COPENHAGUE - A hora chegou para se realizar a primeira Olimpíada na América do Sul, devido ao crescimento econômico e melhora nos indicadores sociais do Brasil, disseram os líderes da campanha do Rio de Janeiro nesta terça-feira, repetindo o lema que será utilizado para tentar atrair os eleitores do Comitê Olímpico Internacional.
O Rio concorre com Chicago, Madri e Tóquio na disputa do COI no dia 2 de outubro na capital dinamarquesa.
- Chegamos ao campo de jogo - disse o chefe da candidatura e presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Carlos Arthur Nuzman. - Eu adoro este momento. O melhor momento para mim é estar no campo de jogo, o sentimento é completamente diferente.
- Temos a adrenalina e os melhores atletas adoram a adrenalina alta - acrescentou.
Após duas tentativas frustradas, essa é a primeira vez que o Rio consegue chegar à fase final de votação.
Nuzman afirmou que este é o momento certo para o Brasil devido à força da economia brasileira, à redução dos níveis de pobreza e defendeu que a atual proposta é a de melhor qualidade.
- Posso dizer que o Rio está pronto. O projeto dos Jogos é o projeto da cidade e esse projeto dos Jogos foi aprovado (pelo COI). Esse é um bom momento e não se pode comparar com as propostas anteriores. Essa é uma das propostas mais completas da histórias dos Jogos Olímpicos.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, garantiu que a cidade e o país estão prontos para receber o evento.
- O Brasil tem uma economia forte. Mais de 30 milhões de pessoas deixaram a pobreza. O Banco Mundial disse que em cinco anos o Brasil será a maior economia do mundo - afirmou.
- Das 10 maiores economias do mundo, o Brasil é a única que nunca realizou os Jogos Olímpicos - acrescentou Cabral. - Esse é um momento histórico para o nosso país, para o nosso continente, para o nosso Estado. Esse é o nosso momento, o momento do Brasil.
As autoridades da cidade também disseram que a realização da Copa do Mundo de 2014 no país representa uma "vantagem" nos preparativos para os Jogos, apesar da preocupação revelada pelo COI quanto a uma eventual divisão dos patrocinadores entre os dois eventos.
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