Temendo que o TSE mais uma vez legisle em matéria eleitoral, o Senado Federal deve concluir hoje as votações em torno de uma mini-reforma eleitoral. Como o Senado alterou a proposta que foi votada na Câmara dos Deputados, o projeto deve voltar à Câmara para nova votação. A lei que está sendo votada é muito tímida e só registra pequenos avanços, notadamente relativo à campanha na internet.
A micro-reforma não discute problemas centrais que dizem respeito a melhoria da formação da representação. Lista fechada e fianciamento público de campanha, nem falar. O Brasil se consome na predominância do poder econômico na definição da Câmara dos Deputados e a classe política, montada no status quo fica parada. Parece a nobreza Francesa às vésperas da queda da Bastilha. Só uma Constituinte exclusiva, destinada a fazer a reforma política no Brasil poderia enfrentar esta elite política, majoritariamente cleptocrática e que vira plutocrática, rapidamente.