Ana Júlia, Maquiavel e o segundo turno

Caso utilizássemos os pressupostos maquiavelianos de separação radical entre moral e política, Ana Júlia não teria muita dificuldade em tomar uma posição política em relação ao segundo turno em Belém. Maquiavel cunhou a categoria virtú, que seria a capacidade de se manter no poder. A virtú é mais importante do que a conquista do poder. O primeiro passo para Ana tomar a decisão sobre a participação do governo no segundo turno, seria antecipar os macrocenários para 2010, e com base neles movimentar o tabuleiro político. Assumir posição política apenas com base em acordos anteriores, seria moralmente correto, mas seria maquiavelicamente ou realisticamente certo, com base na virtú?