cuida da direção política do governo está sendo muito mal avaliada. Caso pudéssemos emitir uma nota para o núcleo duro, daríamos 1,0.


Para análise da composição do voto em Ana Júlia, procura-se identificar o nível de conhecimento da governadora. De acordo com os dados pesquisados, 57% Conhecem Bem; 22% a Conhecem Mais ou Menos; 19% a Conhecem só de nome.
Quando cruza-se estes dados com a intenção de voto, hoje, em Ana Júlia, verifica-se que dos 57% que conhecem Bem a governadora, apenas 25% votariam nela, o que significa dizer que ela teria, na verdade, 14% dos votos dos que a conhecem Bem. Simão Jatene pegaria o maior percentual de votos dos que conhecem Bem Ana Júlia, 29%. Em seguida Edmilson pegaria 16% desse segmento. Dos que conhecem Ana Mais ou Menos, apenas 13% votariam nela; dos que conhecem só de nome, 8% votariam nela.
Em se tratando de potencial e rejeição de votos, Ana Júlia tem um potencial de 31%, isto é, a somatória dos que votariam nela com certeza e aqueles que poderiam votar na governadora novamente. Agora, quando procura-se aferir o índice dos que não votariam nela de jeito nenhum, chega-se ao patamar de 62%. E o maior índice de rejeição à governadora é na região do Marajó que atinge 95% dos que não votariam nela. A segunda região que a rejeita mais é a Metropolitana com 68%; seguida do Nordeste com 62%; Sudoeste, 60%; Sudeste 55%. E a que menos rejeita Ana Júlia é a região do Baixo Amazonas, 40%.
Detalhando um pouco mais esta análise, cruzando-se o nível de conhecimento à governadora com o potencial e rejeição de votos. Chegamos a seguinte conclusão: dos que conhecem Bem a governadora (57%), apenas 22% votariam nela com certeza; 14% poderiam votar e 60% Não Votariam em Ana Júlia. A partir daí a rejeição vai aumentando vertiginosamente: dos que conhecem Mais ou Menos, 63% Não votaria nela; dos Conhecem Só de Nome, 71% não votariam na governadora; e aqueles que não a conhecem, 100% não votaria em Ana Júlia para governadora.

Ana Júlia: um governo sem marca, sem identidade

Continuando a publicação de uma série de avaliações sobre o governo Ana. Hoje apresentamos a avaliação que a população faz dos resultados de governo há nove meses das eleições estaduais.

A população do Estado do Pará desconhece em grande parte o que o governo de Ana Júlia vem fazendo de obras e serviços no Estado. É o que indica pesquisa realizada no Estado quando 72% dos entrevistados afirmam que Ana Júlia não fez nada ou nenhuma obra/serviço ou, ainda, não sabem informar. É um índice bastante elevado tendo em vista os três anos de administração. Significa que não existe nenhuma marca forte que possa identificar o governo Ana. É um governo sem identidade.
Das obras e serviços que são percebidos pela população destacam-se com índices acima de 3%: Bolsa Trabalho (4%), Pro Jovem (3,6%), Escola técnica/colégios/reformas (3,3%), Delegacia/PM Box/viaturas (3%).

2006: Ana Júlia e Almir Gabriel- a migração de votos hoje

Continuando a explanação de recente pesquisa de opinião pública, apresento a migração de votos, dados em 2006 a Ana Júlia e Almir Gabriel. Vejam que a situação de Ana é muito dificil.

E como está a migração de votos dados a governadora na última eleição para as intenções de voto, hoje? Qual o percentual dos que repetiriam o voto em Ana Júlia? E qual o percentual dos que não votariam mais nela, hoje?
Para respondermos a essas perguntas cruza-se a variável Voto no Segundo Turno da última eleição com a intenção de voto, hoje.

Quem disse que votou em Ana Júlia na última eleição, apenas 28% votariam nela novamente. E para onde iria o restante desses votos? O ex-governador Simão Jatene levaria 18% dos votos de Ana; o deputado federal Jader Barbalho pegaria 23%; o ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues levaria 16% dos votos dados a Ana na última eleição.
E o votos de Almir Gabriel da última eleição como seriam distribuídos, hoje?
Ana Júlia pegaria 5%; Simão Jatene pegaria 55%; Jader Barbalho levaria 21% e Edmilson Rodrigues, 6%.