PSDB- Quando o partido é de notáveis.

O PSDB é o maior exemplo de quando o projeto individual pesa mais do que o projeto coletivo. Algum analista tem alguma dúvida de que qualquer partido deveria contar com seus quadros mais competitivo em uma eleição importante, como nas capitais? Alguém tem alguma dúvida de que Simão Jatene e Mário Couto são os nomes de maior visibilidade do PSDB hoje, tanto em Belém como no Pará?
Então porque o PSDB não aposta nestes nomes para as eleições de 2008 em Belém? A resposta é simples, estas personalidades não querem correr o risco de serem derrotados nestas eleições, o que os colocaria em situação menos favorável frente o pleito estadual de 2010.
Ou seja, o que vale mais são os projetos pessoais, as vaidades incontidas. Não é admissível que numa eleição de dois turnos, os maiores atores políticos (os grandes partidos) não apresentem sua cara, seu projeto, o resgaste de sua atuação na gestão de governos, enfim se reafirme como uma legenda respeitada no cenário político.
As alianças majoritárias são importantes e necessárias, mas no contexto de um segundo turno, onde os partidos derrotados buscarão evitar que seus adversários mais arraigados sejam eleitos.
Portanto o PSDB, que como a maioria dos partidos brasileiros surgiu dentro do congresso nacional, se reafirma como um partido de notáveis, onde as definições pessoais pesam mais do que o interesse global do partido.