A resposta é estruturada com base na estrutura política nacional do PMDB, e que está relacionada com as regras do jogo do sistema eleitoral brasileiro:
1- O PMDB é um partido federativo e não nacional.
2- Existe 27 PMDB's, um em cada estado da federação e com interesses próprios.
3- O PMDB se faz importante pela soma, mecânica, de suas partes no congresso nacional.
4- As regras eleitorais não permitem. mais, coalisões incogruentes em relação à candidatura presidencial. Ou seja, se o PMDB vier a ter um candidato presidencial, não poderá fazer coalisões pragmáticas com o PT ou com o PSDB/DEM nos estados. Nestes termos, este partido perderia muitas cadeiras federais, uma vez que o PMDB não possui força homogênea em todos os estados membros da federação brasileira.
5- O PMDB não abandonará o governo Lula, nem há 09 meses das eleições de 2010. Este partido não vive sem a máquina pública. Pela mesma razão, o PMDB não abandonaria o governo estadual, a não ser que venha a ser excluído da coalisão de governo, como aconteceu no governo Jatene entre 2002/2006, ou na hipótese, improvável, deste governo vir a ser tão ruim, em seus resultados, que o PMDB decida fazer um voo solo em direção ao executivo estadual.
5- O PMDB deve continuar a ser um partido de qualquer governo, seja petista, seja tucano. Para continuar com este capital político o PMDB certamente buscará se manter como o maior partido do congresso nacional.
Estas são análises com base em visão estrutural da organização institucional do PMDB. Mas a luta política poderá vir a queimar a minha língua. Afinal a ciência política não é exata.