2010: o processo decisório e o informal constrange

Uma teoria de curto alcance tem feito muito sucesso na teoria política anglo-americana. O néo-institucionalismo histórico. Incialmente imaginado por Douglas North para operar em torno das mudanças institucionais nos países de democracia consolidada, o néo-institucionalismo histórico tem servido para outros tipos de análises da realidade.

Uma das novidades desta teoria é que traz à tona o informal constrange (constrangimento informal) que passa a ter status de variável muito importante no processo decisório em políticas públicas. Mas esta variável também é muito importante no processo de tomada de decisão no processo de formulação de política por parte dos atores políticos.

Afinal a política invisível (de que nos fala Satori)está ou não presente no cotidiano das decisões políticas de partidos e políticos? esta variável é mais ou menos importante do que a política visível?

Vejam o que está acontecendo na tática de PT, PMDB e PSDB para o senador federal. Paulo Rocha, Jáder e Flexa sonham e constroem acordos invisíveis para o segundo voto da disputa senatorial.

Todos os sinais que chegam à política visível indicam que o informal constrange está agindo pesado por trás das cortinas. PT, PMDB e PSDB não querem saber de coligação para o senado, todos querem o segundo voto de todos. Esperem e verão: Jáder, Rocha e Flexa fazendo dobradas com candidatos a deputados (federais e estaduais) de todos os partidos.

É a completa despolarização do sistema partidário. Seria o fim das ideologias? e o avanço do pragmatismo?