Os partidos democráticos e de esquerda fizeram a luta contra a ditadura militar de 1964 evocando a democracia e a moralidade pública. Enfim a prática republicana. Passados 24 anos desde o fim da ditadura muita coisa mudou e pra pior. Os governos municipais não vêm realizando experiências avançadas de participação popular. Porém, é do território da moralidade pública que vem a maior derrota para a cidadania brasileira. Nenhum partido governante pode se arvorar de republicano, ou seja, de que não cometeu atos de caixa 2 ( que na linguagem científica chamamos de patrimonialismo, ou na linguagem popular significa corrupção).
Maquiável parece ter descoberto a lei de ferro para a competição política: O vale tudo é a regra da competição pelo poder. Até agora ainda não foi inventado uma engenharia institucional que compatibilize competição política e moralidade pública. O pragmatismo político parece confirmar a tese de que: numa noite escura, todos os gatos são pardos.