UFPA: todo cargo de chefia tem uma dimensão central de relações políticas

Qualquer cargo de confiança executivo: Diretor de hospitais, Siac, Gráfica, Pró-Reitorias, têm dimensões políticas. Esta dimensão política deve-se ao fato de que esta pessoa responde diretamente à comunidade devido à delegação do reitor. Ora, na UFPA a eleição do dirigente é direta, logo existe uma relação de compromisso programática e de comportamento construtivo na gestão. O que é comportamento construtivo? deve-se entender como uma prática que alie competência técnica-gerencial com habilidades políticas. Só para dar um exemplo, nestes 24 anos de eleições para reitor assistí dirigentes convidados para cargos, que se apropriaram destas funções e deram maior trabalho ao reitor, devido à incompetência política. Passados seus anos no cargo o reitor herdou uma comunidade que viria a repudia-lo politicamente, de forma permanente, na instituição. O exemplo mais visível deste fato foi no HUJBB. Ou seja, o gestor dava respostas técnicas e produtivas, mas politicamente era um taylorista empedernido e queimou o filme político do reitor. A equação é simples: deve-se aliar nos cargos executivos a competência técnica gerencial com a indispensável habilidade política. Quem é recompensado politicamente ou paga o pato, numa democracia competitiva, é o sempre a lidertança maior, na UFPA é o reitor quem herda os resquícios de uma gestão incompetente politicamente Estamos de olho.