Existe uma brutal diferença entre as avaliações do governo Lula, no plano federal e a avaliação do governo Ana, no plano estadual. Enquanto Lula ostenta 80% de avaliação ótima/boa, no Pará, Ana Júlia não atinge 20% de avaliação ótima/boa. Enquanto a rejeição de Lula é insignificante políticamente, a rejeição de Ana Júlia é estratosférica, acima de 40%.
Esta rejeição sugere que na virada do primeiro para o segundo turno, Jatene venha a capturar, de saída, a intenção de votos de pelo menos 55% do eleitorado. Não esqueçamos, que Ana obteve 34% de votos, e que os demais candidatos: Jatene, Juvenil, F.Carneiro e Cléber, jogaram claramente na oposição ao governo estadual, ou seja, 2/3 dos eleitores do primeiro turno votaram contra o governo Ana Júlia.
As pesquisas mostrarão se os 34% de votos obtidos no primeiro turno por Ana Júlia, estão consolidados ou não. Desconfio que a primeira pesquisa de segundo turno trará muitas surpresas e ensinamentos para aqueles que trabalham teoricamente com o comportamento eleitoral. Caso existam votos adquiridos pelo peso da máquina, em favor de Ana Júlia, no primeiro turno, os donos destes votos serão naturalmente eleitores voláteis, ou seja, migrarão de um lado para outro, ao sabor do poder econômico/administrativo. Estes eleitores esperariam novo "comparecimento" da máquina no segundo turno pra decidir seu voto. E haja... porkbarrel. Ana colhe o que plantou.