Greve na Seduc: Governo de esquerda e estilo conservador

Quando a Luiza Erundina enfrentou a sua primeira greve no município de São Paulo e os grevistas queriam aumento salarial superior a capacidade de pagamento, esta não titubeou. Chamou todos os segmentos sociais organizados da cidade, abriu o caixa e proclamou: aí está a conta da cidade, digam de qual setor deve-se retirar recursos e combine com este setor(es) esta retirada para eu transferir para vossos salários. Resultado, as entidades representativas dos diversos segmentos negociaram diretamente com os grevistas e chegaram a um acordo e a greve chegou ao seu final.

Ou seja, para repassar salário aos grevistas o governo teria de atrasar projetos em outras áreas como: construção de prédios para a saúde, urbanização etc. A partir deste acordo a prefeita bateu o martelo e a greve acabou.

No Pará, toda a opinião pública sabe que o governo está perdendo recursos em torno de quinhentos milhões/mês em função da crise global. Que o governo está repassando a inflação anual ao servidores estaduais. Mas a turma do PSOL que dirige o SINTEPP, está deitando e rolando e colocando o governo na defensiva. De fato este governo está precisando, urgente, de estrategistas políticos, e que este governo venha a conhecer a lógica do movimento sindical esquerdista, e mais, que estabeleça uma profunda ligação com o movimento social petista.

Esta turma do governo, a cada crise social ou política, demonstra enormes debilidades políticas e de análise.

Lembro que ao tempo o governo Almir Gabriel, quem fazia o meio de campo com a Alepa, era o ex-deputado Jorge Arbage. Um experiente político, macaco velho da cabeça pelada. Vcs sabem quem faz este papel no governo Ana? um garoto (assessor) que não tem qualquer trânsito com a classe política paraense.