A questão PMDB.

O PMDB é indispensável à governabilidade parlamentar do governo do Estado. O PT foca dogmaticamente contra um ator que deverá sair anêmico das disputas de 2008, o PSDB. Enquanto isso o PMDB por ser o partido mais estruturado no estado deverá ter a cabeça da maioria das alianças municipais com o PT. O PT, por outro lado, vem operando nas disputas municipais a partir da lógica de crescimento de cada tendência interna. Os petistas parecem que só pensam na luta interna, e como tal, buscam nestes acordos pragmáticos garantir vice-prefeituras e ou secretarias. O PMDB poderá sair hipertrofiado das eleições de 2008 e o governo ampliar ainda mais sua dependência da família Barbalho. Ninguém no governo parece refletir sobre este taticismo hobbesiano dos agrupamentos internos do PT. A questão que se coloca é: como manter o PMDB na base política do governo, inflar criteriosamente outros partidos da base aliada e evitar a possível obesidade política deste partido? Só a engenharia política poderá ajudar a dar respostas a este complexo problema.