17 cursos de medicina estão sob supervisão do MEC

No UOL

O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta terça-feira (29) a lista dos 17 cursos de medicina que estão sob sua supervisão. A lista foi preparada levando em conta os cursos de medicina com conceitos 1 ou 2, simultaneamente, no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e no IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado). Foram avaliados 103 cursos em instituições públicas e privadas.

Na mira do MEC
Metropolitana de Santos, Santos (SP)
Medicina do Planalto Central, Brasília (DF)
Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis (RJ)
Univ. de Uberaba, Uberaba (MG)
Federal de Alagoas, Maceió (AL)
Severino Sombra, Vassouras (RJ)
Federal do Pará, Belém (PA)
Federal da Bahia, Salvador (BA)
Superior de Valença, Valença (RJ)
Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda (RJ)
Luterana do Brasil, Caonas (RS)
Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto (SP)
Federal do Amazonas, Manaus (AM)
Nilton Lins, Manaus (AM)
Universidade Iguaçu, Itaperuna (RJ)
Univ. de Marília, Marília (SP)
Universidade Iguaçu, Nova Iguaçu (RJ)

Entre os 17 cursos de medicina em supervisão, quatro são de instituições federais. São elas: Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal da Bahia e Universidade Federal do Amazonas. Nestes casos, o MEC acompanhará o processo de saneamento.

Essas 17 insituições devem apresentar um diagnóstico sobre seu desempenho e propostas para reverter a situação. Caso a SESu (Secretaria de Educação Superior do MEC) considere as medidas apresentadas suficientes, poderá "celebrar termo de saneamento com a instituição de ensino". No entanto, se não houver acordo sobre isso, o MEC poderá realizar visita ao curso e instaurar processo administrativo para aplicação de penalidades.As sanções incluem desativação de cursos e habilitações, suspensão temporária de prerrogativas de autonomia e da abertura de processo seletivo de cursos de graduação ou cassação do reconhecimento de curso.

Boas notas
Dos 103 cursos avaliados, obtiveram nota máxima nos dois indicadores os oferecidos pelas universidades federais do Rio Grande do Sul, de Goiás, de Ciências da Saúde de Porto Alegre, de Santa Maria, do Piauí e de Mato Grosso.

Segundo a Agência Brasil, a AMB (Associação Médica Brasileira) apontou como um dos principais problemas dos cursos a falta de residência médica em quase 40% das faculdades de medicina.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a prática da residência médica poderá se tornar obrigatória e as vagas poderão ser ampliadas para melhorar as condições do ensino médico. "Mas é importante lembrar que o Enade é aplicado a alunos ingressantes e concluintes. Portanto, uma parte deles não chegou à fase de residência ainda e mesmo assim as notas foram muito baixas", disse Haddad.