Pará: a elite estatal e a guarda do território

O Brasil, por razões históricas específicas, consolidou uma estrutura federativa baseada em 27 estados, incluíndo o Distrito Federal.  No passado era aceitável o argumento que quanto mais dividido  o país em unidade federativa, melhor seria para administrá-lo.

Hoje, a administração de grandes espaços territoriais não é mais justificativa para dividir uma unidade federativa estadual. Pois, o tamanho de um estado é  sinônimo de posição geo-política e econômica vantajosa, ou seja, quanto maior a unidade federativa maior probabilidade de riquezas, mineral, vegetal, animal e hídrica, no caso da amazônia.

Os recursos da municipalização e da descentralização política  para as regiões administrativas do estado e o governo eletrônico, transformam em discurso vazio as justificativas para seccionar uma unidade federativa.

Não há dúvida, o Pará unido significa um enorme potencial de enriquecimento no médio-longo prazo. Caso você imagine que o Pará perde 1 bilhão por ano em impostos extraviados a partir da lei Kandir, que a recuperação de impostos de Tucurui  perdidos com a  cobrança de impostos no destino e não na origem, o Petróleo de Salinas, o advento de Belo Monte e a verticalização da produção mineral de Carajás, não restará nenhuma dúvida...somos candidatos a sermos super- ricos em poucos anos.

Os irmãos do Baixo Amazonas e todo o povo do Pará, ganharão muito mais sendo um super estado do que sendo uma pequena e inviável  unidade federativa.

A elite estatal e política paraense, aliada com a sociedade civil, devem travar uma batalha sem trégua contra a divisão de nosso estado.  Qualquer atitude em contrário é não perceber os riscos que  estamos correndo em relação ao futuro de nosso povo, caso a aventura divisionista venha a ser aprovada.

Todos à luta em defesa do Pará unido.