Depois de muitas articulações políticas, o PR fechou com o governo Jatene. Só o PT e o PSOL com 9 deputados ficaram na oposição. A oposição possui aproximadamente 22% das cadeiras da Casa.
A teoria política segundo (Wiliam Riker) apregoa que a melhor coalizão possível para diminuir os custos de transação seria a coalizão mínima para a vitória (Minium winne coalition), ou seja, 50% mais 1 das cadeiras legislativas. No Brasil este pressuposto não pode ser aplicado, porque temos um sistema partidário parlamentar altamente fragmentário, então no Brasil o correto é a coalizão máxima para a vitória. Com esta estratégia diminui-se as incertezas do executivo frente à base parlamentar. Bom, a turma do governo passado, pelo visto nunca tinha ouvido falar desta teoria, porque implodiu de forma suicídica sua própria base parlamentar.
Garantido a coalizão de governo com a formação do secretariado, conquistado uma base parlamentar mais ou menos sólida. Neste momento o campo está "limpo" para começar articular programas de médio alcance parao Estado. Creio que Jatene inovaria se pensasse uma série de políticas de Estado para enfrentar problemas crônicos do Pará.
Estas política, por serem de Estado, deveriam se prolongar por vários governos, até que as metas estratégicas fossem atingidas, exemplo: Drenagem, saneamento e pavimentação asfáltica das microrregiões do estado. Criação de infraestrutura industrial (ferrovias, hidrovias, rodovias) ambientalmente sustentadas que viesseam articular as regiões, internas ao estado, diminuindo o custo-Pará. Criação de infraestrutura para o desenvolvimento do Turismo Ecológico. Investimento em ciência e tecnologia para a indução da indústria da biodiversidade. Qualificação de toda a máquina administrativa estadual e municipais e investimento em tecnologia de gestão com vistas a melhorar os serviços públicos na "ponta".... e assim por diante.
A alepa cumpriria uma missão estratégica ao aprovar um plano bi-decenal, com estes conteúdos, para o Pará. Jatene se transformaria no JK da política paraense. Finalmente, teria emergido no início do século XXI um estadista em terras parauaras. O povo do Pará precisa que nasça um estadista por estas bandas.