As greves e os novos métodos de luta do funcionalismo

Bancários, Professores estaduais e funcionários dos correios estão em greve buscando negociar uma pauta de reivindicações para suas categorias.

A questão que se coloca é: destas categorias, qual as que têm maiores poderes de negociação? Sem dúvida nenhuma, bancários do setor público e funcionários dos correios têm maior poder de barganha.  Estas categorias impõem enormes perdas econômicas às suas empresas.

Já os professores e o funcionalismo de uma forma geral, só conseguem negociar após greve de longa duração. Esta característica  deve-se ao fato de que os governos não são atingidos de imediato, pois quem é atingido,  são os usuários de serviços públicos. Uma greve no serviço público, em vez de causar pejuízos financeiros ao governo leva a uma economia de  materiais de consumo.  Somente quando o semestre letivo ou a falta de atendimento , por exemplo, à saúde, se colocam como uma calamidade pública, o governo "nota" politicamente o movimento.  Este é um fato que se repete em governos de todos os partidos.

Em síntese, uma greve do funcionalismo será sempre uma greve que deve estar preparada para durar mais de dois meses.  Não seria interessante pensar em novos métodos de luta que tivesse dois objetivos imediatos? Levar desgaste aos governo de um lado e por outro ganhar adesão da população, por exemplo: operação padrão nas escolas e nos hospitais,  acompanhado da utilização de parte do expediente para informar aos usuários as condições de trabalho enfrentado pelo funcionalismo.  Creio que nestas circunstâncias o movimento teria melhores chances de negociar.

Agora, só se convence quando se apresenta argumentos coerentes, justos e honestos. Quem não tiver argumentos convincentes, não adianta implantar esse método de luta, senão se" ferra" publicamente.