Ontem (26) ocorreu o debate presidencial da TV Record. José Serra e Dilma mostraram-se mais serenos, realistas e afirmativos. Diria que este foi o melhor debate de Dilma e seu momento mais seguro foi quando esta desmontou os ataques de Marina relacionado aos episódios de corrupção nos escalões inferiores da Casa Civil.
Quando Marina perguntou o que Dilma faria para que os desvios ocorridos na Casa Civil não mais se repetisse, Dilma foi incisiva: faria o mesmo que você fez no ministério do meio ambiente, quando houve denúncias envolvendo a corrupção da venda de madeiras em áreas de conservação ambiental. Ou seja, serei incisiva e mandarei apurar com toda determinação. Marina calou e não tocou mais no tema.
Serra foi sereno, evitou confronto com Dilma e se pautou em prometer levar para o Brasil o que fez em São Paulo.
Por outro lado, o candidato Plínio deu um show de irrealismo e prometeu coisas irrealizáveis no curto prazo, tipo: salário mínimo de 2 mil reais, calote na dívida interna e externa e destinar 20% do PIB, sendo 10% para educação e 10% para a saúde. Enfim, Plínio apresentou propostas irrealizáveis e não conseguiu que os candidatos mais competitivos entrassem em sua seara de promessismo idealista. O PSOL assume definitivamente o perfil de partido anti-sistema e se torna uma oposição "irresponsável", como diria o cientista político Giovanni Sartori. O PSOL investe estrategicamente numa acumulação de força de longo prazo.