Mais uma vez a Câmara e o Senado deixam de lado o essencial e se debruçam sobre o periférico em relação à reforma política e eleitoral. O que parece central para melhorar a qualidade da representação política não foi nem arranhado, senão vejamos: Financiamento de campanha, voto em lista fechado e relações não tutelada entre o executivo e o legislativo.
A formação da Câmara dos Deputados continuará sendo determinada majoritariamente pelo poder econômico. Como a riqueza no Brasil é concentrada, sempre teremos uma elite política a serviço de uma elite econômica plutocrática no parlamento nacional. Não é a toa que a maioria dos parlamentares se filiam a centro-direita no Congresso Nacional.
Enquanto isso o eleitor continua sem instrumentos políticos para controlar o desempenho de seu deputado. 70% do eleitorado não lembra em quem votou nas eleições proporcionais na última eleição.