PSOL e PSTU têm apostado numa demarcação ideológica com o PT visando herdar o eleitorado de esquerda na política brasileira. Como suas análises da situação política da realidade partidária brasileira tem passado apenas pelo crivo ideológico, praticamente nenhum partido institucional é aprovado em seus rígidos critérios para conformar alianças, somente o novo PCB tem sido o parceiro nas coligações proporcionais e majoritário destes partidos. Esta política aposta no médio longo prazo num êxito incerto.
Acontece que estes partidos podem enfrentar o chamado efeito psicológico de Duverger, segundo ao qual: um partido mal votado em um pleito tende a ter um desempenho ainda mais inferior em uma próxima eleição.
Os nanicos de esquerda terão de enfrentar este dilema: manter a mesma linha política ideológica na conformação de coligações proporcionais significa ficar um longo tempo sem representação parlamentar, ou seja, serão apenas partidos eleitorais e não parlamentares.
Entrar nas regras do jogo vigente pode levar ao "risco" do pragmatismo excessivo, à transfiguração política e ideológica e ao racha interno, enfim cair na "armadilha" institucional. Porém, difilmente estes partidos sobreviverão no médio prazo apenas como partidos eleitorais. O PSTU já é apenas um partido sindicalista por decisão de não se enquadrar nas regras do jogo vigente.
Veremos até onde vai o fôlego dos nanicos de esquerda.