Poder Político: a agenda do Povo e a agenda das elites políticas

Ana Júlia foi destronada, também, porque a agenda popular era saúde e violência e o governo não demonstrou ao povo prioridade nestas direções.  Esta derrota demonstrou que não adianta ter uma agenda estratégica sem mediá-la taticamente com a agenda conjuntural da percepção popular.


No Brasil, neste momento, a percepção popular quer que alguma coisa objetiva seja feita em relação às barbaridades cometidas por menores entre 13 e 17 anos.

Diferentemente dos penalistas, não acho que a culpa seja do ECA. A culpa é da exclusão social, da dissolução do núcleo familiar, da mídia que incentiva o consumismo e do consumo de drogas, incluindo o álcool.

As instituições correcionais brasileiras,  não vêm conseguindo ressocializar os menores infratores. A população assiste horrorizada a reincidência dos menores nos atos infracionais gravíssimos como o latrocínio, o estupro e o roubo violento.  Que tal pensarmos em criar uma política específica para menores que: cometerem latrocínio,  sejam reinicidentes em assaltos e autores de crimes hediondos?

Não adianta a classe política e a sociedade civil de defesa dos menores, ficarem discutindo pressupostos de direitos civis para estes, de forma absoluta. Não existe política testada de ressocialização, em escala, para menores. E os crimes, continuam a crescer. Os políticos precisam enfrentar esta agenda colocada pela população.