A CSS e o massacre da mídia.

A nova CPMF, agora denominada de CSS, terá enorme dificuldade de ser aprovada no senado. Esta contribuição sofre o dilema de ter seus custos financiados por 10% de brasileiros e seus benefícios serem dispersos por 85% da população mais pobre. Em síntese, segundo a teoria de políticas públicas, quando encontramos situações onde os custos são concentrados e os benefícos dispersos, as possibilidades desta política ser vetada são enormes, afinal os segmentos fianciadores (classes A e B), tem muitos recursos políticos, organizativos, financeiros e ideológicos. Neste momento não deveria ser o governo e ou a base governista que deveriam estar lutando pela CSS, mais aquela maioria de 70% do povo brasileiro, que detém apenas 25% da riqueza nacional. Ao tempo da CPMF, eu como trabalhador especializado (docente do ensino superior) pagava R$ 10,00 (dez reais) ao mês de CPMF ou R$120,00(cento e vinte reais anuais), na CSS eu pagaria R$ 2,50(dois e cinquenta) ao mês de CSS ou R$30,00( trinta reais) ao ano. Parece que a chamada classe média, desavisada, desinformada, pega corda desta minoria de milionários e bilionários brasileiros e passam a fazer coro com uma campanha que visa diminuir a distribuição de renda no Brasil. E depois reclamam da distribuição de renda forçada nas esquinas de nossa cidade. Quando o Estado não atua para diminuir as distorções sociais provocada pelo mercado, a sociedade se barbariza e o hobbesianismo social entra em ação. A criminalidade é uma produção social, que no Brasil é o resultado de 300 anos de ausência de Estado na vida da população mais pobre. Só a partir de 1930 o Estado nacional começou a mudar seu perfil. Saindo da proteção oligárquica e iniciando a proteção social. Ainda precisaremos de décadas de governos inclusivos para superarmos nossas chagas sociais.