De acordo com estudos científicos quando um candidato à reeleição articula concomitantemente quatro variáveis, fica praticamente imbatível, são elas: avaliação superior a 50%, têm obras e serviços com visibilidade pública, tem coalizão partidária e possui a maldita (para os adversários) caneta. Destas, Dudu só não conseguiu articular uma grande coalizão, mas contou pelo menos com o PP, PSDB e PRB.
Dudu entrou na campanha com uma forte rejeição eleitoral, mas no decorrer da campanha, a sistemática prestação de contas fez com que sua rejeição diminuisse a níveis aceitáveis com a simultânea ampliação de sua aceitação pela opinião pública. Neste contexto a candidatura Dudu ficou praticamente invencível. Priante ao lutar contra as obras de Dudu e ao não demonstrar preparo para discutir as soluções para os problemas centrais da cidade, não ofereceu a resistência necessária às investidas de Dudu. Os 40% de voto em Priante, não foram votos que afirmaram um projeto para Belém mas um voto contra Dudu e sua ação unidirecional, ou seja, contra a única política que a gestão Dudu fez em Belem com relevância: a pavimentação asfáltica. Note-se, ninguém em sã consciência é contra o asfalto, mas uma boa parte de Belém quer também política de saúde, segurança, transporte, geração de emprego e renda etc. O PMDB começou sua regeneração eleitoral em Beém, mas tendo como substrato uma ação de negação ao Dudu e não uma ação afirmativa e propositiva.