Como se esperava está acontecendo: as bases petistas não aceitam o DEM na coligação para 2010. Esta posição está certa do ponto de vista histórico, ideológico e tático, dentro de uma coerência nacional. Mas do ponto de vista regional ela é complicada para os objetivos imediatos da governadora Ana. Ana ainda é detentora de uma grande rejeição política, e todos sabemos: o povo não vota em partido, mas em pessoas. e a máquina do DEM poderia ajudar a amealhar votos e segmentos sociais da base dos Pires Franco.
O PT e suas tendências majoritárias estão na ofensiva política contra o DEM, afinal este partido, como o PR, são ultraliberais e defensores do status quo econômico no estado do Pará e no Brasil. Ou seja, são partidos assumidamente de direita. Creio que Ana fará alianças informais com o DEM baseado no porkbarrel, leia-se cessão do uso de máquina e mais máquina pública.
Tem gente que acha que existe uma relação automática entre ampliar alianças com uma sopa de legendas e quebrar o isolamento eleitoral é a mesma coisa. Não, o que está havendo é uma quebra do isolamento partidário...daí para quebrar o siolamento eleitoral vai uma grande distância. Não tem diminuido a rejeição da governadora, principalmente na região sudoeste do Pará e congêneres. Ainda precisa de muita engenharia política...Só Ana salva Ana.