Os alunos sofrem nas escolas estaduais e a sociedade se ferra

Os alunos sofrem porque, na maioria esmagadora das escolas, os professores não cumprem a sua parte. Vejam algumas coisas simples que os professores não fazem nas escolas estaduais:

1- Não cumprem o programa anual das disciplinas nas salas de aulas
2- Não são obrigados a apresentar no primeiro dia de aula o plano de aulas aos estudantes, pais e direção.
3- Professores das diversas disciplinas não transversalizam temas como: sexualidade, meio-ambiente, cultura cívica e combate ao consumo de drogas.
4- São poucos urbanos com os alunos.
5- Não participam do planejamento pedagógico anual
6- Não participam da semana anual de cultura das escolas
7- São sócio-patas, Ou seja, não tem o menor peso de consciência por abandonar os alunos à própria sorte educacional.

A culpa da Seduc:

1- Não cria mecanismos centrais de induzir o funcionamento das direções das escolas, evitando o pacto de compadrio entre diretores e docentes, que vitima os alunos.

2- Não empodera orçamentariamente as escolas e nem socializa informações de conteúdo administrativo, capaz de permitir que as escolas fiscalizem as obras em execução nestes estabelecimentos de ensino. Esta omissão permite a simbiose entre as empresas terceirizadas de construção civil e o meio físico da SEDUC.

3- Não simplifica a relação com os diretores de escolas, permitindo que uma burocracia mastodôntica inviabilize as relações entre SEDUC e escolas. Os diretores de pólos servem mais como válvula de escape, do que como fonte resolutiva de problemas. Exemplo. A Escola Luis Nunes devolveu um professor de geografia há um ao e até hoje não recebeu substituto. Os alunos estão concluindo o 7o. e o 8o. período do primeiro grau e não recebram o conteúdo de geografia.

4- A SEDUC, neste governo, não inovou os métodos de ensino e está ,na prática, inviabilizando o projeto de aceleração da aprendizagem, que visa reestabelecer a correlação entre idade e séries nas escolas.

Claro, não é só a gestão que explica a falência das escolas estaduais no Pará. Mas com certeza, hoje é a principal. O aparelho administrativo não funciona. As escolas vêm se inviabilizando pelo pacto de compadrio entre os diretores e os professores. Quando uma minoria de diretores tenta enquadrar os professores este é colocado imediatamente no ostracismo político. O corporativismo já começa a colocar em xeque a eleição direta nas escolas. Será que a sociedade terá que exigir a profissionalização da gestão escolar, fora dos quadros docentes e de pedagogos públicos? Será preciso uma Organização Social ()para dar forma efetiva à gestão nas escolas estaduais?