Crise financeira: duas táticas para enfrentar a crise

Existem duas táticas para enfrentar a crise, pode-se optar pelo enfrentamento da crise aprofundando os investimentos sociais, injetando recursos na produção e apostando no consumo, esta é a tática de esquerda. Existe outra tática, a liberal, que se materializaria no corte de gastos, flexibilização dos direitos trabalhistas e investimento no mercado financeiro.

Abaixo reproduzo uma matéria do jornal Diário do Pará de hoje e o discurso dos tucanos acerca da ampliação dos recursos do PAC. Os tucanos não falam que esta crise , iniciada nos EUA, é consequência direta da frouxidão com que o Estado americano tratou o mercado financeiro, ou seja, a culpa é do modelo neoliberal de "comandar" a economia.

Oposição critica aumento de verbas do PAC

Líderes da oposição criticaram hoje (4) o anúncio de aumento das verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para R$ 1,1 trilhão. De acordo com o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, deputado José Aníbal (PSDB-SP), esse aumento tem um caráter eleitoreiro e propagandístico."Quem houve isso acha que esse governo está nadando em dinheiro e vai fazer um programa de obras como nunca se viu na história desse país. Quando olhamos os números reais vemos que o PAC no ano passado tinha R$ 19 bilhões e foram pagos 20% disso, R$ 3,8 bilhões, ou seja, não tem projeto, não tem execução, não tem dinheiro", criticou.Ele disse ainda que algumas empresas que estão executando as obras do programa reclamam de demora de pagamento de até seis meses. "Das duas uma, ou o governo é profundamente desorganizado, ou o PAC é uma coisa na boca do presidente, na propaganda, e outra na realidade", disse.O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse que nem na maior crise econômica um país como os Estados Unidos foi capaz de fazer tantos investimentos para recuperar a economia."Precisamos colocar os pés no chão, dizer a verdade, e não ficar aceitando esses factóides que são criados para iludir a anestesiar a sociedade brasileira", disse.Ele questionou ainda o fato de o governo ter gasto em dois anos R$18 bilhões e querer em dois anos gastar R$ 1,1 trilhão. "Ele [o governo] vai destinar mais um trilhão e isso não é possível. Ele está fazendo conta com o dinheiro alheio. [Na verdade] o governo está dizendo que quem vai fazer esse investimento são os empresários", afirmou.Hoje, o governo fez um balanço sobre o andamento das obras do PAC em dois anos. De acordo esse levantamento, grande parte das obras estão sendo executadas em ritmo adequado. (Agência Brasil)