Sucessão presidencial: a separação entre a avaliação de Lula e a sucessão presidencial

Aquilo que parecia tranquilo pode virar um pesadelo para o presidente Lula. A super avaliação positiva de Lula era refletida na super intenção de votos em Dilma, uma candidata que jamais foi testada em eleição e na "cabeça" de governos.

O PSDB conseguiu, através de uma estratégia bem conduzida quebrar o consenso contingente em torno de Dilma e da a lógica cartesiana que via em Dilma o clone de Lula à frente do governo do Brasil. Agora Lula e o PT devem estar sofrendo pesadas insônias, pois daqui pra frente o PT dependerá tão somente do talento de Dilma nos debates e na defesa de um programa de continuidade ao governo Lula e da ação militante da coligação partidária pró-Dilma.

Lula jamais imaginou que se veria diante deste iminente risco, diante de uma eleição cuja vitória já poderia já estar consolidada se o candidato fosse um Tarso, um Jaques Wagner ou um Patrus, todos cobras criadas na gestão de governo, nos debates políticos e com grande inserção na militância petista.

A vitória ou não de Dilma dependerá agora da evolução ou não de Serra nos próximos 08 dias. Caso Serra passe Dilma, a reversão ficará muito complicada. E teríamos a derrota eleitoral,a partir de decisões unipessoal de um presidente super querido no Brasil. Seria um doloroso aprendizado para Lula.