Caso viéssemos a radicalizar os critérios ético-morais para a escolha de candidatos, como: o comportamento republicano e a honestidade, ficaríamos sem opção nas escolhas estadual e presidencial. Afirmo esta conclusão após convivermos com megaescândalos que não pouparam nenhum grande partido governante do Brasil.
Portanto, na atual fase da construção do processo civilizatório no Brasil, os critérios de escolhas mais objetivos e transparentes para a definição de partidos e candidatos seriam as políticas públicas de cada partido à frente dos executivos. É possível claramente estabelecermos as diferenças entre Dilma e Serra: O PT é mais social, sem ser esquerdista e o PSDB é mais liberal sem ser direitista. Em matérias de políticas públicas, O PSDB e FHC priorizaram o controle inflacionário a partir da contenção dos gastos públicos, da diminuição do tamanho do Estado e do arrocho salarial. Lula e o PT, priorizaram os gastos sociais e a expansão do tamanho do Estado e a distribuição de renda em detrimento da diminuição da capacidade do investimento estratégico do Estado.
São estes dois modelos que estão em jogo, e sobre eles devemos nos posicionar. Agora, se o debate cambar para as questões ético-morais na condução da coisa pública... não sobrará nenhum partido governante no Brasil. Todos protagonizaram grandes escândalos de corrupção. Neste momento no Brasil, numa noite escura, todos os gatos são pardos...e de verdade.