Hoje (15), o governador Jatene dá uma longa entrevista em um dos grandes jornais do Pará. Jatene defende um plebiscito que atinja todo o estado, coloca a culpa da falta de governo no interior do Pará, ao pacto federativo desequilibrado do Brasil e ao mecanismo de colonização recente de nosso estado, oriundo da década de 1970.
Discordo plenamente do governador quando ele defende e assume uma posição neutra do governo do Pará frente a proposta que atenta contra a integridade de nosso território, agarrado-se no discurso de que é governador de todos os paraenses. Não governador...em nome do Pará o senhor deve correr todos os riscos, inclusive, de magoar e se desgastar com os defensores da divisão do Pará. O senhor deve estar de bem com o Pará unido. O momento exige uma posição de estadista do governador Jatene.
Creio que o governador só mantém esta posição porque acredita piamente que a divisão do Pará não passa em um plebiscito que atinja todo o estado.
Caso neste plebiscito o estado venha a ser esquartejado o governador será tratado como o principal responsável pela divisão do Pará, pela sua omissão neste debate, e será punido nas urnas em 2014.
Um governador do Pará , neste momento, não deveria ficar receoso em travar este debate, inclusive nas regiões separatistas. Tenho certeza que o governador ganharia pelo menos 1/3 de eleitores destas regiões.
Existem muitas razões para a defesa da unidade do Pará, seja de ordem econômica, política, territorial e cultural. Ficar omisso neste momento é deixar de cumprir uma obrigação histórica.
O povo do Pará precisa sentir que o governador está ao seu lado em defesa da integridade de seu território. E este povo perfaz no mínimo 70% dos eleitores desta terra.