Eleições para Reitor: A reafimação do uso da máquina

Segundo atentos observadores do discurso do Reitor Alex no lançamento de Regina, este reafirmou enfaticamente, que se preciso for, este comprometerá todo o seu capital polítco, mas não deixará de operar diretamente na campanha de Regina. Seria a reafirmação mais eloqüente possível do uso da função de reitor, com todas as suas consequências, na disputa eleitoral em curso.
Não existe precedente em 24 anos, desde Lourenço até a eleição de 2005, de um mandatário da UFPA, sair em campo, usando a prerrogativa do cargo e assumir, megalomaniacamente, a tarefa individual, de viabilizar uma candidatura, que até agora não teve autonomia e nem chance de se mostrar perante a comunidade universitária.

Caso Regina viesse a vencer, quem seria o reitor mesmo? Estariamos votando em quem, se optássemos em votar em Regina? Por que Alex não que largar o controle da reitoria?
Por que Alex prega o caos, caso a comunidade não venha a eleger Regina?

O uso aberto da máquina elimina a competição entre os concorrentes, a máquina é uma forma de doping eleitoral. Temos informação da promessa de conceder prédios, cargos em Institutos e até a concessão de horas extras em troca de apoio.

A pergunta que não quer calar: Se não fez quando no cargo, como estas promessas podem ser cumpridas fora do cargo?

A UFPA é uma comunidade classe média, baixa é verdade, mas não dependemos da esmola de dirigentes para sobreviver. Somos funcionários do Estado brasileiro e não de governo e nem de reitor, quem paga nossos salários é o povo brasileiro. Não devemos decidir nosso voto com base em trocas de bens materiais. Nosso voto deve ser decidido com base no perfil acadêmico, no compromisso verdadeiro e não de véspera de eleição, e com base em propostas e projetos. A universidade deve ser exemplo para a sociedade. Aqui começamos a votar em 1984 no IFCH e 1984 na UFPA como um todo. O Povo passou a votar para presidente em 1989. Aqui, por dever cívico, não devemos trocar votos por promessas de cargos ou bens materiais. Não, aqui damos nossos votos analisando as práticas políticas e os projetos para a nossa universidade integrada na realidade amazônica.