CURITIBA - Metalúrgicos da Renault-Nissan no Paraná encerraram greve de oito dias nesta quarta-feira. Eles aceitarem reajuste salarial de 8,65%. Com a greve, a Renault deixou de produzir 6.240 veículos em um momento em que as montadoras do país esperam alta nas vendas de automóveis em antecipação ao fim do desconto integral no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no fim deste mês.
O índice de reajuste inclui 100% da inflação calculada pelo INPC, 3% de aumento real e mais 1% de aumento real que havia sido garantido na campanha salarial do ano passado, informou o sindicato de metalúrgicos da região.
O acordo surge após trabalhadores de montadoras do ABC de São Paulo, tradicional polo de veículos do país, terem aceitado reajuste de 6,53%, e metalúrgicos da Toyota e da Honda, no interior de São Paulo, terem obtido aumento de 10% após um dia de greve esta semana.
Também no Paraná, os trabalhadores da fabricante de caminhões e ônibus Volvo, que chegaram a cruzar os braços por um dia, aceitaram reajuste de 7,57% na quarta-feira, segundo o sindicato.
Com isso, seguem parados no Estado há mais de 10 dias os 3,5 mil metalúrgicos da Volkswagen-Audi. A greve iniciada em 3 de setembro fez a montadora deixar de produzir 8.960 veículos, segundo o sindicato.
Fonte: Reuters