Governo do Estado instala o grupo de trabalho de Economia Solidária

Na Agência Pará

O governador em exercício Odair Corrêa instalou, nesta quarta-feira (30), no Palácio dos Despachos, o Grupo de Trabalho que vai elaborar a política estadual de fomento à economia popular e solidária e propor o modelo e as diretrizes alternativas condizentes com os aspectos de dinamização, vantagens, negócios inerentes à economia popular e solidária. O grupo terá o prazo de 60 dias para apresentar uma proposta do Programa Estadual de Fomento à Economia Popular e Solidária para apreciação da governadora Ana Júlia Carepa.

A cerimônia de instalação contou com a participação do secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro; do chefe do Gabinete da Governadoria, João Arroyo; dos deputados estaduais Airton Faleiro e Bernadete Ten Caten; do diretor de Finanças Solidárias do Ministério do Trabalho, Haroldo Mendonça; da representante do Conselho Nacional de Economia Solidária, Joana Mota Palheta; e do membro da Associação Comercial do Pará (ACP), João Augusto Rodrigues.

“Se não desenvolvermos nossas potencialidades, jamais saberemos o que há dentro de nós”, acrescentou Odair Corrêa. Para ele, o desafio do governo é a inversão de prioridades para que o governo do Estado chegue aos 143 municípios. “Fico preocupado com a pirâmide social do Pará em que dos 7 milhões de habitantes, 2,5 milhões passam fome ou qualquer necessidade, precisamos unir esforços políticos, não partidários, para viabilizar esse atendimento à população o Incentivo à economia solidária é uma das ações positivas de irm
os ao encontro dos menos favorecidos”, afirmou.

Formação - O grupo é formado por representantes do gabinete da Governadoria, do Banco do Estado do Pará (Banpará), e das secretarias de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter); de Desenvolvimento Social (Sedes); de Agricultura (Sagri); de Projetos Estratégicos (Sepe); de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect); de Segurança Pública (Segup); de Administração (Sead); Fazenda (Sefa) e Educação (Seduc).

Para Arroyo, a instalação do grupo é um passo importante para a construção de uma nova possibilidade de desenvolvimento, inovadora baseada na ponta da sociedade, no sentido de incluí-la com melhoria da qualidade de vida. “A economia solidária contribui para este modelo de desenvolvimento com distribuição de renda. O esforço é pensar esta inclusão dentro do marco que é o Plano Plurianual (PPA) e o orçamento de 2008”, disse.

O secretário Maurílio Monteiro acrescentou que o governo do Estado assumiu a tarefa de articular crescimento econômico com economia popular e solidária. “É um desafio que perpassa todas as áreas de governo”, disse. A meta de crescimento do Pará para os quatro anos é de 25%. Para ele, a economia popular e solidária permite a desconcentração de renda e multiplicação do trabalho, apostando na criatividade, no empreendedorismo e na capacidade individual dos paraenses. “O Estado precisa dar um outro tratamento e tornar os acessos às políticas públicas mais fáceis aos menores”, enfatizou.

Joana Palheta ressaltou a discriminação e a falta de apoio enfrentadas pelo segmento nos últimos anos. “Precisamos de leis para que as políticas não acabem de governo em governo. É fundamental o reconhecimento de que precisamos de incentivos à comercialização de nossos produtos e formação dos empreendedores”, frisou. Haroldo Mendonça completou que o segmento movimenta R$ 8 bilhões em todo o país. “Temos mapeados 22 mil empreendimentos, com mais de 2 milhões de pessoas associadas diretamente”, informou.