A UFPA e a UNAMA: o risco de ser grande e descentralizada

Um dos grandes problemas dos cursos de graduação da UFPA e da UNAMA, que são duas grandes universidades é a descentralização e a falta de auto-controle de resultados. Conheço muitos cursos onde a nova proposta polítco-pedagógica é muito bonita, sendo que a interdisciplinariedade e atividades integrativas fazem parte desta nova concepção de formação profissional. Acontece que o corpo docente ainda não comprou este projeto e a grande maioria dos professores se recusa a fazer da interdisciplinariedade um método cotidiano de ensino-aprendizagem. A prática deste corpo docente nega uma formação baseada em habilidades e competências e reafirma o método conteudístico e fragmentário, aonde cada professor cumpre (ou não) o programa de sua disciplina e cabe à capacidade cerebral do aluno fazer a integração entre as disciplinas.

Deveria ser obrigatório em cada curso que no primeiro dia de aula o professor entregasse ao aluno o plano de ensino e o plano de aplicação semanal das aulas. Assim os estudantes teriam um instrumento concreto para exigir que o professor cumprisse com sua obrigação cotidiana nas salas de aulas. Professores sérios e comprometidos ainda são uma minoria nas grandes universidades do Pará. Resultado: a UFPA com mais de 100 cursos de graduação teve apenas 12 cursos bem avaliados pelo MEC e quanta à UNAMA...sem comentários.

Ser da UFPA e da UNAMA não é mais sinônimo de formação de primeira classe. Podemos sim afirmar... os melhores alunos entram na UFPA, UEPA e UFRA, que por serem gratuitas detêm a maior competitividade de acesso universitário do Estado.