O que Barata já fez nas eleições de 1934, 1947, 1950 e 1954, o governo petista, em 2008, demonstrou que não aprendeu a fazer, ou seja, distritalizar a eleição de sua base municipal de esquerda. Barata para poder derrotar a firme oposição da FUP em 1934 e a CDP, no período democrático, usou estratégias geopolíticas, para obter esse intuito. Assim, Barata jamais permitia que dois deputados do PSD disputassem a mesma base eleitoral. Claro, naquele momento a política era menos complexa do que hoje e o governador era um cacique indesafiável dentro do PL em 1934 e PSD a partir de 1946.
Nas eleições de 2008 o governo, por não possuir uma estratégia geopolítica, permitiu que as lutas intra e inter partidária não viabilisassem o crescimento, necessário, estrategicamente, dos partidos de esquerda no Pará. Faltou uma visão de longo curso e uma ação coordenadora, a partir de um pressuposto do crescimento da esquerda, ao governo Ana Júlia.
Creio que o governo deveria ter apresentado aos partidos como: PT, PC do B e PSB metas a serem atingidas nas disputas para as prefeituras. Após apresentar as metas por partido, levando em conta a implantação municipal de cada um, o governo, hum ano antes das eleições, deveria constituir um Grupo de Acompanhamento Eleitoral para viabilizar esta estratégia. Claro, todo esse movimento deveria fazer parte daquilo que Antônio Gramsci nos ensinou, ou seja, guerras subterrâneas das atividades políticas, dentro do momento estratégico denominado, guerra de movimento.
2010 vem aí, é mais um momento de pensar geopoliticamente o estado, principalmente para municípios e regiões, onde a esquerda tem baixa implantação social, política e eleitoral, caso queiramos Atingir pelo menOs, 15 deputados de esquerda na ALEPA. Dica, este momento já está na ordem do dia. Tem que começar ontem, esta ação estratégica.