O dilema tucano em Belém.

Qual a melhor estratégia tucana para 2010 tendo em conta as eleições de 2008 em Belém e nos grandes centros urbanos do estado?
1- Apoiar Duciomar sem contar com a candidatura a vice: Esta sem dúvida nenhuma é a decisão de maior incerteza para os tucanos. Primeiro porque Dudu já sinalizou que não optará por nenhuma decisão que a priori o isole do PT. Dudú , o indesejável perante as bases petistas, sabe que precisa de recursos do governo federal e que seu nome é a menos pior opção para o governo estadual frente as alternativas Edmilson e Valéria num eventual segundo turno em Belém. Daí Dudú recusar a priori a presença do PSDB na sua vice. Nesta alternativa os tucanos, se vierem a apoiar Dudu, direta ou indiretamente, viverão um enorme constrangimento político.

2- Apoiar Valéria: Nesta alternativa o PSDB daria o vice da candidata DEM. A chapa ganharia um grande peso político e eleitoral, porém o PSDB deixaria de ser o partido polarizador nestas eleições no Pará. Numa eventual vitória DEM e num provável desastre do PSDB nos principais centros urbanos do estado, o PSDB poderia ter de enfrentar a possibilidade de ter a bela jornalista como postulante ao cargo máximo do estado, caso o governo ana Júlia não decole à frente do governo do Pará. Claro, o PSDB teria de estar fracionado entre Jatene e Mário Couto em luta fraticida pela indicação partidária ao governo estadual de 2010.

3- Lançar candidatura própria: Sem dúvida nenhuma, esta alternativa colocaria o PSDB no centro do debate político na capital, resgatando os 12 anos de governos tucanos, realizando a crítica a eventual ineficácia do governo estadual e se apresentando como a alternativa visível ao governo do Pará em 2010. Neste contexto, caso o PSDB não passe ao segundo turno, poderia apoiar qualquer candidato que se contraponha ao governo estadual ou que lhe seja distante ideologicamente. E o que é interessante, negociando participação no governo municipal da capital em condições autônoma e dígna.