A pesquisa de opinião influencia o eleitor?

A teoria política, fundada em pesquisas empíricas, afirma que sim. Claro estamos falando das eleições majoritárias. Como seria possível que o cidadão fizesse valer seu voto num eleitorado de um milhão de eleitores, como ocorre em Belém? Simples. Somente com base em informações contidas nas pesquisas de opinião o eleitor saberia como anda sua primeira escolha. No Brasil a massa de eleitores se liga no debate eleitoral, nos 45 dias de propaganda eleitoral gratuita, principalmente via televisão. A equação, segundo a teoria política, seria a seguinte:

1-O eleitor faz a sua primeira escolha (escolhe o candidato A).

2-Nos dias que antecedem o primeiro turno o eleitor médio - ou seja, não ideológico (95% do eleitorado), verifica o desempenho do candidato A.

3- O candidato A está virtualmente sem condições de passar ao segundo turno.

4- As candidaturas B, C e D estão disputando palmo a palmo a passagem ao segundo turno.

5- O eleitor médio vê com preocupação que podem passar ao segundo turno os candidatos B e C que serão terríveis para os seus interesses pessoais ou corporativos.

6- Então o eleitor médio tende a abandonar sua primeira escolha (candidato A) e descarregará seu voto no candidato D, que não é a melhor opção, mas é menos ruim do que as opções B e C. Esta decisão é chamada pela teoria política de voto estratégico.

7- Este fenômeno pode ocorrer com grande frequência em segundos turnos, quando os eleitores de candidatos derrotados em primeiro turno, migram para candidaturas, menos ruim, para seus interesses imediatos.

Portanto as pesquisas de opinião são instrumentos muito importantes como veículos informacionais, pois diminuem a incerteza e melhoram o poder decisório do eleitor médio.

A existência de pesquisas de opinião oriundas de diversos institutos permite o auto controle das pesquisas por parte dos diversos intitutos, sob pena de desmoralização para quem tentar manipular resultados de pesquisas.