Os bairros de classe média e o PT.

Entre 1985 e 1996 uma boa parte dos moradores dos bairros de classe média votavam no PT. A reforma do IPTU executado por Edmilson em seu primeiro mandato (1996/2000) deslocou renda deste segmento em direção aos bairros mais pobres, sem nenhum debate público em torno desta acertada opção, resultado: desde 2000 a maioria dos moradores destes bairros abandonaram o PT eleitoralmente.
Os votos que reelegeram Edmilson em 2000 vieram majoritariamente dos bairros proletarizados da cidade, porém Dudu, mesmo acusado de falsário, deitou e rolou nas urnas de bairros como nazaré, reduto, campina e batista campos.
Ápós quase seis anos de governo Lula esta tendência manifesta-se a nível nacional. As classes médias sentem-se subtraida pelo governo, que vem melhorando as condições de vida dos mais pobres as custas do arrocho dos setores médios, ou seja, o governo federal vem fazendo uma ponte entre os segmentos mais pobres e os mais ricos...sobrando para as classes médias assalariadas, seja no setor privado (centro-sul), seja no setor público (norte e nordeste).
A teoria da revolução socialista mandava que a aliança fosse executada entre os proletariado e os seguimentos das classes médias(pequeno burguesia).
Mas aí surge uma nova questão: Existiria condições políticas e institucionais (leia-se base parlamentar) para romper com os setores burgueses para um enfrentamento radical tendo na pequena burguesia e nas massas populares a base de sustenção de um governo popular como querem Chavez e Morales? No governo Lula a esquerda não possui mais do que 130 parlamentares num universo de 513 deputados.