As regras do jogo são claras nas universidades, tanto em nível federal como estadual: o presidente ou o governador tem poder discricionário de nomear qualquer um dos nomes da lista tríplice para reitor, seja no plano federal, seja no plano estadual.
O PT sempre defendeu que o mais votado fosse o nomeado. Lula sempre nomeou o mais votado, independente da cor partidária. Mas o PT não transformou sua concepção em norma jurídica, quando de sua passagem nestes primeiros oito anos de governo federal, assim as regras do jogo para nomeação de reitor continuam na mesma lógica da lista tríplice.
No Pará e nas eleições da UEPA, a governadora Ana Júlia se recusou a nomear o prof. Dr. Sílvio Gusmão que fora o mais votado nas eleições, de acordo com as regras estabelecidas. E já ia nomear um sindicalista do PT, que obtivera o terceiro lugar na disputa eleitoral, quando começou a batalha judicial que paralisou a UEPA por dois anos. E este fato foi mais uma super fonte de rejeição de Ana e seu governo na UEPA.
Agora o PT não tem moral para lutar para que o mais votado, em uma futura eleição da UEPA, seja o nomeado. Quando não se tem coerência, como Ana Júlia e nem a DS tiveram à frente do governo do Pará, quem paga é o PT, a esquerda e a democracia. Isto é que é provar do próprio veneno.