A via crucis dos trabalhadores informais de belém.

Desde a notificação feita pela prefeitura, na data 14/10/09, os Trabalhadores Informais - camelôs, do perímetro entre a Rua Conselheiro Furtado e a Trav. Manoel Barata, têm vivido um drama terrorista implantado pela prefeitura de Belém, pois esta notificação determinava a retirada imediata dos equipamentos.

Mediante este fato os representantes das entidades dos trabalhadores do mercado informal – Sindicato e Associação - foram até a secretária de Urbanismo (Seurb) para melhores informações ( no mesmo dia 14), no entanto não foram recebidos por ninguém, mas uma assessora presente marcou uma possível hora para o dia (15) para serem atendidos.

representantes acompanhados de boa parte dos trabalhadores chegaram bem cedo na esperança de falarem com o secretário – Sérgio Pimentel – o que não foi possível, entretanto o diretor Marcos Alvarez ( Marcão) recebeu os representantes das entidades e este informou que a notificação era uma “ação preventiva” uma vez que estavam esperando chegar uma determinação judicial, resultado de um processo provocado pelo Complexo Shopping Iguatemy, identificado pelo número2008.1.108046-1 na 3º Vara da Fazenda da Capital.

Munidos dessa informação os representantes e os trabalhadores se encaminharam para a Câmara Municipal de Belém, onde foram recebidos pela vereança os quais ouviram os trabalhadores e procuraram interceder a favor. O vereador e ex-comandante da guarda trouxe uma noticia nova: “... Liguei para o secretário Sérgio Pimentel e ele garante oito dias para os trabalhadores buscarem uma solução na esfera judicial...”Fato é que não existe nenhuma movimentação no processo desde 31/07/09 quando a Juíza Titular enviou um documento perguntando se o provocado do processo ainda tinha interesse em continuar o processo administrativo e até o presente momento nada tinha respondido.

Os representantes municiados desta informação retornaram a casa do legislativo municipal desta vez recebidos pelo seu presidente Walter Arbarge, junto aos demais vereadores da primeira reunião, escutou dos trabalhadores a razão deles ali estarem e se prontificou a interceder junto ao seu “Amigo Prefeito de Belém Duciomar Costa” a favor da causa dos trabalhadores, apesar de não depender deste a última palavra e que até as 12:00 horas da quinta feira faria contato com as lideranças da categoria para elas serem comunicadas da posição do Prefeito.

No dia 21/10/09 as 8:30 horas os trabalhadores foram chamados na casa do Povo, no gabinete do presidente Walter Arbarge, onde receberam a informação que o prefeito Duciomar Costa tinha compreendido e aceitado os argumentos dos trabalhadores apresentados pelo vereador interlocutor. Argumentos os quais são: 1º - A ausência de liminar ou ordem judicial deixava sobre a responsabilidade única da prefeitura a decisão da retirada; 2º - A proposição de PAZ entre ambulantes e a prefeitura, ou seja, sem manifestação ou transtorno para a população no trânsito;3º - A importância do trabalho e da sobrevivência para essas famílias; 4º - A proposta de um espaço como solução a construção de uma ilha de empreendedorismo em frente a Pátio Belém, com a desapropriação de dois casarões.