Tenho ouvido queixas de candidatos proporcionais de baixo clero de que não estão recebendo as atenções devidas das direções das coligações, especialmente dentro da coligação Acelera Pará. As coligações elegem prioridades na distribuição de recursos materiais e financeiros para os candidatos mais competitivos e vem deixando à míngua os candidatos menos competitivos.
Sem dúvida nenhuma as coligações devem investir mais nos candidatos "puxadores" de votos, porém não deve exclusivisá-los na distribuições de recursos, porquê?
Por causa da equação eleitoral visando amplificar a conquista de votos para os partidos e coligações, senão vejamos: Um candidato fictício que passo a denominar de "moranguinho" é um líder estudantil da meia passagem. Este candidato não tem potencial de eleição, tudo bem. Porém este candidato sem estrutura teria dois mil votos e com estrutura poderia chegar a 8 mil votos.
Agora imaginem este cenário acontecendo com mais 30 mini-candidatos? quantos votos de legenda esta turminha não terá amealhado para o partido ou coligação? Na verdade estes candidatos, não competitivos, nestas eleições estão jogando tudo em conquistar votos em nível de se projetar para a disputa de vereador nas eleições seguintes. Daí seu enorme potencial de campanha.
Na verdade, todos os candidatos favoritos deveriam saber que uma estratégia como esta pode vir a gerar mais uma ou duas vaga suplementares ao partido ou coligação e estes candidatos mais estruturados em vez de invadirem a base do candidato "moranguinho" e vir a conquistar mais 500 votos, deveriam potencializar o moranguinho para ele ter 5 mil votos e com esta tática poderia aumentar suas chances (do competitivo) em entrar nas últimas vagas (suplementares) da coligação.
Portanto, esquecer os candidatos não competitivos, significa dar um tiro no próprio pé.