O relator da comissão de relações exteriores do senado federal Tasso Jereissati acaba de emitir um parecer contra a entrada da Venezuela no mercossul. O motivo central que embasou tal parecer foi a postura anti-democrática de Hugo Chávez na gestão daquele país.
O debate em torno dos caminhos que Chávez está conduzindo a Venezuela está em curso, eu particularmente acho que Chávez representa um caudilhismo contemporâneo com uma faceta deliberativa, cujo instrumento central é o plebiscito. Creio também que um bom liberalismo político, fundado a partir de Locke e Montesquieu e presentes nos princípios da revolução francesa e na carta de fundação da ONU não estão presentes neste momento na democracia Chavista. Com efeito, os poderes legislativo e judiciário são imobilizados em temas de interesse central para a política “bolivariana” de Hugo.
Mas deixando de lado o debate em torno da política de Hugo Chaves, a questão central é se o Brasil pode se posicionar como Estado e apriori em torno da democracia Chavista e inaugurar uma nova forma de fazer a política internacional. Até hoje o que imperou no mundo comercial foi a relação de interesses entre os Estados. O Brasil faz comércio com a China e Cuba e suas Ditaduras e FHC do PSDB, quando no governo, jamais rompeu com estes dois países.
Creio que a posição do PSDB sobre a Venezuela é mais de conteúdo ideológico e político do que relacionado a princípios democrático. Afinal hoje o PSDB é mais liberal do nunca. Do ponto de vista diplomático e das relações hoje estabelecida entre os Estados Nacionais esta posição do PSDB poderia ser considerada no mínimo irresponsável. O Brasil exporta 15 bi de dólares/ano à Venezuela e importa 500 milhões de dólares.