O Governo do Estado e a instituição para prevenir crises de repercussão sistêmica

A governadora do Estado tem à sua mesa uma proposta que visa dotar o Pará de instrumentos institucionais que evitariam futuros eldorados de carajás ou escândalos como o da delegacia de Abaetetuba e a menor barbarizada na cela.

Esta proposta se configuraria em uma secretaria de segurança institucional que operaria a partir de gerenciamento estratégico e preventivo de informações nas seguintes áreas: direitos humanos, acompanhamento do funcionamento financeiro dos órgãos da administração direta e indireta, movimentos sociais urbanos, movimentos sociais camponeses e acompanhamento das relações entre chefes (DAS) e os funcionários de carreira.

Com base nestes pressupostos, esta secretaria criaria uma integração sistêmica entre todas as áreas de informação do governo, a auditoria geral do Estado e o sistema de ouvidorias.

Esta instituição seria capaz de antever focos de crise em potência, alertando o governo para se antecipar aos fatos, negociando preventivamente, detectando focos de corrupção, relatando situações permanentes de assédios morais e tomando as medidas preventivas e corretivas necessárias.

A presidência da República conta com um órgão semelhante. O Ministério de Segurança Institucional funciona como uma instituição de defesa do estado democrático. Esta possível secretaria estadual deveria ser um órgão de Estado e não de governo. Claro, o chefe desta secretaria deveria ser nomeado pela governadora, mas o restante da equipe seria constituida a partir da capacidade técnica.

Assim profissionais pós-graduados nas áreas de direito, ciência política, administração, informática, economia, comunicação e estatística, deveriam necessariamente constar do quadro técnico desta necessária instituição.